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A BELA E A FERA: UMA REFLEXÃO

Celine Dion & Peabo Bryson - Beauty And The Beast (HQ Official Music Video) Esta bela canção deu vida e sentimento à Bela e a Fera, ...

terça-feira, 22 de setembro de 2015

A COLHEITA

É preciso semear para que haja a colheita dos frutos. Semeia-se primeiramente em terra boa e adubada. 
Em seguida, acontece o período de espera durante o qual é preciso zelar sobre a nova plantação. 
Tudo a seu tempo! De nada, portanto, adianta ao agricultor ficar ao lado da plantação tentando apressar a colheita.
Ocorre, então, o milagre da germinação através do trabalho manual daquele que cultivou a terra.  
O milagre é como um trabalho manual de Deus. Acontece quando cada um faz sua parte, quando cada um executa as suas ações com o propósito de cumprir tudo o que a intuição lhe sugere. 
Tudo, incluindo resultados das ações vem, porém, a seu tempo. Há tempo para plantar e para colher. 
A realidade de hoje, atropelada pela pressa imposta pela tecnologia e pelos sistemas, criam expectativas que, por sua vez, geram angústias causticantes nas pessoas que incutiram em suas mentes não haver mais tempo para nada se tornando, a maioria, escrava do tempo. 
E quanto mais imediatismo é imposto para se alcançar os resultados que se espera obter, tanto maior será o nível de angústia impregnando o ser. 
Com certeza, cada um a seu modo, com seus dons e aptidões, é uma continuidade da ação criadora de Deus neste mundo e por esse motivo mesmo, se deve buscar a excelência em tudo o que se faz.
Cada ação será executada para atingir, maravilhosamente, os propósitos que Deus sonhou para cada uma de suas criaturas. 
Assim, Deus age em tudo por meio de todos, com sabedoria e a bondade de um Pai. 
Ao se compreender que tudo está esboçado pelo Pai, vive-se com mais serenidade diante das decisões que se tem de tomar ao longo da existência eliminando, desta forma, muitas expectativas falsas que levam ao medo, à angústia e depressão. 
Omar Kayyan, poeta árabe, dizia "Maktub", isto é, está escrito. 
Essa consciência ajuda na compreensão de que ninguém é dono do mundo, apenas construtores de sua estrutura que se transforma a cada instante, na ação de cada um em particular, marcando um sinal no espaço do "não tempo", isto é na eternidade, para a qual todos estão destinados. 
Afinal, parece incrível, mas todo ser humano já nasceu destinado para ser eterno no momento em que foi escolhido para abrigar em si a centelha do próprio Deus que se propôs a individualizar, desta forma, sua grandeza no menor, para sentir sua criação, em todos os detalhes, de maneira única e diferente, assim como é cada ser humano: diferente como são, entre si, os flocos de neve. 
Crer que assim é porque, caso contrário, seria vão e fugaz viver apenas essa realidade do tempo-espaço que terminará sempre no ocaso da existência. 
Por esse motivo, deve-se compreender que "se Deus não edificar a casa, em vão trabalham os construtores; se Deus não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela’, tal como canta os Salmos 127 e 128 e que podem ser lidos na Bíblia Sagrada. 
A exemplo do agricultor que vive na certeza de bons resultados na colheita, cada ser humano deve semear suas boas sementes e esperar que delas sejam gerados os melhores frutos em agradável colheita quando, enfim, viverá as delícias do 'não-tempo"! 
J. Rubens Alves

