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A BELA E A FERA: UMA REFLEXÃO

Celine Dion & Peabo Bryson - Beauty And The Beast (HQ Official Music Video) Esta bela canção deu vida e sentimento à Bela e a Fera, ...

terça-feira, 11 de julho de 2017

EDUCAR DIFERENTE

Certa professora de um colégio público, entusiasmada com a profissão que exerce há muitos anos manifestou, para minha surpresa, preocupação quanto à educação dos alunos, de uma maneira em geral.
Segundo ela, muitos colegas estão prestes a abandonar a profissão porque se acham incapazes de controlar o ímpeto dos alunos e, ao mesmo tempo, transmitir adequadamente o conteúdo do ensino. Permanecem ativos e dedicados apenas aqueles que realmente educam por amor, acreditando que a educação pode ser melhorada, mesmo nesse País que nada avança nesse sentido, porque vive atolado em crises políticas, financeiras e morais protagonizadas pelos seus 'maiores expoentes'.
Descreveu-me uma situação, quase de terror, que certos professores vivem em suas salas de aula, sempre pressionados e achacados pelo comportamento delinquente de uma expressiva parcela de alunos que atiçam seus companheiros a enfrentamentos, não só entre eles, mas até mesmo contra os professores que sofrem provocações e ameaças. Quando não são violentos, são criaturas apáticas e alienadas ao meio acadêmico, porquanto são dirigidos e aprisionados pelos apelos de jogos e aplicativos de seus celulares, peças inseparáveis de seus livros e cadernos.
É verdade! Hoje muitos professores estão abalados, ao mesmo tempo que desencantados pela arte do ensinar. Seus alunos já não parecem seres com vivacidade, mas figuras catatônicas e distantes da realidade.
Uma das razões por esse desencanto por parte dos docentes seja, talvez, aquela de tentar abraçarem a maravilhosa profissão apenas como um trabalho que lhes traga o sustento, apesar de muitos entenderem que a remuneração não é compatível com a magnitude do trabalho: educar!
Existe, porém, outra razão que esvazia a plenitude do 'ser professor', do 'ser mestre'.
Há poucos anos, os jovens tinham como fonte de informações somente a família, eis que careciam de tecnologia como rádio, tvs, internet, e celulares, etc...!
Eram impelidos, então, a buscarem nas escolas as informações necessárias para preencherem sua carência do saber, e as quais somente os mestres professores, depois dos pais, podiam transmitir.
O mundo mudou. Hoje o que mais se tem é informação. Os jovens têm acesso a todas elas, de maneira incontrolável, através dos pacotes globalizados, radicalmente livres, descarregados simultaneamente na web, nas comunidades virtuais e nas redes de comunicação.
Os jovens buscam, diferentemente do passado, não mais informações, eis que já as possuem em excesso, mas escolas e mestres que organizem e canalizem essa bagagem de conhecimentos sem controle, absorvidos avidamente através do Dr. Google e tantas outras denominações.
A rapidez, pela qual têm acessos a tão diversificada informação, confunde suas ideias e focos fazendo-os perder sua identidade e seus verdadeiros referenciais. Os jovens estão sedentos não em aprender, mas de alguém que lhes mostre um sentido para o farto material (bom e ruim) que já absorvem, todos os dias, através da tecnologia virtual. Precisam que alguém lhes resgate, em meio a tantas turbulências, e os façam novamente a crer na vida, nos valores sólidos, nas dimensões do caráter e na grandeza de cumprirem o papel de viver em sociedade e em função do coletivo.
Eles precisam hoje, de uma educação que lhes aguce o senso crítico, que lhes indique novamente a direção para um ideal verdadeiro, modifique a cultura gratuita e viciada que receberam do farto material jogado, em baciadas, na internet, nos meios de comunicação e até nas próprias escolas que, sem critério algum, ministram seus conteúdos programáticos porque são obrigadas a fazê-lo, numa quantidade de dias fixados nos anos letivos, simplesmente por cumprirem exigências regulamentadas.
Os jovens precisam mais. Precisam adquirir um senso crítico para analisarem, de forma diferente, o sentido das coisas temporais que os cercam, das instituições que os regem, das políticas que os envolvem, das ideologias que os seduzem e dos governos que os conduzem!
O mundo carece em nossos dias de uma ação mais efetiva, condizente com aquele pensamento cristão de evangelizar e que significa, no fundo, modificar culturas e pensamentos que conduzam à uma vida mais amorosa, justa e pacífica. O ensinar é algo semelhante. É por isso que, urgentemente, muitos aspectos da educação precisam ser revistos sob outra luz!
J. R. Rubens

