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A BELA E A FERA: UMA REFLEXÃO

Celine Dion & Peabo Bryson - Beauty And The Beast (HQ Official Music Video) Esta bela canção deu vida e sentimento à Bela e a Fera, ...

segunda-feira, 23 de abril de 2012

PORTA DO CORAÇÃO

Muitos me abrem o coração. Acham que mesmo bem sucedidos, bem casados, com família maravilhosa, não conseguem se desvencilhar de certa angústia que lhes massacra o coração. 
Dizem que buscam a causa para tal sofrimento no companheiro, nos filhos, naquilo que faz e no relacionamento com o seu meio. Não conseguem, contudo, encontrar a resposta, motivo que lhes aumenta essa ânsia incontrolável. 
Quase todos sentem um imenso vazio por dentro. Sofrem de pavor, ansiedade e insônia. Trabalham muito. Pensam em tomar medicamentos. Quando falam com outros amigos sobre esses problemas, alguns compreendem, mas não conseguem ajudar. Procuram, então, outras terapias e praticam atividades com as quais jamais haviam sonhado. Em sua maioria continuam atormentados. E, por incrível que pareça, a maioria dessas pessoas temem, no fundo, o avanço do tempo em sua vida, sabedores que, mais cedo ou mais tarde, se defrontarão com o que há de mais previsível na humanidade: o término, o seu ou de quem está ao lado, da existência! Qual a razão de tanta amargura? 
Procuro, por minha vez, abrir-lhes os olhos e o coração para pequenos grandes detalhes. O primeiro lugar que devem buscar respostas é dentro de si mesmo. Lá no recôndito da alma onde se encontra o caminho para a paz e a felicidade. 
Os problemas não se originam do marido, dos filhos, do meio. Eles nascem dentro de cada um, onde estão armazenadas as impressões equivocadas da vida e dos valores. 
Nesta sugestão, também entra a Fé. Deve-se colocar Deus no meio da vida, ou melhor, dentro de si. Para isso é preciso cada um, como medida imediata, esvaziar-se por completo de si mesmo, de seus desejos mesquinhos, para que Deus possa, então, preencher esse vazio e se expandir em luz e energia divinas. 
Não é preciso compreender esse processo, basta aceitar essa entrega de si. A Providência de Deus os fará compreender essas coisas. A Providência Divina sempre se faz presente em nossas vidas, desde que estejamos com olhos e ouvidos atentos para perceber e entender. 
Alguns tentam o coração do próximo para ver se ali descobrem Deus. Em verdade, o encontro verdadeiro com Deus e com a paz se dá através das portas do próprio coração. Então de dentro ecoará uma linda melodia... 
J. Rubens Alves


domingo, 1 de abril de 2012

CONFUSÃO MENTAL

"Como o exemplo e testemunho de vida semelhante ao de meu pai, a maioria rala bastante, por anos a fio. Quase todos conseguem ao longo de trinta a quarenta anos um pequeno patrimônio, longe das grandes fortunas, mas suficiente para oferecer certo conforto e uma aceitável qualidade de vida.
Instalou-se, entretanto, uma mentalidade diferente daquela comum há poucas décadas, quando se aprendia que os bens deveriam ser conseguidos como frutos do trabalho e do suor do rosto.
A tecnologia, em especial a televisão, criou uma realidade virtual onde tudo é possível, de imediato, sem trabalho e sem esforço." Clique aqui para ler texto na íntegra
J. Rubens Alves