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

LAVA A JATO


Nestes tempos, o cidadão comum é surpreendido, cada vez mais, pelas divulgações de casos de escândalos envolvendo membros de governos, políticos e empresários em negócios não muito limpos ou pelo menos imorais, não só no Brasil, como em várias partes do planeta!
As cifras milionárias envolvidas nesses negócios espúrios de troca de favores, cartel, protecionismos e propinas assustam e deixam atônitas as pessoas comuns, que penam para viver em acordo com leis mal elaboradas, em geral para minorias e, ainda, sobreviverem com os ganhos honestos de seus trabalhos.
Para aqueles que transitam por esses desvios perdulários, absurdamente os fins justificam os meios e, por isso mesmo, não se importam em delapidar o Estado em seu favor, ferindo éticas, esquecendo valores e prejudicando instituições.
Verdadeiros ratos de porões que passam sua vida a tramar e urdindo sobre qual a melhor maneira de inflar os patrimônios pessoais, lançando mão das artimanhas que lhes vem na imaginação.
Nem é preciso lançar um olhar profundo para encontrar pessoas que se sentem imbatíveis por terem acesso ao poder e ao dinheiro.
A ambição descontrolada torna os viciados em ganância, verdadeiros cegos que já não visualizam, com clareza, os caminhos sombrios e tortuosos por onde se embrenham. 
Esse desejo de obter mais e mais poder e acúmulo descomunal de riquezas leva seus protagonistas à perda do bom senso e da sensibilidade transformando-os em ladrões de casaca.
Tornam-se audaciosos a ponto de dar continuidade aos crimes, mesmo quando já são caçados pelas investigações.
Trata-se de um processo vicioso que visa, única e exclusivamente, a manutenção da engrenagem dos negócios sórdidos em benefício próprio.
Com ares de pessoas sérias, se envolvem somente com aqueles que lhes servem de engrenagem e se encaixam em seus propósitos escusos, de tal maneira, que se torna quase impossível, por sua vontade própria, retornar à consciência e ao estado normal de vida.
Aqueles cidadãos normais que, graças a Deus ainda são a maioria, diante de toda essa imundície que atinge muitas nações, em especial a nossa nos últimos meses, sentem-se inconformados, ofendidos e desolados.
É uma sensação de humilhação. Ela brota da enxurrada de descalabros políticos, do desgoverno, violência e dos crimes decorrentes da falta de leis severas que aniquilem de vez a impunidade.
Aos que se incluem na soma dos normais, resta ainda muita esperança, pois ela sempre será a última a ser delapidada.
Mesmo diante do mais repugnante, ninguém deve se deixar envolver pela falsa ilusão de que tudo está perdido e permitir-se afogar nessa pobreza de espírito instalada na Nação, decretando morte prematura dos sentimentos generosos e solidários presentes em si e em cada um que ainda acredita na Justiça, ainda que tarda e, às vezes, falha.
Tenham uma certeza: aqueles que só pensam em ganhar a vida com base nessas ações desonestas e imorais como as que estão sendo regurgitadas pela "Operação Lava a Jato" no Brasil, cedo ou tarde, acabarão perdendo a própria vida, porque essas não são e nunca serão as verdadeiras essências que a alimentam.

Tudo o que os ladrões de casaca um dia tramam e negociam, escondidos na escuridão dos porões, noutro dia, próximo ou mais distante, será proclamado abertamente, para que todos possam ver e ouvir.
Isso ocorrerá quando forem pegos de surpresa pelas garras daquela verdadeira Justiça que não verga diante do poder e do dinheiro.
Será um passo para transpor a barreira do mal que separa a criatura do do Bem Maior. Em frente, sempre!
J. Rubens Alves

segunda-feira, 6 de julho de 2015

DECIDIR PELO BEM

Sempre se apresentam duas alternativas para a maneira de ser, isto é, o modo de agir do ser humano. 
As tendências atuais, fincando suas bases em um pragmatismo simplista, induzem cada indivíduo a fazer uso de sua razão, porque os resultados visados não são outros senão os lucrativos, aqueles que trazem certa paz temporal, quase sempre passageira. 
Ao utilizar a razão (entenda-se nesse caso razão como evidências reais) para decidir sobre suas práticas, os indivíduos ficam expostos às leis que regem o mundo temporal e prático, pois estas influem diretamente no resultado social. 
Quando, porém, é utilizado o coração (entenda-se neste caso o coração como amor), para a tomada de decisões, não se fica dependente da lei, porque essas decisões são fundamentadas em práticas de virtudes, em especial na mansidão gerada pelo amor.
Baseando-se num texto de Paulo de Tarso aos Gálatas, compreende-se que a razão trata das coisas do tempo e do espaço e o coração trata com as coisas do espírito. 
Refletindo desta forma, a razão apresenta desejos contrárias aos do coração, e vice-versa. 
Da mesma maneira, constata-se que todas as decisões tomadas a partir da razão ficam passivamente sujeitas às leis comuns, porque essas decisões são puramente materiais e, obviamente, sofrem influências naturalmente carnais. 
As decisões assim tomadas, conforme alude o texto aos Gálatas, são respingadas pela libertinagem, inveja, bebedeira, inimizades, idolatrias, intrigas, iras, discórdias, feitiçarias e demais fraquezas.
Esses caminhos sujeitam o ser humano às punições, decorrentes dessas ações, emanadas pelas leis dos homens. Essas fatalmente se desdobram em outras obras más. 
Diversamente, as obras e ações originadas pelas decisões do coração se sustentam em obras de amor, alegria, paz, benignidade, bondade, lealdade, mansidão, temperança, sinceridade e outras virtudes que elevam para outro patamar o ser humano em sua plenitude. 
Com certeza, ações como essas não se sujeitam às leis divinas, nem tampouco às leis dos homens, pois delas é impossível verter sequer um filete de mal. 
Contra as coisas e ações do coração (amor) não existem sanções previstas em lei porque elas, em momento algum, cooperam para a maldade e declínio de um indivíduo ou do coletivo. 
Decididas as questões cotidianas da existência humana pelo lado do coração (amor), com certeza abrem-se portas para momentos de verdadeira paz, pois assim já não prevalecem os desejos perigosos da razão. 
Torna-se possível herdar parcialmente, ainda em terra, o Reino de Deus que se baseia na prática do amor, da justiça e da paz. 
Todo aquele que tentar proceder dessa maneira, agindo e decidindo um pouco mais pelo coração, sentirá uma grande diferença em sua vida e nos resultados que obterá em consequência dessa decisão.
Nesse sentido prosperará, em todos, sentimentos de esperança de que o mundo pode e deve se tornar melhor, sem as delinquências, maldades, agressões e idealismos espúrios que poluem e degeneram o ser humano, a natureza e as instituições!
J. Rubens Alves

