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A BELA E A FERA: UMA REFLEXÃO

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segunda-feira, 4 de junho de 2012

QUEBRADORES DE PEDRAS


Em palestras para grupos desmotivados, em especial para os jovens, gosto de partilhar uma narrativa antiga, na qual as personagens são três homens simples e rudes, todos quebradores de pedras. Três trabalhadores que exerciam exatamente o mesmo trabalho, mas com espírito diferenciado e com grau distinto de noção e motivação quanto ao serviço que prestavam. 
"Ao me aproximar deles, todos suados pelo árduo e pesado trabalho, perguntei ao primeiro homem o que ele fazia. De maneira muito grosseira, sem ao menos erguer a cabeça, respondeu: "- Estou quebrando pedras, oras..."
Dirigi, então, a mesma pergunta ao segundo trabalhador. Este, também de maneira pouco amigável e com expressão de raiva, respondeu entre os dentes: "- Não está vendo? Estou trabalhando". Dirigi-me ao terceiro com a mesma indagação. Este, parando de quebrar as pedras, limpando o suor da fronte com as mangas de sua surrada camisa, levantou os olhos e com um sorriso aberto e amigável me respondeu: "- Estou trabalhando, quebrando as pedras para construir uma bela catedral e desejo vê-la pronta!". 
É esta cena que acontece com a maioria das pessoas: por falta de sensibilidade espiritual elas não conseguem enxergar o verdadeiro sentido de suas ações. 
Sua vida e seu trabalho são destituídos de sentido verdadeiro, porque a motivação, se ainda ela existir, está direcionada apenas para a busca de resultados materiais pela sobrevivência. 
O trabalho cotidiano e quase a totalidade das ações diárias visam somente o suprir carências materiais. O resultado, do trabalho e das ações em si, serve para mascarar os medos cotidianos: medo da violência, medo da doença, medo...medo... 
Não se trabalha mais para construir catedrais, belas famílias, belos sonhos. Trabalha-se hoje para pagar os seguros do carro, da saúde, da casa, da previdência e tantos outros, porque a crença de hoje é que o ser humano já nasce doente, inseguro e irremediavelmente perdido. 
A sensação sobre o fruto do trabalho, ao final de cada jornada, é como se estivesse colocando os resultados em um saquitel furado. A sensação de vazio e perda será bem pior, caso não se coloque um sentido mais profundo em tudo aquilo se faz na existência: da ação mais simples do cotidiano, como por exemplo, passar um café pela manhã, até aquela mais qualificada no trabalho profissional. 
Somente neste treino, de se colocar um sentido mais profundo, um amor verdadeiro naquilo que se faz, é que poderá ser encontrado um caminho mais iluminado e prazeroso para  o viver plenamente a vida. Diante das exigências do mundo moderno que constituem o maior empecilho para vidas com mais amor e espiritualidade, assumir uma postura de mansidão e amorização diante das 'cruzes' que surgem a cada dia não é nada fácil. 
Será, portanto, um processo lento para modificar-se a mentalidade, aumentar a firmeza de propósito e tomar uma nova atitude diante do que a vida propõe. 
Essa proposta evitará a repetição inócua do ser simples quebrador de pedras e levará cada um, renovado diante da existência, a se transformar em construtor de catedrais e realizador de sonhos! 
J. Rubens Alves

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

E A DIETA?

