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A BELA E A FERA: UMA REFLEXÃO

Celine Dion & Peabo Bryson - Beauty And The Beast (HQ Official Music Video) Esta bela canção deu vida e sentimento à Bela e a Fera, ...

quinta-feira, 21 de junho de 2012

SEMPRE É TEMPO


Era nosso costume estacionar o carro nos arredores de nosso trabalho, em especial numa rua com fluxo baixo de trânsito. 
Tal como eu, minha esposa e filha também estacionavam ali e nenhum entre nós imaginaria que este procedimento tão comum pudesse se transformar, algum dia, em pretexto para discórdia e atos de agressividade. 
Um dos proprietários de certo estabelecimento comercial passou, costumeiramente, a proferir xingamentos a mim e à minha filha. Diante de vários incidentes agimos com bons modos, sem revide, procurando ignorar as provocações daquele senhor que, apesar de formação diferenciada, se mostrava descontrolado e descia dos patamares da boa educação sempre que percebia nosso carro estacionado em frente ao seu negócio. 
Certo dia, pequena parte do para-choque traseiro avançou sobre a guia rebaixada de sua garagem. Apesar desse detalhe não impedir a saída ou entrada de veículos, aquele surtado senhor chamou fiscais de trânsito para multar e rebocar nosso veículo. 
Os vizinhos, inconformados com aquela atitude nos avisaram em tempo para evitar a remoção do veículo, mas a multa foi aplicada.
Aquele estranho indivíduo, entretanto, não satisfeito, continuava a desfiar seu virulento palavreado contra nós, esboçando seu sarcástico sorriso. 
Minha filha irritada com a situação estava prestes a perder a compostura com aquele indivíduo. Convenci-a para que entrasse no veículo e o conduzisse para outro lugar. 
Voltei-me, então, para aquele moço agressivo e descontrolado convidando-o a refletir sobre sua atitude tão agressiva, antissocial e, acima de tudo anti-cristã. 
A partir daquela data nunca mais estacionamos ali o veículo evitando, até mesmo, em caminhar por aquele trecho de calçada, para não alimentar outros incidentes. A cada nova provocação, fazíamos questão em responder com silêncio e mansidão. 
Nos últimos tempos não o vimos mais nem ali ou em outro lugar.  Nossos caminhos não mais se cruzaram. 
Quase cinco anos se passaram e nem lembrávamos esse transtorno.
Surpreendentemente minha esposa, há alguns dias, entrou no escritório com olhar surpreso, para avisar que alguém desejava falar-me. Segundos depois, ali diante de mim, estava aquele mesmo moço, agora abatido e com olhar melancólico, me pedindo o perdão. Disse-me que, durante o tempo transcorrido desde aquele destempero, a esposa lhe pedira separação, ele por sua vez fracassara no trabalho e se considerava agora doente do corpo e da alma, numa prova viva e cabal de que a maioria das doenças advém do ranço e remorso que cada qual guarda em seu coração. 
Aflito, tentou relembrar todo o ocorrido, mas não o deixei continuar. Simplesmente abracei-o e pedi que fosse em paz, desejando-lhe que Deus, em sua misericórdia e bondade, lhe concedesse a graça de recobrar novamente a luz e a paz para sua vida e sua família. 
Sob dois aspectos esse acontecimento maravilhoso deve ser motivo de imensa alegria: por um lado ali estava uma pessoa que verdadeiramente reencontrou o caminho de volta para Deus e para a Vida, através do arrependimento e da atitude despojada e humilde de pedir o perdão; por outro, a oportunidade em reconhecer que Deus se manifesta em ato contínuo nas nossas vidas, colocando-nos em situações pelas quais somos provados quanto a nossa medida e capacidade de acolher, perdoar e amar. 
Essa experiência real, recentemente vivida, comprova a necessidade de estarmos sempre preparados para o acolhimento e para o perdão incondicional a qualquer um, colocando fim ao ciclo vicioso que se instala, pela ação do Mal, no relacionamento entre seres humanos.
Devemos acreditar na capacidade de sermos magnânimos e praticantes da lei do perdão, a única que alimenta o amor, a justiça e a paz duradoura! 
Afinal, somos nós os potenciais construtores da paz neste mundo para, em consequência, conhecermos a Paz do Alto! 
J. Rubens Alves

