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A BELA E A FERA: UMA REFLEXÃO

Celine Dion & Peabo Bryson - Beauty And The Beast (HQ Official Music Video) Esta bela canção deu vida e sentimento à Bela e a Fera, ...

segunda-feira, 25 de abril de 2016

MILAGRES SILENCIOSOS

  O Pai do Céu concedeu mais um amanhecer grandioso. O céu, magnificamente azul e sem nuvens, convidando para caminhar. Eu aceitei o gracioso convite. 
  Caminhar, além de fazer bem para o corpo, faz bem para a mente e para o espírito, porque é um momento especial entre você e você mesmo cooperando para o encontro do Deus que habita em mim, em você e em cada um. 
  No percurso, de cerca de oito quilômetros de caminhada que, em ritmo rápido dura aproximadamente uma hora, me coloquei na postura de entrega à vontade de Deus, isto é, na condição de instrumento para que o Pai do Céu, através de meus olhos, de meu nariz, de meus ouvidos, enfim, através de todos os sentidos do meu ser, sentisse a Sua criação nesse dia exuberante. 
  Quando nos propomos agir dessa forma, sempre acontecem coisas maravilhosas, tal como ocorreu, nesta manhã esplendorosa de domingo. 
  Logo no início, em meu caminho, o Pai do Céu colocou um casal amigo, que há muito não via. Na singeleza do abraço e sorriso trocados, conseguimos renovar alegrias e energias saudáveis, que alimentam a alma. 
  No decorrer de uma caminhada, Deus nos concede tantas riquezas: o sol, a brisa, as pessoas, o murmurinho. Em tudo, sentimos a ação divina maravilhosa, através da qual somos inseridos gratuitamente em Sua plenitude. 
  No meu caminho, uma senhora empurrando a cadeira de rodas com seu filho tetraplégico, aparentemente com trinta anos. 
 Apesar da aparente crueldade de sua missão, a mãe caminhava alegremente conduzindo a cadeira de rodas com seu filho, desfrutando com ele as delícias daquela manhã de sol, comprovando que o Pai faz brilhar o sol sobre todos, sem distinção. Basta acolher. Tudo está à disposição de todos. Alguém não é menos do que ninguém. Ninguém é maior do que alguém. 
  Distinguir a bondade do Pai numa situação dessa pode parecer antagônico e sob olhar da razão humana, incompreensível. 
  O Pai do Céu neste instante, contudo, revela aos mais atentos que os “seus pensamentos não são os nossos pensamentos” e que Ele, o Pai, age em tudo por meio de todos, mesmo numa situação dolorida.
  A caminhada me reservava ao seu término, outra experiência marcante no  dia, quando me dirigi ao hipermercado para comprar maionese para o almoço. 
  O dinheiro que levara no bolso foi pouco, o suficiente para aquilo que eu me propunha. 
  Naquela hora da manhã havia poucas pessoas no hipermercado.
  Escolhi meu pedido, mas ao olhar ao redor, notei um maltrapilho, em todos os sentidos. Percebi que seus sedentos olhos percorriam os vários alimentos expostos na vitrine. Ninguém lhe dava a mínima, inclusive os atendentes. 
  Sem pestanejar, fui ao seu encontro. Miseramente trajado unhas espantosamente grandes e sujas, cabelos desdenhados, sem qualquer asseio e um olhar de animal acuado, talvez porque sentisse naquele instante, que não fazia parte daquele ambiente, considerando a repulsa natural que provocava pela sua aparência desditosa.
  Aproximei-me perguntando a ele sobre o que precisava. Com a cabeça baixa e apenas levantando o olhar, num grunhido baixo e grave manifestou que desejava algo para comer. Disse-lhe, então, que escolhesse tudo o que estava com vontade de comer. 
  Mesmo assim, com a liberdade de escolha, entre dezenas de iguarias, apenas apontou para o simples arroz branco. Encorajei aquele desafortunado a escolher mais alimento e timidamente escolheu, talvez nem bem sabendo do que se tratava, um pouco de batatas, linguiça, almôndegas e molho.
  Por tão pouco, vislumbrei um lampejo nascendo de seus olhos tristes e fugidios. 
  Perguntei onde morava e ele me respondeu “ali”, como se ali fosse algum lugar que definisse alguma morada. Mal sabia que ele mesmo era a própria morada de Deus! 
  Exatamente essa ignorância da própria essência é que leva o ser à desesperança e à condição de maltrapilho. 
  Convidei o infeliz com um gesto para que caminhasse ao meu lado até o caixa, em verdade a porta da frente do hipermercado por onde entram e saem, indistintamente, toda sorte de pessoas, certamente mais afortunados mas, talvez, tão maltrapilhos quanto o ser ao meu lado. 
  Desejei que ele sentisse, ao menos por breve ou único momento, a bela sensação de dignidade em sair dali com alguma coisa que não precisara mendigar. 
  Nesse momento, me lembrei da limitação de dinheiro que levara comigo na caminhada. E se não fosse suficiente para pagar tudo? Sem dúvida, deixaria ali as minhas coisas para priorizar aquilo que o jovem faminto escolhera. 
  Para surpresa, o total da conta coincidiu exatamente, mesmo em centavos, com o valor que levara comigo. Não precisei complementar e tampouco recebi troco. Se casualidade ou coincidência não sei dizer. 
  Creio, todavia, que se cumpria ali, mais uma vez, a vontade do Pai, permitindo que acontecesse o milagre de um sorriso naquele desconhecido maltrapilho que cruzou casualmente meu caminho me permitindo, consequentemente, viver a maravilhosa experiência do agir simplesmente por amor! 
  Certamente a bondade e maravilhas do Pai acontecendo e operando milagres silenciosos em nossas caminhadas pela vida! 
J. Rubens Alves