quarta-feira, 20 de maio de 2015

DESCONECTAR



Impossível você não notar ao redor a quantidade de pessoas falando ao celular, sem ao menos se darem conta do local onde estão, ou sobre o assunto que tratam sem o mínimo pudor. 
Incrível, até nas igrejas há sempre alguém transgredindo a sacralidade do local e, mesmo no momento mais sublime da celebração, está mais preocupado com suas ligações e recados.
Nas agências bancárias, pessoas na fila de atendimento não se dão conta que, ao falar em voz alta no celular deixam, em público, parte de suas vidas e intimidades de cunho familiar, financeiro e, vejam só, intimidades amorosas. Caem, sem perceber, no ridículo!
Ficam completamente desnudos, sem perceber que, ao seu redor, outras pessoas estão ouvindo tudo o que dizem nos malditos aparelinhos que se multiplicaram na base de dois para uma pessoa, em média!
A tecnologia é ótima, traz benefícios inimagináveis, mas quando mal empregada, distancia pessoas e divide famílias. 

Esse distanciamento é o efeito produzido pelos laptops, televisões e celulares mal e excessivamente utilizados.
Em cada cômodo da casa, cada um se fecha e isola em suas alucinações com esses aparelhos.
Os riscos de acidentes se multiplicaram, segundo pesquisas recentes, com pessoas sendo atropeladas quando atravessam as ruas e avenidas, com os fones conectados aos celulares.
Além de proporcionarem riscos de invasão na privacidade, os celulares viciam jovens e adultos aos jogos virtuais  e servem aos bandidos que, até mesmo do interior das prisões, continuam a praticar crimes e golpes. 
Tal como o excesso de comida, tal como as dependências químicas, o uso incontrolável desses recursos torna-se uma doença, um vício.
O pior de tudo, a parafernália dos tempos modernos e da tecnologia avançada contribui para as divisões familiares e a sua deterioração
Para não se perder o controle sobre essas maravilhas da modernidade, é preciso buscar uma disciplina sobre seu uso e o tempo que se emprega na sua utilização.
É impossível, é verdade, voltar no tempo para um controle efetivo sobre essas tecnologias que servem tanto ao bem quanto ao mal.
É possível, contudo, cutucar o senso crítico que resta ao ser humano e levá-lo a refletir sobre esse assunto, aparentemente, tão normal e corriqueiro! 
Os mais iluminados, com seu exemplo e exortação, têm obrigação de incentivar as pessoas ao seu redor a se livrarem dessa dependência maléfica e mostrar-lhes os benefícios da desconexão...
J. Rubens Alves