segunda-feira, 4 de junho de 2012

QUEBRADORES DE PEDRAS


Em palestras para grupos desmotivados, em especial para os jovens, gosto de partilhar uma narrativa antiga, na qual as personagens são três homens simples e rudes, todos quebradores de pedras. Três trabalhadores que exerciam exatamente o mesmo trabalho, mas com espírito diferenciado e com grau distinto de noção e motivação quanto ao serviço que prestavam. 
"Ao me aproximar deles, todos suados pelo árduo e pesado trabalho, perguntei ao primeiro homem o que ele fazia. De maneira muito grosseira, sem ao menos erguer a cabeça, respondeu: "- Estou quebrando pedras, oras..."
Dirigi, então, a mesma pergunta ao segundo trabalhador. Este, também de maneira pouco amigável e com expressão de raiva, respondeu entre os dentes: "- Não está vendo? Estou trabalhando". Dirigi-me ao terceiro com a mesma indagação. Este, parando de quebrar as pedras, limpando o suor da fronte com as mangas de sua surrada camisa, levantou os olhos e com um sorriso aberto e amigável me respondeu: "- Estou trabalhando, quebrando as pedras para construir uma bela catedral e desejo vê-la pronta!". 
É esta cena que acontece com a maioria das pessoas: por falta de sensibilidade espiritual elas não conseguem enxergar o verdadeiro sentido de suas ações. 
Sua vida e seu trabalho são destituídos de sentido verdadeiro, porque a motivação, se ainda ela existir, está direcionada apenas para a busca de resultados materiais pela sobrevivência. 
O trabalho cotidiano e quase a totalidade das ações diárias visam somente o suprir carências materiais. O resultado, do trabalho e das ações em si, serve para mascarar os medos cotidianos: medo da violência, medo da doença, medo...medo... 
Não se trabalha mais para construir catedrais, belas famílias, belos sonhos. Trabalha-se hoje para pagar os seguros do carro, da saúde, da casa, da previdência e tantos outros, porque a crença de hoje é que o ser humano já nasce doente, inseguro e irremediavelmente perdido. 
A sensação sobre o fruto do trabalho, ao final de cada jornada, é como se estivesse colocando os resultados em um saquitel furado. A sensação de vazio e perda será bem pior, caso não se coloque um sentido mais profundo em tudo aquilo se faz na existência: da ação mais simples do cotidiano, como por exemplo, passar um café pela manhã, até aquela mais qualificada no trabalho profissional. 
Somente neste treino, de se colocar um sentido mais profundo, um amor verdadeiro naquilo que se faz, é que poderá ser encontrado um caminho mais iluminado e prazeroso para  o viver plenamente a vida. Diante das exigências do mundo moderno que constituem o maior empecilho para vidas com mais amor e espiritualidade, assumir uma postura de mansidão e amorização diante das 'cruzes' que surgem a cada dia não é nada fácil. 
Será, portanto, um processo lento para modificar-se a mentalidade, aumentar a firmeza de propósito e tomar uma nova atitude diante do que a vida propõe. 
Essa proposta evitará a repetição inócua do ser simples quebrador de pedras e levará cada um, renovado diante da existência, a se transformar em construtor de catedrais e realizador de sonhos! 
J. Rubens Alves

