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A BELA E A FERA: UMA REFLEXÃO

Celine Dion & Peabo Bryson - Beauty And The Beast (HQ Official Music Video) Esta bela canção deu vida e sentimento à Bela e a Fera, ...

quarta-feira, 5 de março de 2014

PALAVRAS ANTIGAS PARA UM TEMPO ATUAL

 Muitos gostariam de se expressar sobre tudo quanto está acontecendo escancaradamente, em clima de escárnio e deboche, no âmbito do poder, da política, da justiça. 
A verdade é que faltam as palavras certas, que traduzam o que a razão e o coração sentem.    
É bem propício, nestes tempos de repugnância e amargor figadal, o texto proferido, em 1918, por Rui Barbosa e relembrado nas redes sociais nos últimos dias que sacia, em parte, a sede de cada brasileiro em expressar seus sentimentos, sem o ímpeto de quebrar e destruir o que vê pela frente.
Ao menos, faz corar aqueles que, investidos de algum poder, ainda assim possam cultivar o mínimo de caráter e vergonha.
O grande Barbosa (o Rui), há quase cem anos expressou seus sentimentos machucados, tanto quanto os nossos atualmente, tal como se escrevesse para o outro Barbosa de nossos dias (o Joaquim): 
   "Sinto vergonha de mim por ter sido educador de parte deste povo, por ter batalhado sempre pela justiça, por compactuar com a honestidade, por primar pela verdade e por ver este povo já chamado varonil enveredar pelo caminho da desonra. 
Sinto vergonha de mim por ter feito parte de uma era que lutou pela democracia, pela liberdade de ser e ter que entregar aos meus filhos, simples e abominavelmente, a derrota das virtudes pelos vícios, a ausência da sensatez no julgamento da verdade, a negligência com a família, célula-Mater da sociedade, a demasiada preocupação com o 'eu' feliz a qualquer custo, buscando a tal 'felicidade' em caminhos eivados de desrespeito para com o seu próximo. 
Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir, sem despejar meu verbo, a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade, a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido, a tantos 'floreios' para justificar actos criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga posição de sempre 'contestar', voltar atrás e mudar o futuro. 
Tenho vergonha de mim pois faço parte de um povo que não reconheço, enveredando por caminhos que não quero percorrer... Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra, das minhas desilusões e do meu cansaço. 
Não tenho para onde ir pois amo este meu chão, vibro ao ouvir o meu Hino e jamais usei a minha Bandeira para enxugar o meu suor ou enrolar o meu corpo na pecaminosa manifestação de nacionalidade.   Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo deste mundo! 'De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto'. (Rui Barbosa - 1918)!
Apesar de ressentidos com tamanha anomalia no primor pela verdade, o transloucado desvio da ética trocada por benesses, da falência do caráter comum nas pessoas de bem, ainda é um consolo saber que ainda resistem, valorosa e heroicamente, muitas grandes e corajosas pessoas que não se calam, a exemplo de grandes "Ruis".
Na existência é importante não deixar rastros disformes, mas uma história bem escrita e de cara limpa!  
J. Rubens Alves