domingo, 5 de abril de 2015

O GRANDE PAPAI

Certo dia conversava com um amigo. Além de profissional talentoso em Odontologia e conhecedor de muitos segmentos da cultura, ele possui uma visão simples da existência, considerando maravilhoso todo ser humano que faz da vida, uma experiência individual de Deus e um sinal de fé simples e singela. Na compreensão deste meu amigo, simplesmente devemos crer, aceitar Deus e a maneira como Ele se manifesta a cada um, sem ficar buscando grandes respostas aos questionamentos existenciais. Deve-se aceitar Deus e Seu projeto, especial para cada um, não escolhendo o que fazer ou filtrando ações, segundo conclusão própria, mas simplesmente, vivendo-se de acordo com a fé que se possui, os acontecimentos de cada dia. Mais ou menos ele queria dizer que, a base da vida cristã está no ato de escolher Deus e não suas obras. Sem perceber, esse amigo refletiu o pensamento de François X. N. Van Thuan, Cardeal Arcebispo de Saigon, um iluminado em suas revelações, recebidas durante o período em que permaneceu prisioneiro no Vietnan quando, com sua simplicidade de estilo e linguagem, partilhou em um livro, essas experiências e reflexões práticas sobre a vida e atitudes do ser humano e que servem para qualquer povo crente em Deus, independentemente se católico, cristão. François diz: “Escolher Deus e não as obras de Deus. Esta é a base da vida cristã, em qualquer época. E é, ao mesmo tempo, a mais autêntica resposta ao mundo de hoje. Sei que minha vida é uma sucessão de opções, a todo instante, entre Deus e as obras de Deus. Uma opção sempre nova, que se transforma em conversão. Maria (por exemplo) escolheu Deus, abandonando os seus projetos, mesmo sem compreender plenamente o mistério que se estava realizando em seu corpo e em seu destino. A partir daquele momento, sua vida se tornou um ‘sim’ sempre renovado. Sim que se atualiza sempre na mesma escolha: Deus e não as obras de Deus”. Essa opção encerra nossa escolha pelo amor, porque Deus, em sua essência é Amor. Esse meu amigo, também, me surpreendeu ao dizer que, além de considerar Deus como Papai, tal como Jesus ensinou, ele sente esse Deus como um Pai extremamente afetuoso e brincalhão! E isso ele justificou dizendo que Deus é tão brincalhão que deixou a marca de Seu sorriso e de Sua alegria em vários animais: na girafa, no macaco, no papagaio, no elefante, no cãozinho bagunceiro e em tantos outros animais da criação. Afinal, todos eles alegram a vida e não deixam de arrancar ao menos um sorriso da cara carrancuda de Seus filhos amados! É verdade: Deus é Pai, bondoso e brincalhão, porque deixa seus filhos livres, buscando seus caminhos, sejam quais forem até que, em alguma hora extrema e grave, se manifeste mais claramente, para acabar com o recreio demorado da vida! J. Rubens Alves

domingo, 18 de janeiro de 2015

DIETA, MAS SEM RECLAMAR

Apesar de centenas de artigos publicados que trazem reflexões de situações vividas no cotidiano das pessoas promovendo nas entrelinhas alguma motivação, um dos assuntos, entretanto, mais procurados por leitores do mundo todo neste Blog é a DIETA DOS TREZE DIAS!!
É um alento saber que muitos, se preocupando consigo mesmos, com sua aparência, com sua saúde buscam alternativas que possam minimizar os efeitos de uma má alimentação, do sedentarismo, da compulsão pela comida que, invariavelmente, culminam com a obesidade.
Mais que alento é uma alegria saber que as pessoas buscam estar bem, pois isto é um indício de que as pessoas amam sua vida, seu corpo, pois este é um princípio básico da Lei do Amor: "Amarás ao próximo com a ti mesmo".
De fato, como se pode amar o próximo quando, com gestos compulsivos e sem a devida temperança, se desrespeita o próprio corpo ingerindo quantidades enormes de comida e bebida, na maioria das vezes sem a natural qualidade.
O corpo, nestas situações extremas de perda de controle sobre a vontade, se torna semelhante a uma lata de lixo, onde se deposita, sem o menor critério, todo o tipo de guloseimas.