Muitos seguidores do Blog escrevem falando da satisfação que sentiram em fazer a Dieta dos 13 dias.
É uma alegria saber que através de uma simples dieta, sem remédios e sem muito sacrifício (diga-se, são apenas 13 dias!!), podemos levar realização para aqueles que se dispõem a fazê-la certinho.
Sempre afirmei que para isso é preciso estar bem e feliz consigo mesmo, com a cabeça voltada para os assuntos e coisas boas.
Não adianta buscar ajuda de ninguém se cada um não estiver predisposto a mudar seus hábitos, as regras relaxadas de sua vida por outra regra de vida voltada para o seu ser total: corpo e espírito.
Para a motivação e saúde do Espírito ajudam as práticas do bem, do amor e do perdão. Essa última é a mais difícil. O recolhimento interior periódico que auxilia na ruptura de tudo quanto é angustia nesse mundo estressado, mesmo que esses momentos sejam mínimos no início. Eles são essenciais, pois nos elevam até Deus. “Todo aquele que me aceitar, nele farei minha morada”. Como será bom estar mais próximo de Deus e suas coisas.
Auxiliam também as boas leituras, bons filmes, música, a arte e muitas outras opções que resumem o Belo. No Blog procuramos só publicar textos e vídeos dessa natureza. Compreendemos que o Belo, na essência, traduz o próprio Deus.
Para a saúde do corpo também é necessário mudar os hábitos e buscar tudo o que há de mais sadio e natural. É importante abandonar práticas dos glutões, que comem demais sem ao menos sentir o gosto de cada coisa que comem. É preciso se desintoxicar de tanta porcaria ingerida todos os dias, na pressa que nos impõe o mundo agitado.
Devemos sentir o gosto de cada coisa, de cada alimento. Devemos optar para beber mais água e sucos naturais. Colocar uma regra de comer e beber com muita calma e vagar, mastigando bem e sentindo gosto.
Essa Dieta ajuda muito nessas mudanças de hábito e acaba sendo um prêmio para quem a faz corretamente.
Parabéns a todos vocês que acessam esse Blog e encontram uma réstia de luz para suas vidas. É sinal de que compreenderam que o homem é aquilo que pensa e o que come.
J. Rubens Alves


domingo, 3 de julho de 2011

APENAS UMA LINHA


Apesar do grandioso esforço, como é difícil manter o nível alto de motivação, tão necessária para a modificação profunda do ser humano.
Sem motivação verdadeira, a vida se torna um tédio, porque nada é bom e aprazível. Se existir comprometimento profundo do ser humano somente com as coisas temporais que ofuscam a sua sensibilidade espiritual, com certeza faltar-lhe-á a luz.
Existem, é verdade, muitas tentativas de imprimir-se motivação à existência com doses de misticismo e religiosidade, às vezes procuradas em lugares errados.
Essas tentativas, assim, ficam restringidas aos atos mais corriqueiros de expressão de fé porque confunde-se espiritualidade com religião.
Devido a essa tênue linha que separa a religião da espiritualidade, o ser humano fica ainda mais confuso.
Basta olhar ao redor para se perceber, cada vez mais, a distância entre o ser e a sua verdadeira Fonte de vida e santidade.
Isto se deve às limitações humanas em compreender uma coisa e outra, em suplantar a sua condição dimensional de matéria e a dependência física de crer somente naquilo que pode ver e tocar. Limitações da própria natureza do ser.
A vida na matéria não é ruim, todavia, tolhe o homem na essência enquanto parte inseparável do plano Divino.
A sensação de desconforto é maior porque, não podendo ignorar essa atração pelo transcendente, o homem percebe toda sua dificuldade em ascender para mais perto de Deus como simples humano, não podendo ser plenamente completo.
Por isso, muitos nunca estão satisfeitos consigo mesmo, com seu jeito de ser, com sua vida, com seu peso, com sua aparência, com seu trabalho e com suas qualidades, sejam quais forem.
Para ser feliz é preciso aprender a superar essa linha tênue que separa cada ser humano de tudo o que seja Divino.
J. Rubens Alves