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

ESPÍRITO DE NATAL



   Um velho dito popular diz que "uma só andorinha não faz o verão"! O mesmo não se pode dizer sobre o Espírito de Natal: o Espírito Natalino é como um vento que sopra e chega a todos, dependendo de cada um abrir suas portas para acolher.
   O verdadeiro Natal, encerra todo um aspecto espiritual e simbólico do grande Amor de Deus para com todos, que se encarna em nossa frágil humanidade para reconstruir todo um caminho de volta para o lugar de onde pertencemos.
   Antes disso foi preciso que Ele encarnasse como todo ser vivente e vivesse toda a experiência que cada ser humano experimenta.
   O Natal não se limita somente aos aspectos materiais e comerciais impostos, pois a sensibilidade e o amor que todos sentem vontade em partilhar neste dia não dependem, nem um pouco, do ato de dar presentes, mas  das atitudes solidárias e fraternas que todos podem ofertar àquele que lhe estiver mais próximo.
Assim, não haverá sentido encontrar número tão grande de pessoas reclamando que o Natal desses tempos está mais triste.
Essa falsa visão pode vir a partir de pessoas desencantadas com as situações, com os relacionamentos, com a falta de recursos financeiros adequados, enfim, desencantadas com a vida.
E tudo isso, com certeza, não se associa ao verdadeiro Espírito de Natal que é a graça do Deus entre todos nós. Do Deus que é de paz e de prosperidade.
Quem não acolhe essa presença de Deus cotidianamente em sua vida, em sua casa, com certeza, não será capaz de abrir mão de tantas coisas pequenas, resumidas em preocupações banais do somente ter e possuir.
Que o Menino Deus esteja presente em cada moradia, em meio a cada família neste imenso mundo a perder de vista, no coração de cada pessoa esteja onde estiver. 
Que o Menino Deus, em especial, esteja com cada um dos milhares de leitores que acessam esse Blog ao longo do ano.
Nos unamos, em espírito, eu, você e e cada um, ao estilo de um grande instrumental elevando cânticos de agradecimento por tudo o que o Senhor Deus aprouve nos ofertar como presente, sobretudo o maravilhoso dom da VIDA!!!! Amém!
FELIZ E SANTO NATAL!!!!
PRÓSPERO ANO NOVO!!!!
BOAS FESTAS!!!
J. Rubens Alves


domingo, 22 de dezembro de 2013

PEQUENAS COISAS

É maravilhoso professar o amor pela vida,  manifestando a alegria por tudo o que ela oferece. 
Se vivemos é porque fomos escolhidos para receber esse dom supremo. 
Assim, é necessário viver com intensidade e temperança porque  tudo o que a vida proporciona é bom, desde que tudo seja vivido com equilíbrio e bom senso.
Essa demonstração amorosa pela vida poderá ser prejudicial se o ser humano cair na tentação de apegar-se a tudo o que existe de bom, a todos esses detalhes maravilhosos da vida, desejando que tudo continue indefinidamente, sem compreender que, em algum momento, haverá um termo a essa aventura. Afinal, não há como querendo evitar o inevitável.
A ingenuidade de viver tudo o que a vida oferece, como se não existisse nada além dessa dimensão material, torna o ser humano egoísta e pequeno demais, vulnerável diante de outras realidades que compõem a existência, como por exemplo, o estar frente a frente com o fim da vida e do mundo.

Quando se faz menção a essas duas realidades, morte e fim de mundo, mesmo em forma de boatos ou de previsões escatológicas, as pessoas apegadas demasiadamente aos bens materiais e às delícias maravilhosas da existência se sentem desnorteadas e sem sustentação.
Deixar-se envolver por essa ingenuidade, de que nada nesta vida é passageiro, é prejudicial. 
Enganar-se nesse pensamento certamente é permitir-se afogar ainda nesta vida, perdendo-se nela própria.
É fazer da própria vida uma morte prematura, mesmo que seja uma “pequenina morte” ao se angustiar pelo porvir desconhecido, ou buscando alternativas de se safar do inevitável fim.
Viver plenamente, através das pequenas e renovadas experiências que simplesmente acontecem porque devem acontecer, conduzem o ser humano à sensação de paz e felicidade.
Muitos perdem a vida, seu sentido e sua felicidade correndo atrás de coisas grandiosas, enquanto a sabedoria indica que nas pequenas coisas é que se ganha plenamente vida!
J. Rubens Alves

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

AÇÃO DE GRAÇAS


Hoje é dia de Ação de Graças. Poucos se lembram disso. Somos verdadeiramente gratos com Deus pelo dom da vida, da lucidez, da saúde e tantos outros?
Quantos presentes e bênçãos de Deus são ignorados porque não vêm embalados como gostaríamos?
As necessidades são muitas. Seja quem for poderia mencionar, num piscar de olhos, seus desejos e suas necessidades.
A preocupação com elas é tão grande, que nem se repara quantas riquezas e dons são recebidas a cada dia.
A atitude mais comum, ao longo dos dias é a lamúria e queixa pelos desejos não realizados, afinal desejos não realizados são contrariedades que incomodam.
O que vale agir impetuosamente, vendo frustrada uma vontade, um gosto e dominado pela cegueira da ambição ser ingrato com a Providência que, apenas aparentemente, não satisfez uma aspiração?