domingo, 28 de maio de 2017

UM BALANÇO

Realizar um balanço para apurar os resultados.
É assim que se torna possível corrigir distorções e planejar as ações futuras. O sucesso depende dessa análise, sem maquiagem, de cada um dos detalhes administrativos, financeiros, e porque não, pessoais.
Cada um deve se propor a realizar um balanço de sua vida. 
Contabilizar o crescimento material é bom, mas não é o essencial. Se for considerado importante apenas o que foi acrescentado no patrimônio é sinal que o essencial está sendo relegado ao segundo plano. É, de fato, perigoso perder-se, ao longo da caminhada, o equilíbrio entre o ter e o ser.
A busca pelo ter não deve anular o ser, sob pena de sobrar apenas uma criatura alienada, insensível à própria vida, aos semelhantes e aos verdadeiros valores da vida!
Ser rico é contabilizar apenas crescimento material. Ser próspero é crescer antes de tudo como ser, via pela qual se acumula aquela ‘riqueza que a ferrugem não é capaz de corroer é a traça não come’.
J. Rubens Alves

quinta-feira, 23 de março de 2017

DNA DE DEUS

Existe um inconformismo com a crescente banalização da vida, do ser humano e da natureza. Essa realidade abrange o mundo inteiro, de uma forma ou de outra, seja em meio a miséria ou da riqueza, porque é determinada pela ação de poucos indivíduos que, apossados do poder, determinam a ordem das coisas para todos aqueles que não pertencem à sua hostes.
Infelizmente, os simples humanos sem poder, somam a maioria.
As pessoas vivem, por isso, também em sua maioria, frustradas por seus inexpressivos resultados na busca pela felicidade e paz duradoura que tanto almejam para suas vidas.
Essa frustração, aliada ao inconformismo de se sentirem excluídas do acesso ao seu crescimento, gera a violência, a angústia e a dor que imperam atualmente na vida da humanidade. 
Interessante que esse clima desvairado é imposto, como já dito acima, por uma minoria, se comparado a essa humanidade de bilhões de pessoas esquecidas que busca incessantemente o bem, a solidariedade e a paz. 
A minoria que se considera ‘dona do pedaço’ e se arvora ao direito de fazer o que bem entende, em detrimento do bem comum está presente não só de uma maneira incisiva em nosso País, mas de maneira cada vez mais acintosa em quase todos os países. 
Constata-se por tais ocorrências pelo mundo, de maneira melancólica, de que criaturas do mesmo Criador se encontram tão distantes entre si, longe da compreensão de sua origem única e divinal. Origem que cria afinidade biológica e espiritual firmados em código misterioso.
Origem que torna todos os seres humanos irmãos! 
De longe, essa relação não é algo de religioso inventado, mas com certeza, algo de mistério cósmico e Divino que simplesmente é revelado, ao seu tempo. 
Mistério tão grandioso inerente a todos, mas relação íntima compreendida apenas pelos simples e pequeninos que exatamente formam a maioria sofrida da humanidade.
Quando se compreender claramente a dimensão dessa relação de humanidade irmanada já não seremos somente criaturas de Deus, mas verdadeiros filhos de Deus, agindo como irmãos. 
Da mesma maneira como se traz no corpo o DNA que identifica as origens biológicas, todos são vitalmente marcados, também, em espírito pelo DNA de Deus, de forma indelével. 
Não se trata, esse maravilhoso detalhe, de uma escolha pessoal de cada um, porque foi Ele quem escolheu primeiro cada um como filho. Assim, para interromper o ato contínuo de atitudes ruins na humanidade, tornando-a mais esperançosa, justa e feliz, basta a cada um assumir mais sua condição primorosa de filho de Deus, aceitá-Lo de forma acolhedora como o Pai Amoroso! 
J. R. Rubens 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