Se para o lixo doméstico se tenta praticar a coleta seletiva, quanto mais cuidado se deve ter com o corpo?
É duro dizer e mais duro ainda ouvir: mas os gulosos, os compulsivos por alimentos, chegam a dedicar mais cuidados aos seus bichinhos de estimação do que consigo mesmos, visto que para aqueles, cercam de cuidados de não lhes dar qualquer coisa para comer, mas somente rações e alimentos selecionados. Os alimentos proibidos aos animaizinhos, entretanto, são ingeridos por muitos adultos e, pior ainda, ingeridos por suas crianças!!
Daí os males destes tempos, de tantas pessoas com humores indefinidos, tristes consigo mesmas, caídas em depressão, pois quando acordam para seu verdadeiro estado mórbido, não conseguem admitir que o acúmulo de gordura em seu corpo foi armazenado durante longos dias, meses ou anos.
A verdade é que não haverá milagre que os tirem rapidamente dessa alarmante situação, de uma hora para outra. Será preciso, sim, munir-se de força de vontade, regras de vida e paciência, porque o processo 
(seja ele natural, clínico ou medicamentoso), de emagrecimento para o seu peso original,  será tão árduo e talvez longo. O sacrifício deverá ser encarado como um processo novo em suas vidas e, sabe-se muito bem, que todo processo exige um foco, uma continuidade, perseverança, até que se possa atingir os objetivos.
As pessoas que buscam novamente ficar de bem consigo mesmas, com sua saúde, sua aparência e seu bem estar, deverão aprender encarar em suas vidas, cada situação de tensão e problema de maneira única e isolada, para que não ocorra a somatização de todas, porque uma das causas da compulsão é exatamente a falta de capacidade de isolar e encarar um problema de cada vez. Essa falha administrativa de suas experiências diárias gera a ansiedade, início de tudo!
Assim, certamente se pode dizer que o sucesso em retornar para uma vida saudável será equilibrando, além da carga de seus desejos (sejam eles quais forem), a sua vida espiritual, porque, afinal, o ser humano só é pleno quando equilibra seu espírito e sua matéria, ao mesmo tempo.
Com o estresse do dia a dia está cada vez mais comum encontrar pessoas que passam da alegria ao desespero, num piscar de olhos. Inferno e paraíso num só instante. Isso porque o mundo, que tanto se transformou pela tecnologia, condiciona à somatização dos problemas e das situações em um só compartimento, na sua essência, na sua psique. Ninguém dispõe do mínimo tempo para analisar cada situação de maneira independente.
Daí, a razão de tantos comportamentos compulsivos: comer rápida e demasiadamente, beber em excesso, fumar desbragadamente e lançar impropérios sobre a própria vida e sobre a de todos os outros que estejam ao redor.
Por isso mesmo, ao partilhar a Dieta dos 13 Dias, o Blog apresenta muitos artigos para que o leitor clareie suas idéias e abra sua mente para assuntos bons.
Para extirpar esses vícios que são um mal para a vida, não basta fazer dieta dos 13 (nem de 130 dias!!!). Qualquer dieta quando for feita com má vontade, reclamação pelo que se tenha de seguir não atingirá resultados positivos. Antes é preciso ficar de bem consigo mesmo e com a vida, ao menos um dia.
O vídeo da Girafa é mesmo peculiar e leva a refletir quantas vezes o ser humano se porta como ela, quando se vê afundando em suas próprias iniciativas. É bom assistir, abaixo.
Analisando as situações diárias no relacionamento com pessoas, sejam quais forem, as reações são parecidas com a da Girafa.
Nota do autor: Tal como sempre é feito, é bom esclarecer que quem lhes escreve não é nutrólogo ou especialista na área médica, apenas uma pessoa que ao longo dos anos procura manter o equilíbrio e a temperança de vida, partilhando com quem esteja a procura, a Dieta dos Treze Dias, arquitetada pela Clínica Mayo (USA) e a qual recebeu de um amigo médico, há muitos anos, e que lhe fez muito bem nas ocasiões em que dela se utilizou para controlar peso.
Sobre esse assunto há muito conteúdo nos arquivos do Blog.