domingo, 25 de março de 2012

AMOR E SOFRIMENTO

É impossível encontrar alguém livre de sofrimento. Quando uma pessoa não se queixa de alguma dor física, com certeza, esse alguém é portador de alguma amargura interior cuja dor, muitas vezes, é mais aguda que a do mal físico. O difícil é encarar de frente o sofrimento, seja qual for.
Independentemente do grau diferenciado de espiritualidade que cada um possui, a interpretação humana se sobrepõe na análise destas situações. Quando se tenta compreender o ‘por quê’ de alguns estados doentios da existência, logo se abate a desequilíbrio. Aniquilar-se, sem aceitação para o sofrimento, é o mesmo que flagelar duplamente a vida ou o ambiente ao redor, em ato de desesperança e falta de fé.
A limitação natural do ser humano o faz esvair-se diante do mal que o aflige. A maioria vive, de certo modo, em constante e inevitável questionamento: “Por que o sofrimento?”.
Esta é uma pergunta que cala a quem procura respondê-la buscando as prováveis causas ou uma razão para encarar a amargura.
Essa indagação constante sobre o sofrimento não só acompanha cada ser humano, mas a própria questão sobre o ‘por quê?’ do sofrimento acaba por tornar-se o próprio conteúdo dele. Deixando mais claro ainda: o questionamento contínuo de alguém sobre o ‘por quê?’ do mal que o aflige, passa a ser propriamente o seu sofrimento.
A aflição do ser humano predomina através do mal, da ganância, da traição, das doenças, da fome, das guerras, do desrespeito à Natureza. Toda esta miséria humana, todavia, tem sua causa principal, na ausência de um detalhe: o verdadeiro Amor.
A ausência de Amor é, na verdade, a principal causa da maioria dos males. Resume-se numa equação simples: Quanto menos amor, maior o sofrimento. Isto é uma constatação simples de se fazer.
Somente entenderá essa relação entre sofrimento e amor, aquele que não mais perguntar-se sobre o ‘por quê?’ do mal que o aflige, mas aberto em sua consciência, perguntar-se sinceramente ‘para que estou vivendo esse sofrimento?’.
A partir daí será capaz de compreender que na carência de amor pode estar a razão de seus males percebendo, ainda, que lhe falta algo mais grandioso e transcendente. Algo Maior que independe do poder que acumula, da fortuna que possui, da fama que goza.
E, apesar de relutância, acabará ficando clara a necessidade do abandonar tudo, a sorte e a própria existência, nas mãos de Deus, num gesto grandioso de fé. Através Dele virá o sentido para cada amargura. Com certeza, Ele pode libertar e curar, simplesmente porque Ele é Amor, tal como se auto definiu. Só Ele é nosso referencial de amor.
Aqueles que colocam Amor em seu cardápio diário vivem mais alegres, desprendidos, de bem com a vida e, por cima, vivem saudáveis por mais tempo.
J. Rubens Alves

quinta-feira, 8 de março de 2012

ANTES DO POR DO SOL

Se existe uma coisa nefasta na vida, é deixar alguns de seus capítulos sem final, sem solução.
Em especial as coisas do coração, aquelas pendências sentimentais amargadas pelo ressentimento que se guarda em relação a alguém!
Seja qual for o contexto, tudo o que não é bem resolvido e acertado entre pessoas, se transformará em fardo pesado às costas. Fará mal ao corpo e ao espírito. Será trocar o oásis pelo deserto.
Por isso, nem mesmo entre casal, pais e filhos, entre amigos ou conhecidos, devem perdurar rusgas por qualquer questão!
Se existir algo que estremeça as estruturas de relação familiar ou da relação social carece, então, buscar imediato entendimento e solução, mesmo que esta não seja definitiva.
Ao final de cada dia fatigante, se sobrar algum vestígio de  ressentimento na consciência, não se deve nem pensar ir para a cama e recostar a cabeça sobre o travesseiro. Certamente, aquele que pertencer ao Bem não repousará tranquilo enquanto não acalmar a sua alma.
Antes, com verdadeiro espírito de humildade, aproximar-se-á da esposa, do filho ou de qualquer outro desafeto e tentará, com todas as energias, a reconciliação. Mesmo que não use palavras, buscará exprimir-se naquele momento através de um gesto simples, mas suficientemente carinhoso, que ponha fim ao círculo vicioso e maléfico das diferenças.
Reconhecerá que, entre um dia e outro, haverá sempre uma noite no meio, preâmbulo de outro dia radiante de Luz.
Durante a noite tudo poderá acontecer: um milagre ou, até mesmo, uma brusca separação!
Para essa reflexão, nada mais apropriado do que a seguinte citação bíblica de um salmista: “Nunca deixe o sol se por sobre o seu ressentimento”. Isto quer dizer: não deixe de resolver tudo antes que a noite escura caia sobre você!
Intime-se, agora mesmo, para a reconciliação, seja com quem for. Vale esse sacrifício e esforço, pois ele se refletirá diretamente na sua saúde do corpo e do espírito.
Caso contrário prevalecerá a verdade da frase de William Shakespeare “Guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra”.
J. Rubens Alves