Nós escolhemos o que desejamos, mas quem decide é Deus e, tenhamos certeza, Ele só concederá se o que escolhemos é bom para nós. 
Se alguém duvida disso é só analisar quantos fatos aconteceram em sua vida sem que ao menos compreendesse o motivo no momento e só, após muito tempo, percebeu ter recebido um verdadeiro livramento de Deus, através daquele fato em sua vida!
Se a primeira atitude diante de uma contrariedade é revolta, sem mesmo procurar um significado mais profundo para o episódio, há o risco de apagar-se a chama viva da fé e esperança que está dentro de cada um e que se revela aos outros pelo brilho emanado através da serenidade. É isso: quem possui fé é sempre sereno, em qualquer circunstância.
Deve-se sempre analisar com profundidade cada episódio da vida, mesmo os mais adversos, como oportunidade única de demonstrar esperança e fé incondicional à vontade de Deus, sabedores de que um pai que ama sem medida cada um de seus filhos, nunca desampara nenhum deles.

Deus é um Deus do presente, pois Ele mesmo se auto denominou: "Eu sou Aquele que é". 
Quem vive do passado exprime amargura e sofrimento, porque o sofrimento reside sempre em recordações do passado em especial se elas estão impregnadas de mágoas e ressentimentos.
Deus é um Deus presente e do presente e não do passado; é o Deus da serenidade e não da agitação e da brutalidade; é Deus da prosperidade e não da avareza; é Deus de amor e não do ódio.
Se hoje é Ação de Graças vamos agradecer, reconhecendo cada instante vivido, como a maior riqueza e como maior dom da divindade. 

Uma das formas de agradecer é viver plenamente o presente momento!
J. Rubens Alves

domingo, 24 de novembro de 2013

AMAR A VIDA


Cada um vive em sua existência experiências maravilhosas e outras não tão maravilhosas que, no entanto, em seu conjunto, serão importantes marcos vivenciais.
Seria possível existir alguém tão insensato a ponto de não amar a própria vida e não compreender que, como criatura, possui a linda oportunidade de viver, em plenitude, o maior dom que poderia ter recebido? 
Viver em plenitude não exige grande sacrifício além de reconhecer, através da sensibilidade, os grandes mistérios contidos nas mais singelas manifestações ao seu redor.
Embebidas em grandes mistérios, quantas manifestações podem despertar verdadeiro amor pela existência, desde o gosto de amar em si, de se ter e criar filhos, detalhes esses que tornam cada criatura partícipes da obra Criadora. 
E se não for nesse aspecto, então ama-se a vida pelo ler, pelo escrever. 
Ou o amor pela vida se traduz na alegria, pelo gosto de beber ou comer. 
Sente-se o amor à vida, ao caminhar sob o vento ou sob a chuva. Esse gostinho saboroso pela vida se sente ao representar uma peça, cantar ou chorar no cinema. 
Amar a vida é, para muitas pessoas, gostar de participar de festas, das refeições preparadas com esmero à luz de velas, na variedade de frutas na enorme bandeja, do vinho em abundância, de muita gente em companhia ao redor de um bolo para ser partilhado.
A satisfação e o amor pela vida pode estar diante de um simples prato de feijão com arroz e um ovo frito, resultado do abençoado do trabalho que realiza e do carinho com que foi preparado! 
Até mesmo o aroma de um café coado, do perfume de uma flor, também são expressões que fazem brotar no ser humano o amor pela própria existência.
Ama-se a vida através da super excitação da criançada ou, por incrível que pareça, da vida agitada e do corre-corre do trabalho. Ama-se a vida, em seu oposto, pelo silêncio, quando nele se busca um pouco de paz e tranquilidade. 