J. Rubens Alves

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

GRANDE REVELAÇÃO

   
É quase Natal. Tempo que inspira, comove e abranda os corações endurecidos num passe misterioso, tempo que contagia de forma sobrenatural as pessoas pelo mundo afora. 
Existem, sim, mistérios cósmicos além da capacidade humana, impossíveis de compreensão, mas passíveis de serem sentidos por essa mesma natureza humana, tão limitada e frágil, desde que cada um esteja disposto a abrir o seu ser para acolher a Revelação intuitiva sobre esses mistérios. 
O mesmo ocorre com a compreensão da ação do Espírito Santo na vida das pessoas. Esse também consiste em mistério verdadeiramente cósmico na sua magnitude que, somente cada um por si só, numa experiência verdadeiramente única e individual, poderá assimilar e viver intensamente.
O poder e dons infundidos pelo Espírito de Deus nas vidas das pessoas podem ser melhor compreendidos quando elas resolverem se livrar das amarras, das futilidades da realidade temporal e transcenderem verdadeiramente, com todo o seu ser, em busca das coisas do Alto cujas verdade e revelação chegam através de acontecimentos, aparentemente sem importância, que sobrevêm a cada novo dia em suas vidas. 
Exemplo maior é Jesus: muito ensinou seus discípulos dando-lhes autorização para curar o corpo e a alma, expulsar demônios, pregar o Amor a toda a criatura...
Todas essas coisas novas, contudo, não aconteceriam se Ele, como exemplo primeiro, não se despisse de sua natureza humana, praticasse tudo isso e subisse de volta ao Pai para que, assim, o Espírito fosse infundido na rude natureza humana.
Jesus sempre falava do Fogo Divino, o Espírito Santo capaz de despertar a paixão profunda: o AMOR, princípio e fim, tão necessário para que tudo funcione sustentado na base da justiça e da paz. 
É assim, nesse tripé essencial de amor, justiça e paz que se pode sustentar a perfeição da vida humana, para que ela seja inserida, por sua vez, sem máculas, à perfeição do Cosmo e do próprio Deus, energia que tudo sustenta por sua força e vontade. 
Tudo o que é Perfeito, tudo o que é Belo e Bom maravilhosamente é inspirado na paz advinda da prática da justiça que, por sua vez, se origina da prática do Amor incondicional. Por isso que, quando se pratica efetivamente as ações com base nesse tripé, se alcança o Reino de Deus, porque simplesmente Deus é o Amor.
Quando Jesus ensinava que cada um deve “simplesmente fazer a vontade do Pai”, que o importante é “ser perfeito como o Pai” e que “o Reino de Deus está próximo”, na verdade estava revelando um grande mistério: que o Reino de Deus é, antes e tudo, um estado de espírito de cada ser humano que pode ser conquistado através da prática da prática do amor, visto que este só gera a justiça e a paz. 
No instante que se compreende esse mistério tão grandioso, ao mesmo tempo facilmente acessível pela revelação, se transcende a natureza humana imperfeita e rancorosa criando-se à volta um universo do Belo, do Bom e do Perfeito.
Amor: a Chama que incendeia e sem a qual ninguém pode espalhar o fogo sobre a Terra porque “sem mim (Amor) nada podeis fazer”. 
Se o dom do Amor não estiver também sobre e dentro de cada um, acima da vontade pessoal, impregnando plenamente o estado de espírito, todas as outras atitudes temporais das pessoas se tornam rotineiras e sem entusiasmo algum. Tudo não passa de gestos, palavras e atitudes glaciais. E todos sabem que nenhuma faísca, nem mesmo a de Deus, gera combustão no gelo. 
O mundo aí está querendo modificar corações. Oferece ensinamentos estranhos, pensamentos, filosofias, críticas e teorias sem qualquer traço do fogo do Espírito que gera o Amor. 
Nada, porém, do que o mundo oferece produz combustão não tendo a ver com o amor do Espírito que é do Alto, Justo e Perfeito. Aqueles que tentarem crescer e testemunhar como homens, em dimensão humana, não conseguirão cumprir a missão, porque o pensamento do mundo os vencerá, sendo mais astuto que todos eles. 
É necessário se mover e agir na dimensão Divina onde o inimigo não pode perseguir e destruir a determinação humana de agir. Somente nesta dimensão, inspirados pelo Espírito Divino, é possível viver o Amor e transformar a humanidade, mesmo que seja a humanidade mais próxima de cada um. 
O Espírito Santo traz força e alegria operando, contudo, com propósitos eternos que vão muito além e transcendem a vontade e interesse humanos. O Espírito de Deus se faz presente para incendiar os corações com um fogo incomparável. 
O dom desta Chama incandescente inspira para o cumprimento do mandato divino, transferido a cada um: “Ide por todo o mundo e anunciai o Amor a toda criatura". 
Agora é um tempo muito especial: é NATAL. Tempo da grande novidade do nascimento do Deus-Amor entre a humanidade. Tempo que inspira viver o agora, como se fosse a última hora antes da vinda do Senhor, apressando o anúncio do Amor, através de cada um com sua própria existência. “Despertai, a vinda do Senhor está próxima...”. É Natal. 
É tempo de renascer, de despertar e tomar posse do Dom do Espírito Santo deixando-se consumir pelo Fogo Divino com grande paixão, através do Amor! 
FELIZ NATAL
J. RUBENS ALVES