sexta-feira, 24 de junho de 2011

ENTRE CÉU E INFERNO


Quantos avanços extraordinários em campos tão diversificados, especialmente na ciência médica que, associada às outras áreas, trouxe métodos e medicamentos novos conseguindo debelar a dor, curar e prevenir doenças, prolongando a expectativa de vida e retardando o relógio do envelhecimento do ser humano.
Tudo muito lindo e auspicioso. Verdadeiro céu.
Nunca se sentiu, entretanto, uma sensação tão aflorada de que todos estão condenados a um trabalho tão inútil e sem esperança. Essa sensação nasce na evidência das dificuldades enfrentadas, do aumento da fome e da miséria provocadas pelos mesmos avanços que trouxeram tanto bem. Panorama desanimador. Verdadeiro inferno.
Se o homem criou tantas novas alternativas ao longo destes milênios, por que se distanciou cada vez mais da felicidade? Por que poucos têm muito e muitos tão pouco? Quem possui pouco consegue viver? Quem possui muito consegue desfrutar?
Por que agora, com a criação de tantos mecanismos tão perfeitos para manter a vida mais saudável, com bem estar, prazer e longevidade, grande parte da humanidade ficou tão exposta a desigualdades que levam à miséria, à fome, a conflitos e à morte tão prematura?
A resposta para esses questionamentos esteja, talvez, na incapacidade do homem em utilizar seu senso crítico tão enfraquecido pela insensibilidade ou, por não mais possuir a capacidade de indignar-se diante da miséria e da injustiça.
Muitos, talvez, incluídos aí nós mesmos, perderam a capacidade de serem ternos e solidarizarem-se, porque se encantaram com os acenos do mundo e seus valores novos, centrados fundamentalmente no racionalismo e no consumismo. Valores que contaminam quase todos com o delírio da posse total, criando uma falsa consciência do poder e da riqueza.
Ou, ainda, porque essa consciência aprisione cada um dentro da individualidade, deixando o ser humano extremamente solitário, mesmo percebendo quantos estão em sua volta esperando um olhar ou um gesto de solidariedade.
Para que o estoque de todas novas conquistas seja benfeitor e produza o bem, é preciso acontecer antes uma profunda reestruturação dos sistemas políticos, sociais e psicológicos porque, ao que parece, até agora a humanidade, nos resultados concretos, demonstrou ser mais fácil inventar o progresso do que administrá-lo.
É da administração sadia, transparente e honesta, fundamentada na ética, na justiça, que estes sistemas implementarão, através de reeducação continuada, a modificação de cultura.
É bom lembrar que evangelizar, antes de tudo, é promover a mudança de cultura e de mentalidades.
Sem essa primordial mudança, o homem continuará a conviver entre o inferno e o paraíso, sem condições de jamais alcançá-lo. Mesmo em condições de aumentar sua longevidade, o ser humano continuará a envelhecer dentro de seus limites e de suas mazelas. A esperança permanece por dias melhores!
J. Rubens Alves

segunda-feira, 23 de maio de 2011

ESSES MISTÉRIOS


Sabemos que as palavras têm poder fantástico. Elas podem influir, positiva ou negativamente, conforme forem proferidas, na vida e no meio de quem as pronuncia.
Da mesma maneira, interferem na condução e na superação de problemas corriqueiros da vida, na medida em que as pessoas acreditarem verdadeiramente nesse poder das suas palavras.
Parece até redundante tocar nesse assunto, com tantos textos e revelações a respeito, mas aqueles que vivenciaram isso têm que partilhar.
Muitas pessoas que triunfaram em situações difíceis, simplesmente recusando-se dar lugar a pensamentos e palavras negativas declarando, em alta voz, sua fé na força divina. Declarando que acreditam, por essa força, no poder que existe dentro delas.
A tarefa mais difícil do ser humano é demonstrar a fé incondicional em Deus.
Isso quer dizer que, apesar das leis naturais estarem, muitas vezes, contra tudo o que esperamos e desejamos de determinadas ações e algumas ocasiões indicarem que não é possível determinada coisa ou acontecimento, nunca devemos perder a fé no poder sobrenatural de Deus.
As leis sobrenaturais se sobrepõem a qualquer lei natural, portanto, aqueles que crerem receberão exatamente aquilo que acreditam que de bom irão receber. Isso não significa, em hipótese alguma, cruzar os braços em atitude comodista.
Encontramos pessoas que consideram a realização de muitas coisas em suas vidas, especialmente no âmbito material, como pura coincidência ou casualidade.
Com Deus não há coincidências! Na verdade, a coincidência é o trabalho manual de Deus que coopera para nossa felicidade.
Essas coisas, agora não as podemos compreender muito claramente, exatamente porque isso tudo é um mistério. Um dia, as conheceremos claramente. Tal como o açúcar, que ao se derreter na água não pode ser mais visto, acontece com essa realidade invisível. Cabe a cada um aceitar e administrar esse e outros mistérios.
J Rubens Alves