quinta-feira, 31 de maio de 2012

CANTO DE ALEGRIA

Todos deveriam aceitar e partilhar com outros o poder e a grandeza de Deus manifestadas de várias formas em suas vidas, num gesto de reconhecimento e ação de graças. 
As maiores alegrias do ser humano, em especial a paz de espírito, têm origem divina. Todo aquele que assume com humildade a limitação humana, reconhece que é pequeno, não é dono de si e toma consciência de que Deus se lembra de cada um, manifestando seu poder de libertação e de graça! 
Quando o ser humano se apossa desse conhecimento é abençoado diante de toda a humanidade, e esta vislumbra as grandes coisas que o Poderoso faz a cada um que o reconhece, em sua experiência individual, como único Senhor. 
Tudo que procede de Deus é santo e abençoado para a vida do pequeno ser humano. 
O Senhor demonstrará Sua bondade para aqueles que o amam, em qualquer tempo que passou ou que ainda virá, para que assim seja glorificado em todas as gerações. 
Em defesa de toda pessoa que pensa e age com reconhecimento à Sua bondade, Deus levanta a Sua mão poderosa derrotando orgulhosos e malfeitores que tentam fazer mal para aqueles que o reconhecem como Deus e Senhor. 
A vida mostra que, pela ação Divina, reis, governos e poderosos são depostos de suas altas posições e, em contrapartida, muitos humildes, mas confiantes no Senhor, seguem em frente, independentemente das posições que ocupam. E isso acontece em ações que, às vezes, nem são compreendidas pela razão humana. 
Mansos e humildes, sem dúvida, enfrentarão dificuldades como falta de emprego e outras angústias, porém Deus dará fartura preservando a vida e o pouco que possuem esses justos que o amam de coração. 
E são conhecidos muitos casos de ricos e poderosos, que se consideravam auto suficientes sem enxergar além do umbigo, que acabaram sem nada, com as mãos vazias, para sua vergonha diante das nações. 
Isso tudo acontece porque Deus não mente e sempre cumpre as promessas que fez aos nossos antepassados, no início da história do seu povo, até hoje. 
E, garantidos nessa promessa, todos sentem mais segurança, porque crêem que Deus sempre se lembrará de mostrar Sua bondade, por todo sempre, para aqueles que o recebem como seu Deus, o respeitam e o temem. Os que assim procedem, exultarão com um cântico de alegria!  
J. Rubens Alves

segunda-feira, 30 de abril de 2012

ESPIRITUALIDADE MAIOR


Quando o ser humano atravessa o portal da sua natureza, descobrindo a sua maravilhosa e verdadeira essência acorda, então, para a enorme potencialidade que existe dentro de si e transcende. Passa valorizar o amor e o conhecimento, deixando para um segundo plano, outras preocupações da vida temporal. 
Elimina, entre outros elementos prejudiciais, o medo de certas situações, em especial da morte. Assume outra consciência.
Começa a sentir a sensação de que todo o Universo é interligado por uma mesma origem e que ele faz parte dessa grandeza. Percebe que apesar de sua pequenez faz parte de um todo Maior! 
Assume o controle pelo rumo de sua vida e de sua história utilizando-se legitimamente do livre arbítrio. 
Sobe em seu conceito os valores pela vida, pelo mundo. Entende que viver, consiste em fazer tudo por amor e que todo dia é uma etapa pela busca incansável e insaciável da Espiritualidade maior. Descobre um Mistério Cósmico por trás de toda a existência, inclusive a sua e que, através deste enigma, é que se revela o Divino. 
Vislumbrar que existe a Essência Maior do que ‘seu eu’, unifica, ampara e nutre sua vida. 
Enfim acaba libertando-se e conseguindo cura para sua sensação de abandono, de separação e isolamento. 
Quando consegue sentir essa Essência, quando encontra Deus, cada ser humano terá reconstituído a verdadeira identidade agregando-a à sua alma. 
J. Rubens Alves