sexta-feira, 25 de março de 2016

FELIZ PÁSCOA





A Verdadeira História da Páscoa Contada Por Crianças... Lindo!

O MAIOR MISTÉRIO


Reconheçamos: quantos mistérios rondam nossas vidas, sem podermos compreender sua razão e o seu sentido!
Mistérios do universo, da natureza. Mistérios sobre a vida e sobre a morte. Mistérios do porque estamos aqui e onde estaremos amanhã.
A curiosidade de desvendar esses mistérios, ao mesmo tempo em que inquieta, nos motiva para a busca contínua por respostas.
O maior mistério, contudo, já foi desvendado para todos, sem exceção: o da volta para nossa origem, junto de Deus.
O que antes era impossível por uma falha de percurso, o mal, foi resolvido definitivamente pela Ressurreição de Jesus. Ele viveu a nossa condição humana em todos os detalhes, menos o mal e reconstituiu definitivamente, o caminho de volta, vencendo o abismo da morte.
Na Páscoa, celebramos com alegria este presentão que recebemos de Deus através de seu Filho. Sabemos que nossa passagem para a Vida está garantida. A morte, tal como a conhecemos, já não é mais um abismo, mas uma porta pela qual passamos.
Assim, não precisamos mais ter medo do futuro por aquilo que nos aguarda, porque vivemos a alegria deste presente: a garantia para a Vida!

Somos predestinados à Eternidade, essa é a maior revelação desse Mistério Pascal, não porque desejamos, mas porque fomos escolhidos para isso, não um nem outro, mas TODOS!!
Nessa passagem da morte para a vida, de modo glorioso, advém uma luz nova, uma esperança que alimenta e reanima a humanidade.
Ser filho de Deus, antes uma hipótese, loucura e heresia, é uma realidade após o grande mistério da morte e ressurreição de Jesus.
Nem é preciso compreender o grande Mistério Pascal para dele participar. É preciso apenas aceitá-lo e viver longe de tudo o que possa conduzir ao calabouço da escuridão.
Nesta Páscoa, mesmo não entendendo bem o mistério dessa tal passagem da morte para a Vida, vamos aceitá-lo, simplesmente, como outro presente que o Pai do Céu derramou sobre cada um de nós, propondo-nos viver sob a Luz que brilhou para todos, sem distinção de raça, cor, formação ou posição social.
Feliz Páscoa, repleta de luz. Que os ares dessa revelação envolvam a todos e suas famílias!
J. Rubens Alves