terça-feira, 22 de março de 2011

SUCESSO

Sucesso total. Essa é a frase que melhor descreve o resultado da Dieta dos 13 Dias que segui pela quarta vez, desde quando a recebi em meados dos anos 80, publicando no Blog, dia a dia, todas as impressões e dicas a respeito dela.
Iniciei a Dieta com 80 Kg e hoje, um dia após seu término, pesei 74 Kg. O resultado foi uma perda de 6 kg.
Não tanto pelos quilos perdidos, alguns aspectos são interessantes, como por exemplo, permaneci nos oitenta quilos cerca de 5 anos, voltando agora, ao peso de quando ainda era solteiro, depois de muitos anos. A perda desses 6 quilos foi suficiente porque não haveria mais o que emagrecer.
Outro aspecto: mais que a perda do peso, fica marcante a mudança de atitude no horário das refeições, não prevalecendo mais a voracidade pela comida.
Após a Dieta, a quem se beneficiou dela caberá viver uma vida mais controlada em relação ao que consome como alimentação. Alimentar-se bem e com alegria, mas com temperança.
Pode-se comer de tudo. Será, porém, que vale a pena usufruir de tanta liberdade e empanturrar-se das gostosuras gordurosas e prazeres artificiais tão ao alcance nas prateleiras dos supermercados?
Tenho certeza que não. Vale mais ter uma vida regrada que coopere para o bem da saúde.
O corpo não é uma lata de lixo, que aceita qualquer coisa. Assim, como o homem é aquilo que pensa, ele certamente é aquilo que consome em sua alimentação. Cada um é uma espécie de construtor de si mesmo. Aquele que cultiva uma mente sadia, de pensamentos positivos, merece manter um corpo sadio.
Se alguns dos leitores do Blog acompanharam ou fizeram a Dieta dos 13 dias desejarem comentar ou divulgar resultados poderão utilizar o e-mail disponível ou o canal dos comentários do Blog.
Concluindo essa série da Dieta que motiva, desejo que outros se entusiasmem de verdade para assumirem um compromisso, uma regra de vida, que trará fortalecimento da auto estima. Vale a pena! “Como o homem pensa em seu coração, assim ele se torna” (Provérbios 23,7).
J Rubens Alves

domingo, 20 de março de 2011

DIETA: DÉCIMO SEGUNDO DIA

DÉCIMO SEGUNDO DIA
Café da Manhã:
Ingredientes: 1 cenoura raspada
Pela manhã, neste décimo segundo dia, somente uma cenoura raspada. Que saudade do cafezinho da manhã.
Não faz mal. Estou no penúltimo dia da Dieta que cumpri rigorosamente. Em breve, volto na minha alimentação normal podendo tomar meu café como costume.
A cenoura, preferi batê-la com água no liquidificador, como se fosse suco. Isso não altera em nada a Dieta.
J. Rubens Alves


Almoço:
Ingredientes: 1 pedaço grande de peixe magro com limão e pouca manteiga

O almoço, às 12h00. Como aconteceu no 5º dia, o almoço previsto é peixe magro.
O peixe pode ser truta, linguado, filé de bacalhau fresco, badejo. Optei pelo badejo. Temperei com limão cerca de 10 minutos antes de passá-lo para uma frigideira antiaderente não coloquei manteiga.
O medalhão que escolhi, um pedaço que me satisfaça, foi de cerca de 350 gramas. O peixe é um alimento leve e o almoço só consiste disso,
O peixe ficou maravilhoso e saboroso.
Não esqueci de agradecer a Deus por esse alimento maravilhoso e que muitos não tem em sua mesa.
J. Rubens Alves


Jantar:
Ingredientes: 1 bife grande com salada e salsão cozido
Tomei cerca de 1 litro de água até esse momento do jantar, às 18h30.
Como previ, senti um pouco de fome, certamente pela fácil digestão do peixe do almoço.
O jantar, bem mais reforçado com o bife e pela salada, adiantei para às 18h30.
Gosto do miolo de alcatra por tratar-se de uma carne saborosa, macia e apetitosa.
Lembro que o bife deve ser de um tamanho que satisfaça a pessoa que esteja nesta dieta, sempre não ultrapassando o peso de 300 a 350 gramas, temperado somente com sal e grelhado em frigideira com um fio de azeite.
Para salada foi preparada com alface, agrião, alface americana, cebola, pepino e limão. Ao invés de cozido, acrescei o salsão crú à salada. Não acrescentei tomate, porque a carne levou uma pitada de sal. Lembre-se de que quando há tomate, não se pode consumir sal, nesta dieta.
Salvo a falta do café pela manhã e o almoço muito leve, me senti muito bem com a alimentação proposta pela Dieta, percebendo que a cada dia esteja mais leve.
Amanhã cumprirei o último dia da Dieta. Só então vou apurar o peso final.
J. Rubens Alves