segunda-feira, 23 de abril de 2012

PORTA DO CORAÇÃO

Muitos me abrem o coração. Acham que mesmo bem sucedidos, bem casados, com família maravilhosa, não conseguem se desvencilhar de certa angústia que lhes massacra o coração. 
Dizem que buscam a causa para tal sofrimento no companheiro, nos filhos, naquilo que faz e no relacionamento com o seu meio. Não conseguem, contudo, encontrar a resposta, motivo que lhes aumenta essa ânsia incontrolável. 
Quase todos sentem um imenso vazio por dentro. Sofrem de pavor, ansiedade e insônia. Trabalham muito. Pensam em tomar medicamentos. Quando falam com outros amigos sobre esses problemas, alguns compreendem, mas não conseguem ajudar. Procuram, então, outras terapias e praticam atividades com as quais jamais haviam sonhado. Em sua maioria continuam atormentados. E, por incrível que pareça, a maioria dessas pessoas temem, no fundo, o avanço do tempo em sua vida, sabedores que, mais cedo ou mais tarde, se defrontarão com o que há de mais previsível na humanidade: o término, o seu ou de quem está ao lado, da existência! Qual a razão de tanta amargura? 
Procuro, por minha vez, abrir-lhes os olhos e o coração para pequenos grandes detalhes. O primeiro lugar que devem buscar respostas é dentro de si mesmo. Lá no recôndito da alma onde se encontra o caminho para a paz e a felicidade. 
Os problemas não se originam do marido, dos filhos, do meio. Eles nascem dentro de cada um, onde estão armazenadas as impressões equivocadas da vida e dos valores. 
Nesta sugestão, também entra a Fé. Deve-se colocar Deus no meio da vida, ou melhor, dentro de si. Para isso é preciso cada um, como medida imediata, esvaziar-se por completo de si mesmo, de seus desejos mesquinhos, para que Deus possa, então, preencher esse vazio e se expandir em luz e energia divinas. 
Não é preciso compreender esse processo, basta aceitar essa entrega de si. A Providência de Deus os fará compreender essas coisas. A Providência Divina sempre se faz presente em nossas vidas, desde que estejamos com olhos e ouvidos atentos para perceber e entender. 
Alguns tentam o coração do próximo para ver se ali descobrem Deus. Em verdade, o encontro verdadeiro com Deus e com a paz se dá através das portas do próprio coração. Então de dentro ecoará uma linda melodia... 
J. Rubens Alves


domingo, 1 de abril de 2012

CONFUSÃO MENTAL

"Como o exemplo e testemunho de vida semelhante ao de meu pai, a maioria rala bastante, por anos a fio. Quase todos conseguem ao longo de trinta a quarenta anos um pequeno patrimônio, longe das grandes fortunas, mas suficiente para oferecer certo conforto e uma aceitável qualidade de vida.
Instalou-se, entretanto, uma mentalidade diferente daquela comum há poucas décadas, quando se aprendia que os bens deveriam ser conseguidos como frutos do trabalho e do suor do rosto.
A tecnologia, em especial a televisão, criou uma realidade virtual onde tudo é possível, de imediato, sem trabalho e sem esforço." Clique aqui para ler texto na íntegra
J. Rubens Alves