Ama-se a vida, na medida em que se retribui amor aos pais, simplesmente porque são pais e os filhos por serem simplesmente os filhos. 
Ama-se a vida quando se ama o marido ou a esposa, quando se tem o trabalho que proporciona pouco ou muito, mas a medida exata que necessitamos. 
Ama-se a vida quando se ama os amigos, os inimigos, o mundo e os homens se fixando todos num limite zerado de equilíbrio onde o ponto de referência é a Divindade que habita o interior de cada um.
Ama-se a vida quando se descobre, em meio a relativização dos valores que os sistemas do mundo propõem, que é a  vida, e somente ela, possui o valor absoluto sobre tudo: sobre dívidas, sobre relacionamentos, sobre efemeridades, sobre o luxo, sobre a vaidade, pois a vida possui a essência do Valor Absoluto, o próprio Deus!
E por ser o maior dom de Deus vale amar a existência, celebrar vida a cada momento, seja da forma que for
J. Rubens Alves

terça-feira, 24 de setembro de 2013

MEDO EXAGERADO


Pense bem: o que está acontecendo com a sua generosidade? Você não sabe muito bem qual o motivo, mas com certeza percebe que a cada dia você se retrai e perde o hábito de ser generoso!
Em muitas situações você não é mais aquela pessoa que sempre tomava a frente quando o assunto era ajudar e praticar gestos generosos! Quando é possível foge também de situações que possam exigir comprometimento de qualquer espécie. Quando o assunto, todavia, envolve a disponibilidade de algum dinheiro, aí a coisa pega!
Você tem medo de quem vem à sua porta, porque não distingue se quem vem é um pobre, um vigarista ou ladrão.
Na verdade, só para consolo, essa sensação nos dias atuais não toma conta só de você, mas domina as pessoas de um modo em geral, porque o mundo não nos dá mais garantias sobre os resultados que geralmente esperamos sobre nossas ações.
Para acontecer, a generosidade implica sempre o envolvimento de alguém com uma outra parte, que pode ser uma pessoa, uma entidade. Generosidade é um gesto de amor!
O gesto de amor implica em abrir nossas portas sem receio a um pedido inesperado e imprevisível. Ser generoso nos dias de hoje passa a ser uma aventura, porque certamente deveremos doar e abrir mão daquilo que não havíamos previsto, porque a própria humanidade se tornou imprevisível.
Quem já não cometeu um gesto de discriminação e desconfiança em relação a alguém desconhecido, maltrapilho que se aproximou para pedir uma ajuda ou apenas orientação? Levantemos a mão...
O fato de ser generoso é tão comprometedor que, facilmente, provoca reflexo de defesa e de reação de pânico.
Geralmente raciocinamos: se eu abrir minha porta para partilhar (seja o que for!!!), não sou eu pelo meu acolhimento generoso que vou impor minhas condições àquele que vem a mim, mas será ele talvez que me mudará e modificará o curso de minha vida!
Então, barramos nossa porta para o visitante e perdemos a oportunidade de embarcar nessa aventura de acolhimento que significa aceitar o que é diferente, aceitar o outro, aceitar seja o que for.
Cabe a cada um vencer corajosamente as fobias, libertando-se das correntes do medo e, com atitude transformadora, renascer para a vida mais generosa e plena de amor!
J. Rubens Alves