sábado, 25 de fevereiro de 2012

P, M, G: PONTO FINAL



Essas letrinhas, tão utilizadas na linguagem escrita servem, também, como marcações para identificar a grade certa para roupas, utensílios, peças e outros objetos.
Através delas, se identificam com facilidade as medidas e tamanhos dos pacotes de gêneros alimentícios, sucos e refrigerantes, de frutas selecionadas.
Muitos preços dos serviços prestados, da mesma forma, são estabelecidos com base em gabaritos de medida, em especial aqueles destinados aos automóveis grandes, médios e pequenos.
Ah os livros. Os livros, muitos os escolhem pelos efeitos artísticos de capa, pelo seu tamanho e grossura, não pelo seu conteúdo.
Aliás, tudo ao redor de nossas vidas está sendo quantificado e medido, algumas vezes em detrimento da qualidade e do reconhecimento. E desculpem, mas até mesmo a sexualidade passou a ser medida em seus atributos, tal como aí está. As maiores taras se resultam desse tratamento vulgar, instigado pelas novelas e filmes.
De maneira geral, o ser humano se acostumou com tudo isso porque, mesmo os seus dons e qualidades, são medidas quando disponibilizados ao trabalho em troca de salário.
Todo esse dimensionamento das coisas é bom e necessário pela facilidade que proporcionam às escolhas e opções e, evidentemente, não há receita que dê certo sem as medidas corretas para cada ingrediente.
Nessa mentalidade, onde tudo tem que ser medido para ser avaliado, será que há espaço de se aceitar que um indivíduo seja meio bom, ou só um pouco mal? A sociedade, apesar de se defrontar com crimes aparentemente mais ou menos hediondos, pode aceitar que crimes sejam encarados como pequenos, médios ou grandes?
É isso, entretanto, que vem acontecendo: imprensa, apresentadores âncoras de programas vulgares de televisão, improvisados ‘doutores’ no direito chocam a urbe com suas teorias e palavras mal colocadas para qualificar delitos e crimes por tamanho e grau, deixando transparecer que uns são passíveis de punição e outros não.
Certo dia, um apresentador desses programas vespertinos marcados pelo sangue e sofrimento, inadvertidamente ao comentar um pequeno furto, expôs que aquele delito perto de outros, não devia nem ser considerado pela justiça. Este apresentador errou, pois crime é crime, não importa o tamanho ou a idade de quem o cometeu. Não existe meio roubo, meio estupro, meio homicídio, meia corrupção ou meia usura. Não se deve diminuir a responsabilidade de omissão dos responsáveis sobre crimes e delitos cometidos por seus dependentes menores. Os crimes não devem ser minimizados diante do poder econômico de quem os comete. A punição deve ser equânime tanto para os baderneiros milionários como, para os miseráveis vândalos carnavalescos.
Outra visão. Como você se sente ao pagar sua conta no supermercado, e a operadora de caixa não lhe devolver os três ou quatro centavos de troco, sem ao menos lhe perguntar se você se importa ou não em deixá-los ali, como sobra de caixa? Você não diz nada, não discorda?
Ora, não importa o valor, sejam quatro centavos ou um milhão, estes são sua propriedade e seu direito e os centavos só podem ser usurpados com seu consentimento.
Assim, é tempo de se resgatar a ordem das coisas sendo delatores e combatentes dessa onda de relativismo que vem afogando a ética e os costumes.
É verdade: nosso País possui leis de primeiro mundo para um povo de mentalidade subdesenvolvida. Nem por isso, contudo, em lugar algum do mundo, se pode admitir o “ser meio bom” ou “o ser meio mal”. As pessoas inteligentes e de boa índole que desejam assim continuar, não podem ser coniventes com as tendências relativistas do tratar o bem e o mal de maneira leviana, onde até os crimes contra a sociedade passam a ser tolerados e caracterizados de pequenos, médios e grandes.
A mudança deve começar com a compreensão básica: crime é crime, delito é delito.
Enfim, bem é Bem, mal é Mal. E ponto final!
J. Rubens Alves