sábado, 2 de janeiro de 2016

ESPERANÇA E IMAGINAÇÃO

Uma agitação no ar! Geralmente é o que se sente nestes finais de ano, épocas em que se misturam as correrias para comemorar o sucesso, mesmo que pouco expressivo e, acima de tudo, bendizer a vida. Certamente, esse é o maior motivo que o ser humano tem para comemorar, acima de tudo se, ao longo da jornada de um ano, conseguiu preservar essa maravilhosa dádiva da vida.
Existem sim, em grande maioria, pessoas que se esquecem do quanto é importante conquistar a vitória do viver, sem ter sofrido danos consequentes do emaranhado das loucuras e violências que dominam essa nossa humanidade: loucuras de atentados à vida em nome de um 'deus'; instituições abaladas em seus alicerces por pessoas que prevaricam, se locupletam e se servindo do bem comum apenas em benefício próprio causando, dessa forma, escândalos sem precedentes em todas as partes do Planeta; violação de direitos; utilização maldosa e imoral das redes de comunicação para difusão, sem precedentes, de atos de pedofilia, pornografia e prostituição e, acima de tudo, a destruição de nossa Natureza.
Por esses tantos absurdos fica no ar uma frustração pelo muito que se deixou por fazer, não só individualmente, mas acima de tudo, pela impotência de se fazer algo melhor pelo coletivo universal. 
Propósitos não cumpridos são verdadeira tortura para o ser humano. 
Metas não alcançadas frustram e martelam a consciência de quem não as cumpriu, especialmente para aqueles que naturalmente são bons e, por acidente, deixaram de fazer algum bem e, casualmente, deixaram de amar os que estiveram por perto.
Verdadeiramente, amar é o motivo único e primeiro para se fazer a vontade do Pai, pois àquele que ama se permite tudo, visto que nada de mal nascerá a partir daquele que ama.
Quantos males não teriam sido praticados se o amor tivesse prevalecido nas ações!
Este é um ano que se inicia sem muita perspectiva se forem levados em conta somente os resultados tão frustrantes dessa jornada passada.
Ninguém, contudo, que ao menos se esforçou, deve sentir-se aniquilado, afinal toda a existência é um contínuo processo de aperfeiçoamento. 
Um caminhar, passo a passo que seja, levará cada um a realizar seus sonhos e aprendizados ao longo desse ano que se inicia. 
Fixar metas e vislumbrar sonhos. Focar o olhar nas estrelas e lá no alto depositar os ideais que estão adormecidos no fundo do coração, cá embaixo.
A partir de então, será necessário apenas não desviar-se desses propósitos revitalizantes, tomando atitudes firmes e tempestivas quando necessárias, com pureza de coração e espírito. 
Mesmo que as asas sejam pequenas para voar, a fé de cada um, com certeza, o alçará para grandes alturas. A fé faz voar sim e remove montanhas,  se cada um fizer o que lhe cabe. 
Deus acende luzes pelos caminhos a percorrer na medida em que se caminha, nem que seja como já dito, um pequeno passo a cada dia. 
Vale a pena lutar pelos sonhos, mesmo que pareçam impossíveis num certo momento.
O sonhar, em verdade, é que alimenta a Esperança a ser  renovada no íntimo de cada um, a cada dia, a cada momento!
Após fixar os ideais mais altos e encontrar a pérola preciosa de cada sonho caberá apenas, a cada um, a singela ação de imaginar.
Ter a capacidade de imaginar, isto é, criar a imagem dos desejos, possibilita ao Universo conspirar em favor de cada um, atendendo e concretizando as aspirações.
Afinal, o Pai é o exemplo mais generoso e imaginativo para todas as suas criaturas, bastando olhar atento ao redor para se perceber isso e valorizar ainda mais a Vida!
Nunca haverá alguém só e abandonado neste mundo vasto, tão diversificado e, às vezes, tão incompreensível!
J. Rubens Alves

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

CHAMA INTERIOR


Compromissos diários com isso e com aquilo nos afastam até do que é prazeroso. 
E, além de nos privar das coisas agradáveis, acabam exaurindo as energias e anulam a capacidade de concentração e reflexão. 
Jamais poderemos iluminar outras pessoas quando a própria luz está enfraquecida! 
Assim, devemos estar atentos e ser fortes, suficientemente, para seguir adiante em nossos projetos e ideais, em qualquer situação, caso contrário, ficaremos à beira do caminho. 
Não se tomando as devidas precauções, coisas pequenas do dia a dia podem nos derrubar e lançar-nos ao estado de letargia. 
Nestas ocasiões de estresse e cansaço, é preciso lançar mão de coisas simples para dar vida nova à nossa chama interior. 
Se, apesar processo de deterioração causado pela carga diária de preocupações conseguirmos, ao menos, manter nossa sensibilidade e nossa clareza espiritual, facilmente alimentaremos o brilho dessa luz. 
Da mesma forma que existem coisas pequenas que podem nos prejudicar, existem outras tantas coisas simples que fazem bem a nós e aos outros, também eles, necessitados de combustível suplementar para a chama interior. 
Chama de vida que começa a se exaurir quando caminhamos pela existência sem perceber o Belo e o Bom que nos circundam. 
Para os duros de coração e que se descuidaram de seu crescimento espiritual, a caminhada se tornará longa, sem brilho e entusiasmo sendo eles tomados, em sua plenitude, pela angustia e pela vontade de desistir. 
É preciso buscar entendimento e conhecimento profundo de nós mesmos, para entender tudo ao nosso entorno. Entender que os problemas só existem dentro de nós mesmos, e não fora de nós. 
Somos nós próprios que os criamos, os dimensionamos e os vivemos segundo nosso entendimento, nossa crença e nossa vontade. 
O conhecimento de nós mesmos, portanto, é que nos levará às mudanças marcantes que tanto almejamos e que nos conduzirá à paz interior, que nos pertence por dádiva Divina. 
Compreenderemos, inclusive, que o Reino de Deus, tão esperado, está já há muito tempo, dentro de nós. 
A proposta é mudarmos nosso interior, primeiramente, antes de querer que o outro e o mundo mudem segundo nossos critérios e nossos pensamentos. São, talvez, os princípios mais difíceis de serem absorvidos em todo o nosso processo de crescimento: a compreensão e a tolerância com o mundo e a realidade ao nosso redor.
Se nos buscarmos e nos encontrarmos, dentro de nós mesmos, encontraremos lá, também, o Céu. 
E, tenham certeza, naquele reduto de serenidade, esperança e confiança, não haverá mais espaço para tanta tristeza e tantas lágrimas. 
J. Rubens Alves