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

EU ACREDITO


Procuro entender a situação de nosso País: De um lado, bando de pseudos governantes e políticos que não sabem onde está o próprio nariz. 
De outro lado milhares, centenas de milhares de brasileiros descontentes, obviamente com razão, porque ninguém consegue digerir tamanha porcaria que por aí está. 
Cheguei apenas a uma conclusão básica: A indigestão faz sentido! A maioria é alvo de descaso, sempre tratada com deboche e desdem. 
Em verdade, esse País tem governo instituído, excesso de poder entregue aos despreparados e nenhuma autoridade! Nenhuma!! 
Falta neste País AUTORIDADE que é bem diferente de PODER! Quem tem e abusa do poder, é só conferir, não é capaz de enxergar além de seu próprio umbigo e só busca seus interesses pessoais.
O País ainda resiste, não pelos carcamanos já bem manjados pelo povo, nem graças aos "Politiqueiros" e, muito menos, pelas ações dos "Corporativistas que mantém descaradamente seus pares condenados nos mandatos parlamentares Câmara". 
O Brasil não resiste tampouco pelos "Expoentes travestidos de toga". Alguns bons podem até tentar cooperar outros, porém: que vergonha! 
Tenho certeza, também, que o País não vai mudar por ação daqueles mascarados que depredam e não respeitam os limites de liberdade de pessoas de bem, porque de liberdade não entendem absolutamente nada. Se entendessem e liberdade e justiça, teriam consciência que máscara é para bandidos que agem na escuridão ou para os atores que vivem em fantasia alimentando as ilusões nos palcos iluminados. 
O País resiste sofrido e aos solavancos, apenas pelo esforço do povo consciente e trabalhador que mantém sorriso e alegria, apesar das lágrimas que derrama todos os dias, ao ganhar o pão com o suor do rosto. 
Sobrevive o País por força daqueles que, com cara lavada e exposta para quem desejar vê-la, denunciam, se manifestam e resistem para não integrarem a massa pardacenta e insonsa. 
Rejeitam compor essa massa de peso morto que atola esse País nas areias movediças da involução, porque ainda lhes resta o bom senso e a sensatez. 
ENTÃO, para não ser voz que clama no deserto, é preciso mudar muita coisa. 
Mudar cada um a partir de si mesmo, ao seu redor, modificando cultura e costumes viciados nos maus modos. Cuidar de si e dos outros mais próximos com singelos atos de solidariedade. Cuidar do que pertence a todos, mesmo que não se tratem de bens de "padrão Fifa". Cuidar, acima de tudo da Natureza!
Transformar a cultura limitada do povo que se rende a cânticos de sereias (leia-se de políticos, governantes e sistemas estabelecidos) e às ações de assistencialismo de bolsas e mais bolsas (quase vazias...) que na essência e objetivo só servem para capturar e aprisionar o ser tão carente de substância humana, espiritual e voraz pela igualdade. 
Essa igualdade tão almejada, que deve ser compreendida não em escala do TER, mas de igualdade do SER: no tratamento solidário, humanitário e, em especial, na Justiça imparcial. 
As leis nesse País, nos últimos anos, estão sendo elaboradas para minorias, não importam para quais grupos e suas ideologias, mas que tragam conforto e dividendos políticos.
Tudo isso enquanto estarrecidos, milhões e milhões de brasileiros, honestos, transparentes, trabalhadores, afetos às leis de Deus e dos homens assistem, todos os dias, desmandos e injustiças que ferem o fundo do ser e do entendimento inteligente! 
Perdem o tempo aqueles que ficam a ouvir discussões menores, claramente manipuladas pelas grandes mídias e grandes instituições preocupadas apenas em abarrotar seus bolsos e alforges.
Permanece, contudo, a esperança de um País melhor se a juventude que aí está, se conscientizar de sua missão transformadora!
J. Rubens Alves 

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

FELICIDADE REALISTA



Procuro  publicar apenas textos próprios. Este texto, contudo, é de Mário Quintana e tão apropriado como reflexão em nossos dias que abro exceção para reproduzi-lo:
"A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio. Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade. Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar É importante pensar-se ao extremo, buscar lá d entro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade."

Mário Quintana

domingo, 21 de julho de 2013

O PESO DA FÉ


A falta de motivação está impregnando as pessoas  e influindo no seu viver.
O grau de motivação em baixa faz com que as pessoas caminhem pelas ruas de cabeça baixa, fazendo-as esquecer de olhar para o alto, para o céu.
Algumas práticas podem manter a motivação viva, desde que se tornem regras de vida, entre elas, a plena confiança em Deus e a fé em suas promessas. A fé é um dom que motiva e renova as esperanças no ser humano.