domingo, 25 de março de 2012

AMOR E SOFRIMENTO

É impossível encontrar alguém livre de sofrimento. Quando uma pessoa não se queixa de alguma dor física, com certeza, esse alguém é portador de alguma amargura interior cuja dor, muitas vezes, é mais aguda que a do mal físico. O difícil é encarar de frente o sofrimento, seja qual for.
Independentemente do grau diferenciado de espiritualidade que cada um possui, a interpretação humana se sobrepõe na análise destas situações. Quando se tenta compreender o ‘por quê’ de alguns estados doentios da existência, logo se abate a desequilíbrio. Aniquilar-se, sem aceitação para o sofrimento, é o mesmo que flagelar duplamente a vida ou o ambiente ao redor, em ato de desesperança e falta de fé.
A limitação natural do ser humano o faz esvair-se diante do mal que o aflige. A maioria vive, de certo modo, em constante e inevitável questionamento: “Por que o sofrimento?”.
Esta é uma pergunta que cala a quem procura respondê-la buscando as prováveis causas ou uma razão para encarar a amargura.
Essa indagação constante sobre o sofrimento não só acompanha cada ser humano, mas a própria questão sobre o ‘por quê?’ do sofrimento acaba por tornar-se o próprio conteúdo dele. Deixando mais claro ainda: o questionamento contínuo de alguém sobre o ‘por quê?’ do mal que o aflige, passa a ser propriamente o seu sofrimento.
A aflição do ser humano predomina através do mal, da ganância, da traição, das doenças, da fome, das guerras, do desrespeito à Natureza. Toda esta miséria humana, todavia, tem sua causa principal, na ausência de um detalhe: o verdadeiro Amor.
A ausência de Amor é, na verdade, a principal causa da maioria dos males. Resume-se numa equação simples: Quanto menos amor, maior o sofrimento. Isto é uma constatação simples de se fazer.
Somente entenderá essa relação entre sofrimento e amor, aquele que não mais perguntar-se sobre o ‘por quê?’ do mal que o aflige, mas aberto em sua consciência, perguntar-se sinceramente ‘para que estou vivendo esse sofrimento?’.
A partir daí será capaz de compreender que na carência de amor pode estar a razão de seus males percebendo, ainda, que lhe falta algo mais grandioso e transcendente. Algo Maior que independe do poder que acumula, da fortuna que possui, da fama que goza.
E, apesar de relutância, acabará ficando clara a necessidade do abandonar tudo, a sorte e a própria existência, nas mãos de Deus, num gesto grandioso de fé. Através Dele virá o sentido para cada amargura. Com certeza, Ele pode libertar e curar, simplesmente porque Ele é Amor, tal como se auto definiu. Só Ele é nosso referencial de amor.
Aqueles que colocam Amor em seu cardápio diário vivem mais alegres, desprendidos, de bem com a vida e, por cima, vivem saudáveis por mais tempo.
J. Rubens Alves

quinta-feira, 8 de março de 2012

ANTES DO POR DO SOL

Se existe uma coisa nefasta na vida, é deixar alguns de seus capítulos sem final, sem solução.
Em especial as coisas do coração, aquelas pendências sentimentais amargadas pelo ressentimento que se guarda em relação a alguém!
Seja qual for o contexto, tudo o que não é bem resolvido e acertado entre pessoas, se transformará em fardo pesado às costas. Fará mal ao corpo e ao espírito. Será trocar o oásis pelo deserto.
Por isso, nem mesmo entre casal, pais e filhos, entre amigos ou conhecidos, devem perdurar rusgas por qualquer questão!
Se existir algo que estremeça as estruturas de relação familiar ou da relação social carece, então, buscar imediato entendimento e solução, mesmo que esta não seja definitiva.
Ao final de cada dia fatigante, se sobrar algum vestígio de  ressentimento na consciência, não se deve nem pensar ir para a cama e recostar a cabeça sobre o travesseiro. Certamente, aquele que pertencer ao Bem não repousará tranquilo enquanto não acalmar a sua alma.
Antes, com verdadeiro espírito de humildade, aproximar-se-á da esposa, do filho ou de qualquer outro desafeto e tentará, com todas as energias, a reconciliação. Mesmo que não use palavras, buscará exprimir-se naquele momento através de um gesto simples, mas suficientemente carinhoso, que ponha fim ao círculo vicioso e maléfico das diferenças.
Reconhecerá que, entre um dia e outro, haverá sempre uma noite no meio, preâmbulo de outro dia radiante de Luz.
Durante a noite tudo poderá acontecer: um milagre ou, até mesmo, uma brusca separação!
Para essa reflexão, nada mais apropriado do que a seguinte citação bíblica de um salmista: “Nunca deixe o sol se por sobre o seu ressentimento”. Isto quer dizer: não deixe de resolver tudo antes que a noite escura caia sobre você!
Intime-se, agora mesmo, para a reconciliação, seja com quem for. Vale esse sacrifício e esforço, pois ele se refletirá diretamente na sua saúde do corpo e do espírito.
Caso contrário prevalecerá a verdade da frase de William Shakespeare “Guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra”.
J. Rubens Alves