terça-feira, 22 de setembro de 2015

A COLHEITA

É preciso semear para que haja a colheita dos frutos. Semeia-se primeiramente em terra boa e adubada. 
Em seguida, acontece o período de espera durante o qual é preciso zelar sobre a nova plantação. 
Tudo a seu tempo! De nada, portanto, adianta ao agricultor ficar ao lado da plantação tentando apressar a colheita.
Ocorre, então, o milagre da germinação através do trabalho manual daquele que cultivou a terra.  
O milagre é como um trabalho manual de Deus. Acontece quando cada um faz sua parte, quando cada um executa as suas ações com o propósito de cumprir tudo o que a intuição lhe sugere. 
Tudo, incluindo resultados das ações vem, porém, a seu tempo. Há tempo para plantar e para colher. 
A realidade de hoje, atropelada pela pressa imposta pela tecnologia e pelos sistemas, criam expectativas que, por sua vez, geram angústias causticantes nas pessoas que incutiram em suas mentes não haver mais tempo para nada se tornando, a maioria, escrava do tempo. 
E quanto mais imediatismo é imposto para se alcançar os resultados que se espera obter, tanto maior será o nível de angústia impregnando o ser. 
Com certeza, cada um a seu modo, com seus dons e aptidões, é uma continuidade da ação criadora de Deus neste mundo e por esse motivo mesmo, se deve buscar a excelência em tudo o que se faz.
Cada ação será executada para atingir, maravilhosamente, os propósitos que Deus sonhou para cada uma de suas criaturas. 
Assim, Deus age em tudo por meio de todos, com sabedoria e a bondade de um Pai. 
Ao se compreender que tudo está esboçado pelo Pai, vive-se com mais serenidade diante das decisões que se tem de tomar ao longo da existência eliminando, desta forma, muitas expectativas falsas que levam ao medo, à angústia e depressão. 
Omar Kayyan, poeta árabe, dizia "Maktub", isto é, está escrito. 
Essa consciência ajuda na compreensão de que ninguém é dono do mundo, apenas construtores de sua estrutura que se transforma a cada instante, na ação de cada um em particular, marcando um sinal no espaço do "não tempo", isto é na eternidade, para a qual todos estão destinados. 
Afinal, parece incrível, mas todo ser humano já nasceu destinado para ser eterno no momento em que foi escolhido para abrigar em si a centelha do próprio Deus que se propôs a individualizar, desta forma, sua grandeza no menor, para sentir sua criação, em todos os detalhes, de maneira única e diferente, assim como é cada ser humano: diferente como são, entre si, os flocos de neve. 
Crer que assim é porque, caso contrário, seria vão e fugaz viver apenas essa realidade do tempo-espaço que terminará sempre no ocaso da existência. 
Por esse motivo, deve-se compreender que "se Deus não edificar a casa, em vão trabalham os construtores; se Deus não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela’, tal como canta os Salmos 127 e 128 e que podem ser lidos na Bíblia Sagrada. 
A exemplo do agricultor que vive na certeza de bons resultados na colheita, cada ser humano deve semear suas boas sementes e esperar que delas sejam gerados os melhores frutos em agradável colheita quando, enfim, viverá as delícias do 'não-tempo"! 
J. Rubens Alves