quinta-feira, 17 de março de 2011

ENCONTRO DIFÍCIL

Um amigo expressava um dia destes, suas angústias pelas dificuldades que está passando para manter sua casa, os estudos dos filhos e outras necessidades. Para piorar, segundo ele, toda sua receita advinda de um imóvel alugado ficara estava zerada pela inadimplência do inquilino.
A única coisa palpável que tinha em mãos se resumia em cinco promissórias referentes aos aluguéis atrasados.
Sua saúde já estava severamente prejudicada pelo nervosismo e ansiedade que se abateram sobre ele. Foi difícil controlar o descontrole metabólico que se desencadeou em sua vida atacando-o, inclusive, uma crise de glicemia.
Confidenciou que, tudo isso, não era nem pela situação em si, mas de olhar seus filhos privados de algumas coisas e, mesmo assim, continuarem solidários e compreensivos com ele e a esposa.
Disse-me, também, que o que mais doía dentro dele era ver o tempo passando e mesmo tendo uma bela quantia a receber, se achava impossibilitado de realizar seus sonhos.
Crise como essa vem se tornando corriqueira. Muitas pessoas estão colocando o grande volume de problemas temporais, como centro de suas vidas. Acima de suas famílias, de seus relacionamentos.
Pressionadas pela rapidez das informações e compromissos, elas se afligem ao perceberem que o tempo não é suficiente para resolver tudo. Perdem a noção do tempo e espaço. E se desesperam porque não conseguem vislumbrar o que lhes resta da existência, acreditando que esse restante de vida não será suficiente para realizar todos os projetos de vida. A rapidez virtual dos acontecimentos as tornam incapazes de acompanhar o próprio tempo em que os acontecimentos ocorrem.
Quando a avalanche de preocupações e contrariedades passa a influir na capacidade de situar no ponto de equilíbrio emocional, frustrando e distanciando dos valores mais sublimes, é preciso parar por um período. Um período de ruptura, nem que seja breve, fará muito bem para quem deseja retomar as rédeas da vida.
Um período de retirada estratégica facilitará a retomada da fé em Deus, o gosto pela vida, reavivará a esperança. Possibilitará um dos encontros mais difíceis de acontecer, o de cada um consigo mesmo.
É preciso dar um tempo. Tempo para Deus, para você, para a vida.
J. Rubens Alves

domingo, 13 de março de 2011

DORES DO PARTO

Procuramos neste Blog, motivar pessoas, postar textos com conteúdo positivo que levem à reflexão sobre a existência.
Insistimos em colocar a vida como dom absoluto e fixar sobre ela somente Deus. Como ela é em si um dom do próprio Deus, nos resta a vivê-la. Vivê-la bem, celebrando cada dia esse dom maravilhoso em tudo, menos no mal.
Nestas horas de calamidades bradamos: onde está Deus? Por que Ele permite tragédias desse porte?
Na falta de respostas estamos propensos a atribuir uma parcela de culpa a Deus por tudo isso, parecendo até que Ele não ouve as súplicas e não se dá conta do que está acontecendo.
Na verdade Deus é um Pai e que participa da fragilidade humana, não castigando, mas educando pelo sofrimento que naturalmente existe e é, na maioria das vezes, causado pelo próprio homem através da inconseqüência de seus atos.
Esses atos agigantam as conseqüências dos fenômenos que sempre estiveram, em milhões de anos, presentes na vida terrestre. Esses atos estão ferindo mortalmente a Natureza e a criação.
A Campanha da Fraternidade deste ano aborda exatamente esse assunto e resume “a Natureza geme as dores do parto”. Não poderia haver expressão melhor para se qualificar a ação do homem sobre a Natureza.
Cada um deve tomar consciência do mal causado em suas ações de depredar a Natureza, construir em áreas de risco, invadir os quintais dos rios que são suas margens, desmatar e poluir o ar e as águas, construir usinas nucleares e refinarias em áreas geograficamente instáveis.
Ações que colocam em risco a vida de milhões de pessoas em todo o mundo.
Não. Deus não é autor e nem permite tais desgraças.
Deus educa para a vida, utilizando o sofrimento como uma escola para se chegar à justiça e à retidão de vida e a uma cultura mais voltada para o bem comum!
Todos nós temos que nos conscientizar: é preciso defender com todo o nosso ser, a partir de onde vivemos essa nossa maravilhosa morada!
J. Rubens Alves