sábado, 25 de fevereiro de 2012

P, M, G: PONTO FINAL



Essas letrinhas, tão utilizadas na linguagem escrita servem, também, como marcações para identificar a grade certa para roupas, utensílios, peças e outros objetos.
Através delas, se identificam com facilidade as medidas e tamanhos dos pacotes de gêneros alimentícios, sucos e refrigerantes, de frutas selecionadas.
Muitos preços dos serviços prestados, da mesma forma, são estabelecidos com base em gabaritos de medida, em especial aqueles destinados aos automóveis grandes, médios e pequenos.
Ah os livros. Os livros, muitos os escolhem pelos efeitos artísticos de capa, pelo seu tamanho e grossura, não pelo seu conteúdo.
Aliás, tudo ao redor de nossas vidas está sendo quantificado e medido, algumas vezes em detrimento da qualidade e do reconhecimento. E desculpem, mas até mesmo a sexualidade passou a ser medida em seus atributos, tal como aí está. As maiores taras se resultam desse tratamento vulgar, instigado pelas novelas e filmes.
De maneira geral, o ser humano se acostumou com tudo isso porque, mesmo os seus dons e qualidades, são medidas quando disponibilizados ao trabalho em troca de salário.
Todo esse dimensionamento das coisas é bom e necessário pela facilidade que proporcionam às escolhas e opções e, evidentemente, não há receita que dê certo sem as medidas corretas para cada ingrediente.
Nessa mentalidade, onde tudo tem que ser medido para ser avaliado, será que há espaço de se aceitar que um indivíduo seja meio bom, ou só um pouco mal? A sociedade, apesar de se defrontar com crimes aparentemente mais ou menos hediondos, pode aceitar que crimes sejam encarados como pequenos, médios ou grandes?
É isso, entretanto, que vem acontecendo: imprensa, apresentadores âncoras de programas vulgares de televisão, improvisados ‘doutores’ no direito chocam a urbe com suas teorias e palavras mal colocadas para qualificar delitos e crimes por tamanho e grau, deixando transparecer que uns são passíveis de punição e outros não.
Certo dia, um apresentador desses programas vespertinos marcados pelo sangue e sofrimento, inadvertidamente ao comentar um pequeno furto, expôs que aquele delito perto de outros, não devia nem ser considerado pela justiça. Este apresentador errou, pois crime é crime, não importa o tamanho ou a idade de quem o cometeu. Não existe meio roubo, meio estupro, meio homicídio, meia corrupção ou meia usura. Não se deve diminuir a responsabilidade de omissão dos responsáveis sobre crimes e delitos cometidos por seus dependentes menores. Os crimes não devem ser minimizados diante do poder econômico de quem os comete. A punição deve ser equânime tanto para os baderneiros milionários como, para os miseráveis vândalos carnavalescos.
Outra visão. Como você se sente ao pagar sua conta no supermercado, e a operadora de caixa não lhe devolver os três ou quatro centavos de troco, sem ao menos lhe perguntar se você se importa ou não em deixá-los ali, como sobra de caixa? Você não diz nada, não discorda?
Ora, não importa o valor, sejam quatro centavos ou um milhão, estes são sua propriedade e seu direito e os centavos só podem ser usurpados com seu consentimento.
Assim, é tempo de se resgatar a ordem das coisas sendo delatores e combatentes dessa onda de relativismo que vem afogando a ética e os costumes.
É verdade: nosso País possui leis de primeiro mundo para um povo de mentalidade subdesenvolvida. Nem por isso, contudo, em lugar algum do mundo, se pode admitir o “ser meio bom” ou “o ser meio mal”. As pessoas inteligentes e de boa índole que desejam assim continuar, não podem ser coniventes com as tendências relativistas do tratar o bem e o mal de maneira leviana, onde até os crimes contra a sociedade passam a ser tolerados e caracterizados de pequenos, médios e grandes.
A mudança deve começar com a compreensão básica: crime é crime, delito é delito.
Enfim, bem é Bem, mal é Mal. E ponto final!
J. Rubens Alves