Postagem em destaque

A BELA E A FERA: UMA REFLEXÃO

Celine Dion & Peabo Bryson - Beauty And The Beast (HQ Official Music Video) Esta bela canção deu vida e sentimento à Bela e a Fera, ...

Mostrando postagens com marcador criança. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador criança. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 11 de maio de 2018

COMO CRIANÇAS

Há algum tempo, num entardecer de  dia como tantos outros na varanda de nossa casa, admirava aquele garotinho de dois ou três anos, em intensa alegria, 'dirigindo' seu carrinho de plástico, pra lá e pra cá.
Fiquei imaginando como é interessante a vida!
No período da infância o ser feliz e o sonhar são de graça. Não é preciso pagar preço algum por eles, porque são sonhos despretensiosos que não visam resultados. Sonha-se sem custo e sem riscos. Isso gera realização e grande felicidade. Aí não existem desejos, simplesmente se vive o que o momento oferece.
Depois, na adolescência, já não conseguimos ser simplesmente felizes com o sonhar. Os sonhos passam a ser desejos. E desejos nem sempre são propícios e quase sempre escondem um custo. Se não for um preço financeiro, há um custo sentimental agregado a eles. Sonhar passa a depender de outros fatores, de outras pessoas que não interferiam, outrora, em nossa busca. Não nos contentamos mais em sonhar e ser felizes, independentemente desse sonho se materializar ou não. A cultura usual imprime em nossa mente: para se alcançar a felicidade é preciso possuir.
Quando adultos, então sob a ação do sentimento do possuir e do ter, esgotamos nossas energias trabalhando como loucos para realizar os ‘sonhos’. Cremos que são sonhos, todavia, são simplesmente desejos que, por si, não trazem a felicidade que buscamos. Quanto mais desejos, mais sofrimento.
Na velhice, então, nos revestimos da sabedoria e da pureza para olhar a vida. Trocamos a angustiante ideia do ter para simplesmente ser, como se voltássemos um pouco a ser crianças. Olhamos para trás e percebemos que não era preciso tanto sofrimento para ser feliz. Bastaria a continuidade do sonhar singelo e da pureza de espírito. O peso dos anos, de fato, anula os desejos pequenos, porque o maior deles é o viver. Sem desejos eliminam-se a angústia e grande parte do sofrimento.
Tornamo-nos livres para voltar a sonhar, como crianças.
Como são verdadeiras as palavras: ‘Se não vos tornardes crianças não entrareis no Reino dos Céus’.
De verdade, voltemos a ser crianças agora, antes de envelhecermos na matéria de nosso corpo, eliminando um processo desnecessário para alcançar o reino da felicidade!
J R Rubens 


segunda-feira, 11 de julho de 2011

PRIVILÉGIO ESQUECIDO


“Fique só com o lado bom da vida...”, “Nada mais simples, adesivo contraceptivo...”, “Contraceptivo de emergência previne gravidez com 100% de eficácia”, “Preocupe-se com contracepção somente uma vez no mês...”, “Contracepção injetável trimestral...”, “Evite a gravidez sem efeitos colaterais”...
Estas são apenas reproduções de frases e apelos de marketing sobre produtos de contracepção que ilustram panfletos distribuídos, aleatoriamente, em alguns consultórios médicos.
Colocados, ou até mesmo jogados sobre mesas e divãs, sem o menor escrúpulo e cuidado, ficam à disposição de qualquer paciente que passa a ter acesso às “maravilhas” de como evitar filhos.
Deixando de lado qualquer discussão sobre aspectos da medicina sobre esses produtos, seus eventuais benefícios ou a necessidade de tratamento através deles sem querer, da mesma forma, enveredar por argumentações éticas ou religiosas sobre o assunto, simplesmente é bom tomar o fato como ponto de reflexão.
Qual é a intenção daqueles que promovem este tipo de divulgação, ignorando outros efeitos que pode causar. Quais reações daqueles que se vêem diante deste farto material de propaganda contraceptiva?
Ultimamente certas correntes querem impor uma nova ordem de pensamento e de princípios. Como ainda os bons costumes sobrevivem e a família ainda resiste aos novos climas, os grupos interessados lançam mão da mais ávida tática de propaganda.
Como quem não quer nada, dóceis e solícitos, difundem idéias contrárias à vida, ao bom senso, a ética, à dignidade através de seus apelos de comodidade, liberdade.
Procuram passar a idéia de que, para a mulher moderna, o normal é a extinção do seu maior dom: o de conceber para vida. Tudo sem efeitos colaterais!
Os efeitos colaterais pela quebra de princípios, pela indiferença à vida e relativização da natureza dos atos, obviamente, só aparecerão muitos anos à frente.
Com grande dificuldade, muitas organizações sérias procuram difundir em todo o mundo, outros meios de controle de natalidade, defendendo o direito à vida, rejeitando veementemente o aborto conscientizando, de maneira honesta e a partir de uma visão ética, sobre esses assuntos.
Com grande facilidade, em sentido contrário, usando todo o poder financeiro e de dissuasão, grupos poderosos não pensam além de seus interesses, difundindo, como bem entendem, os caminhos mais fáceis para a contracepção.
Esse tipo de investida pode levar ao falso pensamento de que não é mais um privilégio ser mãe, neste mundo tão prático e cheio de soluções para tudo, inclusive para anular o desejo mais sublime que repousa no coração de cada mulher: o de ser mãe!
J. Rubens Alves