SOFRIMENTO E PERDA



Chocados! É assim que os seres humanos ficam diante de perdas, em especial, quando essas perdas dizem respeito a vidas, muitas de uma mesma família, ceifadas ora por atentados e guerras insanas, ora interrompidas por calamidades naturais. 
É assim, também, que ficam as pessoas sensatas diante das ações daqueles que se utilizando do poder saqueiam o bem comum de uma nação inteira, corrompendo e sendo corrompidos, sem o menor pudor.
Mesmo os adeptos do lema ‘eu me basto’ se sentem abalados diante de fatos que evidenciam a fragilidade humana diante da força da Natureza ou da insanidade de determinados atos do abuso do poder. 
Não é fácil compreender as situações terríveis como as que se têm conhecimento todos os dias. Por quê? Onde está Deus? são as questões duras que vêm à mente de todos os que vivem a vida de maneira simples e correta, em especial, na mente daqueles que ainda não sustentam a sua vida pela fé. 
Na falta de respostas para tanto acontecimentos chocantes credita-se, então, uma parcela de culpa a Deus pelos contratempos, tal como se Ele nem se importasse com tamanhas dores dos seres humanos. 
Parece até que Ele não ouve as súplicas diante das calamidades naturais e nem se dá conta das mazelas provocadas pelos poderosos, deixando que escapem ilesos de suas maracutaias. 
É horrível e errado achar que Deus castiga a todos deixando acontecerem essas malvadezas, pelo simples fato de que todos, bons ou ruins são, por herança, Filhos do mesmo Deus! 
O questionamento revoltado sobre a permissão de Deus sobre esses assuntos graves ocorre pela própria limitação de se compreender plenamente esse mistério de que Deus é um pai e de que Ele próprio participa da fragilidade humana, não castigando, mas educando através da agonia expurgada pela Natureza e ensinando modos corretos de vida através de sofrimentos causados, na maioria das vezes, pelo próprio homem, pela  inconsequência e ganância no agir. 
Não é fácil entender que, ao final, pelas consequências boas ou más oriundas da ação do homem, Deus também opera milagres que acabam sendo causa de alegria e regozijo.
Tão incrível isso porque esse Deus maravilhoso 'age em tudo por meio de todos' e transforma todos por meio de tudo! 
Antes de acusar Deus, portanto, cada um deve tomar consciência do mal causado em suas ações de depredação da Natureza e da consequência dos seus atos de puro egoísmo ao tratar com assuntos que dizem respeito ao bem comum, para evitar um ciclo vicioso de tudo aquilo que repudiam como mal a partir dos outros. 
Aos mais simples de coração e que já percorrem um processo de espiritualização é mais simples compreender que Deus educa para a vida, utilizando o sofrimento como uma escola para se aprender a justiça, conquistar a retidão de vida e de se tornar construtor de uma cultura mais apurada. 
J. R. Rubens

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

A VIDA POR UM SONHO!

Novamente o mundo está embalado rumo ao final do ano. E como esse ano passou rápido! Parece que as festas do final do ano anterior foram ontem.
Novamente a árvore de Natal sai do armário, os enfeites voltam para as mesas e as guirlandas para as portas.
E sempre que se aproxima o final de ano é possível sentir a agitação que domina as pessoas num vai-e-vem desvairado e descontrolado.
Essa agitação não é só para preparar as festividades da passagem de ano, mas grande parte dessa correria é porque as pessoas desejam terminar tudo o que deixaram por fazer ao longo do ano, como se isso fosse realmente possível.
Propósitos não cumpridos são verdadeira tortura. O deixar de fumar, o emagrecer, fazer ginástica e caminhadas, um curso não terminado e tantas outras metas fixadas na passagem do ano anterior, nesta época martelam a consciência de quem não as cumpriu.
Ninguém que ao menos se esforçou, entretanto, deve sentir-se aniquilado, afinal toda a existência será um contínuo processo de aperfeiçoamento. Um caminhar, passo a passo, que levará cada um a realizar seus sonhos.
Fixar metas e vislumbrar sonhos. A partir de então, será necessário apenas não desviar o foco desses pontos, tomando atitudes firmes e tempestivas quando necessárias.
Mesmo que as asas sejam pequenas para voar, a fé, com certeza, levará cada um a grandes alturas. A fé remove montanhas, se cada um fizer o que lhe cabe.
Deus acende luzes pelos caminhos a percorrer na medida em que se caminha, nem que seja um pequeno passo a cada dia.
Vale a pena lutar pelos sonhos, mesmo que pareçam impossíveis num certo momento!
J. Rubens Alves