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

A CASA DA MÃE JOANA

Vivemos hoje no país das vantagens, dos mimos (leia-se corrupção!) onde tornou-se normal tirar Daquilo que é de todos e ferir o bem comum. 
De fato, o senso crítico e a aceitação dos valores essencialmente verdadeiros de vida, de família, de ética e de direito, entre tantos outros estão, no decorrer do tempo, sendo alterados, esquecidos e escamoteados com novos valores, apresentados como novas doutrinas, como se um bem fossem. 
Tal fenômeno ocorre pela fraqueza do ser humano diante do "gozo" que sente ao poder vislumbrar oportunidades e tirar vantagens, sejam elas quais forem ou de que envergadura representem ao coletivo, mesmo que elas produzam prejuízo ao outrem. 
O seguidores da seita do "tudo posso" agem dessa forma pelo prazer de ganhar e obter um pouco a mais, nem que esse pouco se trate de migalhas ou que fira aquele que está mais próximo. 
Certamente esse vício não é uma doença, que traz comoção, mas verdadeira fraqueza dos solapadores.
Afinal, para ser inteiramente incólume e correto nos dias de hoje, requer um grande esforço e um treinamento constante, considerando que, até por osmose, corre-se o risco de ser contaminado pelas práticas que se são 'ejaculadas' pelos que gozam com essas pequenas vantagens e seguem a doutrina do "possuísmo"! 
Assim abreviando, visto que poderíamos discorrer mais profundamente, através de páginas e mais páginas, tentando compreender o atual momento, sob um foco mais filosófico e cristão, a sórdida política que aí está e que se apresenta desnuda nestes dias que antecedem o segundo turno, nada mais é do que um reflexo do que a maioria do nosso meio é, age e procede
Os políticos que tanto nos escandalizam nada mais são do que a criação à imagem e semelhança do próprio povo. 
Eles simplesmente se comportam e agem da forma como aprenderam em seu meio, em sua família, em sua escola em algum tempo atrás, quando um dia foram como todos nós, crianças, adolescentes e protótipos de cidadãos. 
A única diferença entre eles e a maioria do povo, trabalhador e honesto, é a índole e o caráter que aceitaram acolher em sua vida.
E os jovens de hoje, que se familiarizam com essas práticas serão, algum dia, semelhantes a estes, se também aceitarem conformadamente tais referenciais.
Para os políticos que aí estão falta o principal: Testemunho. 
Suas palavras são ocas e suas obras vazias de conteúdo. Ataram, por longos anos, pesados fardos sobre os ombros da Nação e que, nem com um dedo, tentam movê-los, tão extasiados pelos prazeres do poder.
Enfim, em relação aos dois candidatos que aí estão e entre os quais teremos por consciência e 'obrigação' (porque o voto é absurdamente obrigatório!!!), apenas um lembrete: Temos a fome e vamos fazer uma macarronada para abrandá-la mudando nosso ânimo. 
Os molhos prediletos que gostaríamos de usar para essa macarronada estão em falta, não os temos na prateleira. 
Contamos com apenas dois molhos de procedência duvidosa cujo rótulo colorido e vistoso até nos seduz e engana. 
Seus ingredientes, entretanto, são indigestos... todavia temos fome. Então, para não desfalecermos sem nutrientes, nos resta escolher o ingrediente menos ruim e menos prejudicial para nossa saúde, fazer nossa macarronada e seguir em frente, mesmo que no final sejamos surpreendidos por uma bela indigestão ou dor de barriga. 
Servirá de consolo o fato de que tentamos mudar nosso momento. 
Ah! lembrar apenas que nos últimos anos nossos governantes tiveram PODER (muito, diga-se de passagem!) e não AUTORIDADE. AUTORIDADE é bem diferente de PODER diante do bem coletivo. 
A falta de visão e discernimento sobre esses dois pontos marcantes e essenciais presentes apenas em grades estadistas, faz com que o Brasil esteja totalmente fora de rumo, sem objetivos e na contra mão dos tempos e passando essa fase de desarranjo, como se fosse a casa da mãe Joana! 
J. Rubens Alves

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

SENSIBILIDADE

A razão é sempre a mesma para todos: as preocupações diárias. Ora isso ora aquilo e lá se vai o tempo, perdido e corroído. 
Um breve descuido basta para a impregnação do ser com energias negativas que, além de serem infrutíferas, destroem as bases da paz interior e o afasta de tudo o que é prazeroso. 
Basta afrouxar a vigilância e as forças interiores ficam exauridas e o brilho da própria luz se esvanece. 
Como alguém pode iluminar outras pessoas quando sua própria luz está enfraquecida? 
Quando se percebe essa sobrecarga de preocupações, prudentemente é preciso dar uma freada em tudo, atividades e decisões, e refletir assim: O problema existe? É solucionável? Se é simples que seja resolvido, caso contrário siga-se adiante abandonando-o às forças do Universo, pois se não há solução prática, humanamente viável, de nada valerá uma só lágrima, ou uma lamentação. 
Para nada adiantará ficar girando ao redor de qualquer situação. 
E, para seguir adiante, para resolver ou não qualquer situação adversa, é preciso ser forte, caso contrário, ficar-se-á à beira do caminho. 
Se faltam as forças para se vencer essas situações e contradições, coisas bem pequenas bastam para derrubar a pessoa em todo seu estado de ser. 
As pequenas contrariedades, se forem somatizadas e não administradas de forma correta, serão suficientes para derrubar estruturalmente qualquer um que não estiver devidamente preparado. Assim, a caminhada se torna longa, sem brilho, sem entusiasmo e, por isso, vem a angústia e a vontade de desistir. 
Como se evitar essas ciladas e se transpor de forma vitoriosa as peças pregadas pela vida temporal e evitar que a chama interior se apague? 
Para reavivar e manter chama interior bem incandescente, coisas simples são suficientes. E, por isso mesmo é importante manter sempre ativa e viva a sensibilidade, pois através dela é que facilmente se alimentará o brilho dessa luz. 
A sensibilidade é um dos dons maravilhosos que o Divino concedeu a todo os seres humanos, porque através dela é que se pode sentir as intuições que enlevam e mantém o ser consciente de sua tênue ligação com a Origem, com sua verdadeira Realidade que não é, certamente, a realidade temporal. 
O ser humano mantém apenas uma esmaecida lembrança de sua verdadeira origem, não consegue lembrar-se bem de onde veio e para onde deve ir mas, bem lá no seu âmago sabe que há Algo bem maior que sinaliza constantemente. 
Essas respostas, essas intuições que equilibram todo o ser só podem ser esclarecedoras na medida em que cada um manter sua sensibilidade aguçada e com as portas abertas para recebê-las de forma acolhedora. 
Existem tantas coisas simples que fazem bem a cada um e aos outros, que também precisam de combustível novo para a chama interior, ou seja a chama da sensibilidade
Essa chama de vida começa a diminuir quando se caminha pela existência sem perceber o Belo e o Bom que está a circundar todo ser humano, sem exceção, lembrando que o Belo e o Bom são a expressão mais evidente de Deus
Cada um precisa buscar entendimento e conhecimento profundo de si mesmo para entender tudo que lhe diz respeito e, a partir de então, compreender seu entorno, o mundo, a realidade temporal, inclusive suas contrariedades e sinas, compreendendo que elas são fugazes e passageiras. 
O conhecimento interior é que provocará as mudanças marcantes que tanto se almeja e poderão, real e plenamente, transformar o Ser com nuances e reflexos de perfeição, tal como a possui o Belo e o Bem
Transformação que é essencial primeiramente para si mesmo, sem querer que o outro e o mundo mudem segundo a imposição de critérios individuais e que lhe são pertinentes. O máximo que se pode fazer diante dos outros é exortá-los e convidá-los, também, a reavivar a chama da sensibilidade, despertando-os para a verdadeira e valorosa riqueza.
Ter sensibilidade é sentir que parte de Deus se individualizou sob a identidade de cada um. 
E, se cada um buscar dentro de si, encontrará o Céu. E com certeza, lá não há lugar para lágrimas e angústias. 
Definitivamente, o Reino dos Céus, "que está tão próximo" é singelamente um estado de espírito. "Quem tem ouvidos, ouça!" 
J. Rubens Alves