É preciso  abrir o coração e dialogar francamente com Pai, que tudo conhece, e dirigir-lhe os pedidos, sejam eles quais forem, com fé, confiança e esperança, na certeza o Pai atenderá cada um, em cada necessidade.
As dificuldades, especialmente as materiais, minam a motivação das pessoas e a sua autoestima e, por isso, muitos esquecem de se fortalecer através da fé.
Há algum tempo, fui convidado para promover motivação em um grupo de mães de família com grandes necessidades financeiras, consideradas excluídas mas, no decorrer da conversa, percebi que não conseguia estabelecer a comunicação ideal com aquelas sofridas mães. Nunca, antes, enfrentara um grupo tão apático. Por quase uma hora não arrancara um só sorriso daquelas faces enrugadas pelo sofrimento.
Resolvi, então, despertar a motivação daquelas pobres mulheres mostrando o que era possível conseguir a partir da prece sincera dirigida a Deus. Era preciso sensibilizá-las através da fé.
Contei-lhes a estória conhecida de uma pobre senhora que, igual a elas, trazia um visível ar de derrota em seu semblante. Sofrida, entrou no armazém, cujo dono era conhecido pelo seu jeito grosseiro. Pediu-lhe fiado alguns mantimentos, explicando que o marido estava muito doente sem poder trabalhar  para o sustento dos sete filhos pequenos.
O dono do armazém, grosseiramente, pediu que se retirasse do estabelecimento.
Pensando na necessidade da sua família, ela implorou: "Por favor, senhor, eu lhe darei o dinheiro assim que o tiver...". A súplica, porém, não quebrou o gelo do coração do comerciante.
Um freguês, que acompanhava a conversa entre os dois, aproximou-se do dono do armazém e pediu-lhe que entregasse o necessário para aquela mulher, pois ele pagaria a conta de tudo o que ela levasse.
O comerciante, querendo livrar-se da mulher dando-lhe o mínimo de alimentos, pediu que ela fizesse uma lista dos mantimentos que precisava, e colocasse sobre a balança, e ele liberaria os mantimentos conforme o peso da lista.
A pobre mulher hesitou por uns instantes e com a cabeça curvada, retirou da bolsa um pedaço de papel, escreveu alguma coisa e o depositou suavemente na balança. Todos ficaram admirados quando o prato da balança desceu, rápida e pesadamente com o papel colocado pela humilde mulher.
Completamente pasmo com o marcador da balança, o comerciante virou-se lentamente para o seu freguês e comentou contrariado: "Eu não posso acreditar!" 

O freguês sorriu e o dono da mercearia começou a colocar os mantimentos no outro prato da balança para fazer contrapeso. Como a escala da balança não equilibrava, ele continuou colocando mais e mais mantimentos até não caber mais. O comerciante ficou parado ali por uns instantes olhando para a balança, tentando entender o que havia acontecido.
Finalmente, ele pegou o pedaço de papel da balança e ficou espantado, pois não era uma lista de compras, mas uma oração que dizia: "Meu Deus, o Senhor conhece as minhas necessidades e eu estou deixando isto em suas mãos".
O homem deu, no mais completo silêncio, as mercadorias para a pobre mulher que agradeceu e deixou o armazém.
O freguês pagou a conta dizendo que valera cada centavo! O comerciante, só mais tarde pode reparar que a balança havia quebrado, compreendendo que Deus atende aos pedidos que lhe são feitos com fé.
Quando acabei de contar essa simples estória, percebi que havia voltado o sorriso e a esperança daquelas pobres mulheres se renovara, porque elas sentiram que só Deus, como Pai, sabe o quanto pesa fé de um filho angustiado.
J. Rubens Alves