sábado, 19 de fevereiro de 2011

APRENDER A ENXERGAR

Afinal quem somos nós, o que buscamos e como nos inserimos nesta pródiga Terra da qual somos somente peregrinos?
Enviaram-me uma breve estória e, mesmo desconhecendo a autoria, ela nos levará a refletir sobre o buscar nossa identidade.
A estória completa o texto anterior:
“Certo dia, um chinês chamado Chang tomou uma resolução: iria dedicar sua vida para meditação. Decidiu ir para um mosteiro no alto de uma solitária montanha, com objetivo de encontrar o entendimento e a iluminação.
Viajou muitos dias e, ao chegar frente ao portão principal do mosteiro, encontrou aquele que seria o seu mestre. Chang foi recebido com muito amor pelos monges que há muitos anos viviam por lá. Eufórico, dizia a todos:
- Vim para buscar minha iluminação.
Passado algum tempo, o novato monge Chang começou a ficar descontente com sua situação, pois não conseguia encontrar o caminho da luz. Procurou seu mestre e disse-lhe:
- Amado mestre, ensinaste muitas coisas belas e importantes nesta minha caminhada, mas ainda não consegui alcançar a iluminação em minha vida. Quero desistir da vida de monge e voltar para a minha aldeia.
E o mestre respondeu:
- Tudo bem, Chang. Já que você está desistindo desta vida de meditação, quero lhe acompanhar na descida da montanha. Amanhã, às 4 horas da manhã, estarei esperando você no portão principal do mosteiro.
No horário marcado, Chang encontrou o seu mestre. Ao sair do mosteiro, o mestre perguntou a Chang:
- Querido filho, o que estás vendo neste momento?
Ele respondeu:
- Mestre, vejo o orvalho da madrugada, o céu estrelado e uma lua maravilhosa e sinto o cheiro da flores.
Continuaram, em silêncio, descendo a montanha. Passada uma hora de caminhada, o mestre pergunta:
- E nesta parte da montanha, o que está vendo?
Chang respondeu:
- Vejo os primeiros raios de sol, escuto o canto dos pássaros e sinto a doce brisa da manhã penetrando em todo o meu ser.
E assim continuavam a descer a grande montanha. Passadas algumas horas, o mestre voltou com a mesma pergunta, e Chang assim respondeu:
- Mestre, neste trecho da montanha sinto o calor do sol, o som do riacho, o orvalho evaporando e os animais silvestres em harmonia com toda a natureza.
Seguiram a caminhada. Chegaram ao pé da montanha ao meio-dia. E mais uma
vez, o mestre fez a mesma pergunta, e Chang respondeu:
- Mestre, agora vejo a bela montanha, as árvores da floresta, o riacho doce que circunda o vale, o camponês cuidando da plantação de arroz. Vejo também uma criança feliz brincando com seus amigos.
Então o mestre lhe falou:
- Agora você já poderá voltar para o mosteiro.
Espantado, Chang perguntou qual seria a razão da volta ao mosteiro.
Respondeu o mestre:
- Porque você já encontrou o entendimento e a Iluminação.
- Como assim?
- Muito simples. Em cada etapa da descida da montanha você percebeu a importância de cada detalhe da natureza, compreendendo os seus sons, seus odores, suas imagens, suas cores e sua vida. Assim é que devemos ver e interpretar esta longa caminhada. A isto tudo, nós chamamos de iluminação. A cada degrau da vida você deve ser capaz de ver e sentir a beleza que ela oferece”.
O Belo é a expressão mais natural do Ser Divino. Se entendermos isso, nossos sentimentos se tornarão nossos olhos que penetram a verdadeira essência. Só é preciso aprender a enxergar.
J. Rubens Alves