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

PODER, REALIDADE OBSCURA


Não gosto, com sinceridade, de discorrer sobre certos temas, em especial sobre poder e política certo que daí virá, tão somente, a certeza de que estes são caminhos obscuros.
Na vida temporal o dinheiro é necessário e quem põem as mãos nele, detém também o poder. Quem tem poder, sempre terá o dinheiro disponível.
Através do poder e do dinheiro, é possível realizar milagres na vida de outros que não tiveram a mesma oportunidade de acesso!
Quando falamos em mal uso do poder, quase sempre o pensamento vai diretamente aos governantes e políticos, porque o poder advindo do esforço e do empreendedorismo, diferentemente do poder público, quase nunca ofende nossa compreensão, porque é bem direcionado e consciente, exceto quando o poder privado se locupleta com o poder governante.
A realidade de hoje  indica que o povo, apesar de carente em sua bagagem cultural e crítica, anda sentindo algo de errado, porque já consegue ver e sentir, mesmo de maneira tênue, que muitos entre os poucos que conquistaram poder em abundância o fizeram, em sua maioria, também em relação ao dinheiro, se esquecendo da regra mais básica: colocar ao menos o poder em serviço dos outros. 
Como as pessoas, em especial os jovens, encontram dificuldade em se expressar e de se fazerem ouvir, concluem que a única maneira de se impor é quebrando materialmente tudo o que vê pela frente para atrair a atenção.
Enquanto isso, por esses dois detalhes, o poder e o dinheiro, muitos políticos e governantes se consideram intocáveis e donos do mundo. 
Tornam-se insensíveis ao clamor e à vontade do povo, agem mesquinhos no trato da coisa pública e esbanjam o que é do Povo nos seus interesses e anseios para ascender mais e mais ao poder. Mesmo quando pegos com a mão na arapuca e conduzidos à Justiça, ainda se mostram cínicos e debochados perante às Instituições e ao povo que os elegeu um dia. Povo que ora já reconhece erros sucessivos de escolha ou esgotado em sua paciência com seus representantes eleitos.
Convictos de sua condição privilegiada do ‘eu me basto’, encarnando-a como verdade, os que permanecem ativos no poder teimam em desmerecer a vontade soberana de todo um Povo e aqueles que enfiaram as mãos pelos pés acabam se sentindo imunes à punição de qualquer justiça, seja dos homens e a de Deus.
Ao invés de servir, a maioria dos escolhidos para a governança do País se contrapõem à sociedade do bem, da igualdade.
Rejeitam a luz e preferem andar pelos corredores da escuridão, simplesmente amam as trevas, porque é sob elas que podem tramar tudo e sobreviver à sua realidade obscura da politicagem.
Incautos, se esquecem de que ninguém fica para semente e cegos, vidrados em acumular riquezas, são incapazes de notar que NINGUÉM, ao partir dessa para a outra vida, jamais levou caminhão de mudanças, com aquilo que acumulou em bens, propriedades e contas secretas.
Vale simplesmente para eles que tudo mais continue indefinidamente, sem imaginar um termo a essa aventura descabeçada de nunca largar o osso do poder, visto que seu conteúdo já devoraram ao longo dos anos, perpetuando a 'política' aos filhos, filhas, sobrinhos e apadrinhados!

Mesmo sabendo a vontade de todo um Povo, contrária a gastos bilionários em ações e eventos supérfluos e desnecessários, insistem e realizam a sua vontade, acima da vontade do coletivo.
Os grandes pensadores e filósofos, há milhares de anos, ensinaram que a Política é um bem e é preciso vivê-la intensamente, mas sem apego demasiado ao que ela dispõe como regalias durante o percurso, sob pena de desvirtuá-la. Poucos, por sinal, aprenderam a lição.