sábado, 22 de junho de 2013

AMOR DE PAI


Em alguns momentos, é muito difícil sair das situações complicadas devido a natural fragilidade do ser humano.
Incrível é que a mesma fragilidade pode conduzir a pessoa ao extremo egocentrismo, pelo qual tenta se prevalecer sobre os outros atingindo aos mais próximos ferindo, em cadeia, aos outros não tão próximos.
Na falta de respostas para as adversidades da vida credita-se, então, uma parcela de culpa a Deus pelos contratempos, porque parece que Ele não ouve prontamente as súplicas.
Sabe-se, lá no fundo, que é preciso manter a fé e a esperança, mas a condição humana, como já foi dito, é só fragilidade, impaciência e imediatismo.
O pensamento mais horrível é achar que Deus castiga, porque aprendemos que Deus é Amor, que Deus é Pai! 

A limitação da natureza humana, entretanto, não permite assimilar facilmente a herança da condição de filhos de Deus. Da mesma forma em que não assume essa herança divina, o ser humano fragilizado não capta a noção de que um bom pai educa seu filho corrigindo-o através de suas próprias atitudes. Basta cada um lembrar-se de como quantos tombos levou para aprender a andar de bicicleta, sempre aos olhos do pai!
Isso mesmo: Deus é um pai que participa da fragilidade humana e educa pelo sofrimento que existe no percurso da existência. Tanto sofrimento assim é causado pelo próprio homem através da inconsequência de seus atos.
Para os que são simples de coração e já vivem em processo de espiritualização, é fácil assimilar que Deus, como Pai, educa para a vida utilizando o sofrimento, causado pelo próprio filho, tal como esse mundo fosse uma escola para se chegar à justiça e à retidão de vida.
E isso faz sentido, porque ao aprofundar a reflexão, para quem sofre importa menos explicar as causas do sofrimento, além do que dar um sentido ao sofrer.
Os momentos críticos da vida, deste modo, podem adquirir um sentido de aprendizado e purificação.
Ensinamentos pelos quais Deus refina o ser humano como a prata, tal como a seguinte narrativa,  recebida de um anônimo. 
Ela é linda e lança luz ao inconformismo diante de situações que incomodam:
“O versículo bíblico (Profeta Malaquias 3:3, que narra o refinamento do ser humano pelo fogo, tal como é feito com a prata), intrigou umas mulheres de um estudo bíblico e elas ficaram pensando o que essa afirmação significava em relação ao caráter e a natureza de Deus.
Uma delas ofereceu-se para descobrir sobre o processo de refinamento da prata para o próximo estudo bíblico.
Naquela semana, a mulher ligou para um ourives e marcou um horário para assisti-lo trabalhar. Ela não mencionou a razão do seu interesse e só disse estar curiosa para conhecer o processo.
E assim foi. Ele pegou um pedaço de prata e o segurou sobre o fogo, deixando-o esquentar.
Ele explicou que, no refinamento da prata, é preciso segurá-la bem no centro da chama, onde é mais quente para se queimarem, assim as impurezas.
A mulher pensou sobre Deus, que às vezes, nos segura em situações 'quentes' e pensou novamente no versículo: 'E assentar-se-á como fundidor e purificador de prata...'
Ela perguntou para o artesão se ele tinha mesmo que ficar sentado o tempo todo na frente do fogo enquanto a prata estava sendo refinada.
O ourives respondeu que sim; não somente ele tinha que ficar lá, segurando a prata, mas tinha, também, que manter seus olhos na mesma o tempo em inteiro que ela estivesse nas chamas. Se a prata ficasse um minuto a mais no fogo, seria destruída.
A mulher ficou em silêncio por um momento. Então, ela perguntou: 'Como você sabe quando a prata está totalmente refinada?'
Ele sorriu e disse: 'Ah, isso é fácil... É quando eu vejo minha imagem nela.”
Se alguém está sentindo o calor do fogo em sua vida, lembre-se que os olhos de Deus estão sobre seu ser: Ele vai ficar cuidando e olhando você até que veja Sua imagem refletida na sua! 
J. Rubens Alves