Uma câmera registra os detalhes. Noite. Rua vazia. A caçamba repleta de entulhos de uma construção. Uma mulher caminha com um volume nos braços. Pára ao lado da caçamba e deposita o volume que tem nos braços. Sem maior atenção, vira as costas e parte sem olha para trás.
Um momento após, apenas um momento, entra em cena um catador de papéis. Aproxima-se da caçamba para certificar-se se há algo que lhe sirva. Afasta-se, no entanto, cheio de espanto e aflição. Aparentemente não sabe o que fazer e corre para buscar auxílio. Volta acompanhado de outro homem e juntos remexem a caçamba e para sua surpresa encontram um bebê de apenas uma semana.
O fato aconteceu em uma cidade no litoral, veiculado em todas as mídias, provocou comoção e tristeza.
Pensamos que já vimos de tudo. Em relação ao comportamento humano, contudo, não podemos afirmar o mesmo.
Sempre um ou outro acontecimento como esse comprova como o ser humano é, às vezes, um animal, ou melhor, pior que animal, porque esses últimos nunca abandonam suas crias. Animais lutam por elas, amamentam e as defendem.
Não é preciso comentar mais nada sobre essa triste história que impôs uma primeira grande aventura a um bebê de apenas uma semana.
É necessário sim, refletir sobre um outro lado dessa comovente história e que nos fala de mistério que a vida encerra.
O anjo que aparece na pessoa de pobre catador de lixo. Através da aparente irrelevância social daquela figura, renasce a história de uma vida que mal começara.
A indiferença da mulher que abandona a criança é compensada pela sensibilidade revelada num ser humano que, muitas vezes, é preterido e ignorado pela sociedade.
A vida de um ser indefeso, excluído do calor materno é recolocada no curso da sua história por alguém que, certamente, é um excluído do calor da sociedade.
Duas vidas, de sofrimentos tão profundos, que se cruzam pela do amor e bondade divinas que agem quando e através de alguém que menos se espera.
Excluídos, cada um em seu momento, mas unidos por um fio divino da vida.
Tudo o mais, todas as conseqüências, ocorrerão a partir do detalhe desse encontro inusitado.
Um mistério difícil de compreender, mas que traz consolo e esperança.
J. Rubens Alves
Um momento após, apenas um momento, entra em cena um catador de papéis. Aproxima-se da caçamba para certificar-se se há algo que lhe sirva. Afasta-se, no entanto, cheio de espanto e aflição. Aparentemente não sabe o que fazer e corre para buscar auxílio. Volta acompanhado de outro homem e juntos remexem a caçamba e para sua surpresa encontram um bebê de apenas uma semana.
O fato aconteceu em uma cidade no litoral, veiculado em todas as mídias, provocou comoção e tristeza.
Pensamos que já vimos de tudo. Em relação ao comportamento humano, contudo, não podemos afirmar o mesmo.
Sempre um ou outro acontecimento como esse comprova como o ser humano é, às vezes, um animal, ou melhor, pior que animal, porque esses últimos nunca abandonam suas crias. Animais lutam por elas, amamentam e as defendem.
Não é preciso comentar mais nada sobre essa triste história que impôs uma primeira grande aventura a um bebê de apenas uma semana.
É necessário sim, refletir sobre um outro lado dessa comovente história e que nos fala de mistério que a vida encerra.
O anjo que aparece na pessoa de pobre catador de lixo. Através da aparente irrelevância social daquela figura, renasce a história de uma vida que mal começara.
A indiferença da mulher que abandona a criança é compensada pela sensibilidade revelada num ser humano que, muitas vezes, é preterido e ignorado pela sociedade.
A vida de um ser indefeso, excluído do calor materno é recolocada no curso da sua história por alguém que, certamente, é um excluído do calor da sociedade.
Duas vidas, de sofrimentos tão profundos, que se cruzam pela do amor e bondade divinas que agem quando e através de alguém que menos se espera.
Excluídos, cada um em seu momento, mas unidos por um fio divino da vida.
Tudo o mais, todas as conseqüências, ocorrerão a partir do detalhe desse encontro inusitado.
Um mistério difícil de compreender, mas que traz consolo e esperança.
J. Rubens Alves
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