“Todas as coisas boas concorrem para o bem” desde que elas, em sua natureza, sirvam para o bem. Acima de tudo, o bem coletivo.
Há uma 'Teoria dos Golfinhos' animais que podemos considerar os mais 'inteligentes' e sagazes já conhecidos, cuja sensibilidade surpreende. Até Golfinhos serviriam para cutucar a vida, os sentimentos congelados pela frieza do nosso momento atual. 
É um desafio à inteligência dos políticos e governantes aprenderem com esses seres maravilhosos, que encerram algo que enriquece o comportamento e a convivência em comunidade social. Assim como é um desafio ao povo descobrir que há uma maneira mais inteligente do que o vandalismo para vencer: o poder das urnas.
Para isso acontecer, todavia, esse mesmo povo deve se negar a ser tratado como mercadoria que tem um preço para ser comprado.
Mesmo assim, nesse mundo de tantas e tamanhas contradições, políticos, poderosos, ricos ou excluídos, uns e outros, partícipes desse convívio traiçoeiro, é necessário reconhecer que todos somos apenas os peregrinos dessa Terra! É preciso urgente baixar as guardas e a bola!
Ninguém vive para semente.
J. Rubens Alves

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

DONS E MILAGRES

Os milagres são como um trabalho manual de Deus. Acontecem quando cada um executa sua parte. 
É preciso semear para que haja a colheita dos frutos. 
Tudo, incluindo resultados das ações, vem em seu tempo. Há tempo para plantar e para colher. E quanto mais imediatismo é imposto nos resultados que se espera obter, tanto maior será o nível de angústia impregnando o ser. 
Em tempos atuais, com o avanço da tecnologia, seu virtualismo e seus sistemas viciados, o que mais se encontra ao redor são indivíduos infectados pelo imediatismo de resultados, que perdem a paz e desprezam seu maior dom, a vida, com a suposta intenção de ganhá-la. 
Esquecem-se de curtir a sua maravilhosa experiência humana. Criam-se expectativas e desejos que, por sua vez se transformam em problemas, todos nascidos e gerados de dentro para fora do ser. 
Obstáculos durante a existência inexoravelmente existem, todavia, os problemas são lúdicos, verdadeiras alucinações, típicas de indivíduos que se preocupam mais em "ter" do que com o "ser". 
Mais ainda, os problemas não existem fora da pessoa, mas são criados por ela mesma, conforme seu estado de espírito. 
Prova disso é que quando o indivíduo, auxiliado a tomar consciência de que os problemas não passam de criação da sua equivocada perspectiva de encarar o mundo, os semelhantes e a natureza, ele acaba eliminando as expectativas, boas ou ruins, e com elas detonando seus supostos problemas. 
Com certeza, cada um do seu jeito, com seus dons e aptidões, é uma continuidade da ação criadora de Deus neste mundo. 
Cada qual cria a partir dos seus dons, recebidos gratuitamente para que fossem, da mesma forma, partilhados e reinventados a partir do amor. 
Se, desta maneira, cada ser humano executar sua parte, os milagres acontecerão em profusão na sua vida e na vida dos semelhantes. Todos, mesmo sem saber, são eternos semeadores. 
Se o trabalho de semeadura for elaborado com sementes de coisas boas e com amor, o resultado será uma colheita de frutos amorosos. 
Essa reflexão nada mais é do que relembrar o dito que até hoje se faz presente: "Quem semeia ventos colhe tempestades" e colhe, também, problemas em sua vida e na dos outros. 
Essa consciência ajuda, por outro lado, na compreensão de que ninguém é dono do mundo e de suas coisas, apenas construtores deste mundo que apenas se transforma. 
E ‘se Deus, porém, não edifica a casa, em vão trabalham os construtores; se Deus não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela’. Vale ler e conferir os confortantes e belos salmos 127 e 128. Procure em sua Bíblia e reflita um minutinho sobre eles. 
É preciso reconhecer a outra realidade do ser humano, porque essa realidade em que presentemente vive não é verdadeira e eterna. Estamos no mundo, mas não somos do mundo. 
Ao contrário, se o desejo de alguém for de permanecer na ilusão temporal, correrá o risco de tornar realidade aquele versinho antigo ‘caí no buraco, o buraco é fundo, acabou-se o mundo’, imaginando supostamente que o mundo gira ao seu redor quando, na verdade, o mundo nem mesmo sabe quem ele é! 
J. Rubens Alves