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

A MEDIDA DO AMAR

Como seria bom e salutar se, nestes tempos de tanta instabilidade no plano mundial, Algo ou Alguém conseguisse unir os corações em torno de um único desejo: amar mais.
O caminho seria, talvez, a capacidade de cada um em fixar os seus ideais onde se encontram as verdadeiras alegrias que são, por si mesmas, frutos provenientes do Amor.
É possível amar mais? Qual é a 'capacidade volumétrica' do amar?
Uma maneira muito singela em responder essa questão é simplesmente relembrar que cada um é a sua própria medida do amor: "Amarás ao próximo como a ti mesmo"!
Esta verdade revelada há mais de dois mil anos por Jesus de Nazaré é penetrante como uma faca e fecunda as pessoas até hoje, ensinando de maneira direta e sem rodeios que, da mesma forma e medida com que cada um se ama (plenamente em corpo e espírito), será esta a sua mesma capacidade de amar o outro. 
O amor externado só para cumprir obrigações solidárias, realizar gostos pessoais, livrar-se de pressões ou satisfazer caprichos, acaba não sendo autêntico, nem verdadeiro e, por cima, anula a beleza e espontaneidade do amor verdadeiro, porque a sua manifestação se torna obsequiosa e aduladora,  maculada por interesses e condições.
Então, olhando dessa forma, essa medida de amor poderá ser comparada ao Universo que é infinito ou limitada ao tamanho de uma casca de noz, ou até menos!
O verdadeiro amor, quando incondicional e desinteressado, transborda em seus limites e se torna infinito, tanto para quem o doa, quanto para quem o recebe.
Quando qualquer ação individual, tanto de quem dá quanto de quem quem recebe o ato de amor, faz o Ser anular-se diante de gostos que parecem necessidades, significa que se perdeu a verdadeira capacidade de amar!
Amar é saber distinguir estes detalhes sutis e, se for preciso, saber até dizer um 'não' sem machucar!
Da mesma forma, quem recebe um ato de amor, não pode se considerar capaz de medir a forma ou extensão com que ele está sendo expressado.
O volume recebido de amor será medido com a mesma medida de amor que o receptor cultiva e usa dentro de si e por si mesmo.
Tais cuidados devem ter tanto aquele que pratica e emana o amor, quanto aquele que recebe e acolhe o gesto de amor.

Somente o egoísmo anula o ato de amar, pois o transforma em instrumento de domínio, escravizando aquele que se doa ou aquele que recebe os frutos do amor.
É dessa maneira que cada um compreenderá que, quem se doa com sinceridade, está se entregando em seu limite e, portanto, dele não exigirá mais nada.
Simplesmente aceitará e receberá, com gratidão, aquilo que recebeu do outro. Se exigir mais, estará anulando, de forma egoísta, aquele que o amou.
Parece um exercício difícil, mas a reflexão sobre a medida de amar e de ser amado, pode ser o início de mudanças radicais na postura e modo de cada um viver um novo processo de amorização da própria vida e da vida dos que estão mais próximos.
J. Rubens Alves