sexta-feira, 22 de abril de 2011

ANJOS NA RUA

Uma câmera registra os detalhes. Noite. Rua vazia. A caçamba repleta de entulhos de uma construção. Uma mulher caminha com um volume nos braços. Pára ao lado da caçamba e deposita o volume que tem nos braços. Sem maior atenção, vira as costas e parte sem olha para trás.
Um momento após, apenas um momento, entra em cena um catador de papéis. Aproxima-se da caçamba para certificar-se se há algo que lhe sirva. Afasta-se, no entanto, cheio de espanto e aflição. Aparentemente não sabe o que fazer e corre para buscar auxílio. Volta acompanhado de outro homem e juntos remexem a caçamba e para sua surpresa encontram um bebê de apenas uma semana.
O fato aconteceu em uma cidade no litoral, veiculado em todas as mídias, provocou comoção e tristeza.
Pensamos que já vimos de tudo. Em relação ao comportamento humano, contudo, não podemos afirmar o mesmo.
Sempre um ou outro acontecimento como esse comprova como o ser humano é, às vezes, um animal, ou melhor, pior que animal, porque esses últimos nunca abandonam suas crias. Animais lutam por elas, amamentam e as defendem.
Não é preciso comentar mais nada sobre essa triste história que impôs uma primeira grande aventura a um bebê de apenas uma semana.
É necessário sim, refletir sobre um outro lado dessa comovente história e que nos fala de mistério que a vida encerra.
O anjo que aparece na pessoa de pobre catador de lixo. Através da aparente irrelevância social daquela figura, renasce a história de uma vida que mal começara.
A indiferença da mulher que abandona a criança é compensada pela sensibilidade revelada num ser humano que, muitas vezes, é preterido e ignorado pela sociedade.
A vida de um ser indefeso, excluído do calor materno é recolocada no curso da sua história por alguém que, certamente, é um excluído do calor da sociedade.
Duas vidas, de sofrimentos tão profundos, que se cruzam pela do amor e bondade divinas que agem quando e através de alguém que menos se espera.
Excluídos, cada um em seu momento, mas unidos por um fio divino da vida.
Tudo o mais, todas as conseqüências, ocorrerão a partir do detalhe desse encontro inusitado.
Um mistério difícil de compreender, mas que traz consolo e esperança.
J. Rubens Alves

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

ALEGRIA

O que é alegria? Como se pode vivê-la plenamente? Muitos se questionam desse modo e quando existe questionamento, dúvida e incerteza é sinal que não se experimentou da verdadeira alegria.
É costume relacionar a alegria juntamente com a felicidade e a paz interior. Algumas dicas, porém, podem ajudar a distinguir o tipo de alegria que se deve desejar.
Alegria é expressa por gestos e comportamento. Cada um se expressa do sorriso para comunicar que está alegre. Sorrir é um dos gestos mais simples que sinaliza alegria. O sorriso demonstra o grau de contentamento que se possui em relação à vida, às coisas possuídas, pelas companhias partilhadas naquele determinado momento da existência.
Estar contente e alegre é o mesmo que expressar agradecimento por aquilo que se vive, pelos estímulos que se recebe. O que causa prazer aos sentidos, causa alegria. Alegria é a expressão do prazer que se está sentindo. Quando a alegria está relacionada ao prazer que se sente por alguma coisa, então, certamente será uma alegria passageira.
Quando, entretanto, a alegria vem da aceitação de um estado de vida, de uma maneira de ser, então ela é uma alegria interior. Está mais relacionada com o íntimo, com a felicidade.
E felicidade é um estado de espírito. A felicidade não perdura apenas por instantes, mas quando alcançada, ela é perene, independendo de situações materiais. Pode-se ser e estar feliz, mas não necessariamente demonstrando euforia, sorrisos e gestos de alegria.
Felicidade está mais relacionada à paz interior e ao grau de conhecimento das coisas. Nem sempre a alegria estará relacionada à paz interior, pois pode ser provocada por estímulos artificiais. A felicidade, por sua vez, não precisa de estímulos, pois é adquirida, em geral, quando se controlam os desejos e estes não mais afetam o humor e o estado do ser.
Quem encontra a paz interior e fica de bem consigo mesmo, também encontra a felicidade e, certamente, alcançará a alegria verdadeira, algo como “um tesouro que a traça não come, nem a ferrugem corroi”, como descreveu Jesus.
Alegria, a verdadeira, é contagiante e divina!
J. Rubens Alves