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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

PODER, REALIDADE OBSCURA


Não gosto, com sinceridade, de discorrer sobre certos temas, em especial sobre poder e política certo que daí virá, tão somente, a certeza de que estes são caminhos obscuros.
Na vida temporal o dinheiro é necessário e quem põem as mãos nele, detém também o poder. Quem tem poder, sempre terá o dinheiro disponível.
Através do poder e do dinheiro, é possível realizar milagres na vida de outros que não tiveram a mesma oportunidade de acesso!
Quando falamos em mal uso do poder, quase sempre o pensamento vai diretamente aos governantes e políticos, porque o poder advindo do esforço e do empreendedorismo, diferentemente do poder público, quase nunca ofende nossa compreensão, porque é bem direcionado e consciente, exceto quando o poder privado se locupleta com o poder governante.
A realidade de hoje  indica que o povo, apesar de carente em sua bagagem cultural e crítica, anda sentindo algo de errado, porque já consegue ver e sentir, mesmo de maneira tênue, que muitos entre os poucos que conquistaram poder em abundância o fizeram, em sua maioria, também em relação ao dinheiro, se esquecendo da regra mais básica: colocar ao menos o poder em serviço dos outros. 
Como as pessoas, em especial os jovens, encontram dificuldade em se expressar e de se fazerem ouvir, concluem que a única maneira de se impor é quebrando materialmente tudo o que vê pela frente para atrair a atenção.
Enquanto isso, por esses dois detalhes, o poder e o dinheiro, muitos políticos e governantes se consideram intocáveis e donos do mundo. 
Tornam-se insensíveis ao clamor e à vontade do povo, agem mesquinhos no trato da coisa pública e esbanjam o que é do Povo nos seus interesses e anseios para ascender mais e mais ao poder. Mesmo quando pegos com a mão na arapuca e conduzidos à Justiça, ainda se mostram cínicos e debochados perante às Instituições e ao povo que os elegeu um dia. Povo que ora já reconhece erros sucessivos de escolha ou esgotado em sua paciência com seus representantes eleitos.
Convictos de sua condição privilegiada do ‘eu me basto’, encarnando-a como verdade, os que permanecem ativos no poder teimam em desmerecer a vontade soberana de todo um Povo e aqueles que enfiaram as mãos pelos pés acabam se sentindo imunes à punição de qualquer justiça, seja dos homens e a de Deus.
Ao invés de servir, a maioria dos escolhidos para a governança do País se contrapõem à sociedade do bem, da igualdade.
Rejeitam a luz e preferem andar pelos corredores da escuridão, simplesmente amam as trevas, porque é sob elas que podem tramar tudo e sobreviver à sua realidade obscura da politicagem.
Incautos, se esquecem de que ninguém fica para semente e cegos, vidrados em acumular riquezas, são incapazes de notar que NINGUÉM, ao partir dessa para a outra vida, jamais levou caminhão de mudanças, com aquilo que acumulou em bens, propriedades e contas secretas.
Vale simplesmente para eles que tudo mais continue indefinidamente, sem imaginar um termo a essa aventura descabeçada de nunca largar o osso do poder, visto que seu conteúdo já devoraram ao longo dos anos, perpetuando a 'política' aos filhos, filhas, sobrinhos e apadrinhados!

Mesmo sabendo a vontade de todo um Povo, contrária a gastos bilionários em ações e eventos supérfluos e desnecessários, insistem e realizam a sua vontade, acima da vontade do coletivo.
Os grandes pensadores e filósofos, há milhares de anos, ensinaram que a Política é um bem e é preciso vivê-la intensamente, mas sem apego demasiado ao que ela dispõe como regalias durante o percurso, sob pena de desvirtuá-la. Poucos, por sinal, aprenderam a lição.

“Todas as coisas boas concorrem para o bem” desde que elas, em sua natureza, sirvam para o bem. Acima de tudo, o bem coletivo.
Há uma 'Teoria dos Golfinhos' animais que podemos considerar os mais 'inteligentes' e sagazes já conhecidos, cuja sensibilidade surpreende. Até Golfinhos serviriam para cutucar a vida, os sentimentos congelados pela frieza do nosso momento atual. 
É um desafio à inteligência dos políticos e governantes aprenderem com esses seres maravilhosos, que encerram algo que enriquece o comportamento e a convivência em comunidade social. Assim como é um desafio ao povo descobrir que há uma maneira mais inteligente do que o vandalismo para vencer: o poder das urnas.
Para isso acontecer, todavia, esse mesmo povo deve se negar a ser tratado como mercadoria que tem um preço para ser comprado.
Mesmo assim, nesse mundo de tantas e tamanhas contradições, políticos, poderosos, ricos ou excluídos, uns e outros, partícipes desse convívio traiçoeiro, é necessário reconhecer que todos somos apenas os peregrinos dessa Terra! É preciso urgente baixar as guardas e a bola!
Ninguém vive para semente.
J. Rubens Alves