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

RAINHAS DO FUBÁ


Em uma passagem bíblica do Livro dos Reis, nos deparamos com a narrativa sobre a Rainha de Sabá, que se eternizou pela doçura de suas palavras e por sua capacidade em aceitar situações, ao procurar o então Rei Salomão, conhecido pela sua tão incomparável sabedoria.
Esse texto (1Rs 10,1-10), narra que a Rainha de Sabá viajou muitos quilômetros até o Rei Salomão, levando grande quantidade de pedras preciosas, ouro e perfumes.
Ela era generosa e reconhecida em suas terras por sua imensurável generosidade. Por onde passava, ela deixava sempre um rastro de perfume e semeava pedras preciosas entre seu povo. De sua boca não se ouviam palavras que disseminassem intrigas, discórdias e desunião.
Assim, atraída pela notícia da sabedoria de Salomão, levou consigo muitos enigmas para que o Rei a esclarecesse a respeito e a deixasse mais sábia.
Maravilhada com a sabedoria que exalava do Rei sobre todos os assuntos de seu reino e sobre as coisas de Deus, bendisse aquele reino, aquela gente e aquele Deus.
Doou, por isso generosa quantidade de perfumes ao Rei e, da mesma forma, deixou ali uma semeadura de ouro e pedras preciosas. Esse fato a deixou conhecida ao longo desses milhares de anos, até aos nossos tempos.
Infelizmente em nosso tempo não conhecemos mais Rainhas de Sabá, mas somos obrigados a conviver com as “rainhas do fubá”, (fazendo um trocadilho com o nome da Rainha original), título que vale tanto para mulheres como para muitos homens que são, ao contrário dessa magnífica Rainha bíblica, reais maledicentes, que gozam em semear em seu meio, a partir de sua família e de seus próximos o pré julgamento, a discórdia, a desunião.
Suas vidas se prestam apenas para ações e palavras impensadas, como pedras de sofrimento sem brilho e valor, que exalam não o perfume, mas o odor da podridão que saem de seus corações frios do amor de Deus.
“O que torna impuro o homem não é o que entra nele vindo de fora, mas o que sai de seu interior” (Mc 14,15)
Suas opiniões são frias e calculistas, terrivelmente materialistas, e visam tão somente à comodidade de seus próprios interesses e de resultados financeiros que advenham de suas vãs palavras.
São incapazes de bendizer as pessoas que fazem parte de suas vidas, os momentos bons dos outros simplesmente porque, no fundo, são terrivelmente egoístas e invejosos.
Se as coisas não são como desejam, então nada está bom, nada está certo e soltam indiscriminadamente o verbo, a língua, como um chicote nas costas dos outros.
A cada dia, o nosso mundo está conhecendo mais esse tipo de gente, que mesmo tentando camuflar suas ações como de boa vontade, se traem pelo seu egoísmo, valendo imperar aquele velho ditado libanês: ‘a língua é o chicote do rabo’.
E, só para esclarecer, fubá, sem outros ingredientes, é apenas seco, não acrescenta, só enche e entala na garganta! Deus nos livre de tais línguas!
J. Rubens Alves

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

LONGO ADEUS

Todos os dias alguém, em algum lugar perde outro alguém muito amado. Desde garoto presenciei muitos casos de pessoas queridas que simplesmente partiram. Partiram para outra vida, repentinamente, sem aviso prévio, sem direito a um simples beijo. Nem sequer um adeus.
Em outros momentos vivi ao lado de outros também queridos, que por uma força extra, exalada pelo tempo já esgotado da existência me foi concedido reanimá-los pela fé numa vida nova que os esperava. Um tempo breve, mas suficiente para uma despedida que possibilitou sentir o calor da vida que pulsava enfraquecida em seu ser.
Enfim, os adeuses que marcaram minha vida foram sempre furtivos e breves. Amigos e parentes que cumprindo o período de sua história se foram assim, num estalar de dedos.
Minha sogra, por exemplo, confidenciava que gostaria de uma partida rápida dessa existência e, se possível, sem despedidas, mas com lucidez e jogando cartas. Seu sonho se realizou, tal qual pedira a Deus, numa tarde ensolarada, numa mesa de jogo entre as amigas. Simplesmente recostou a cabeça nos ombros de uma delas e partiu.
Minha querida mãe partiu no último sábado de uma maneira bem diversa. De seus 91 anos de idade, onze anos foram de adeus. Um adeus lento, progressivo e silencioso.
Durante esse tempo em que cumpriu rigorosamente seu papel no plano de Deus teve, certamente, a oportunidade de fazer os últimos acertos, enquanto eu e meus irmãos, a oportunidade de sentir seu calor, de servir-lhe em compensação ao que nos concedeu como legado, de amar-lhe, mesmo que com deficiência.
Mesmo depois que o Alzheimer lhe roubou a lucidez, seus pequenos olhos espelhavam a vivacidade de sua alma e continuavam a emitir a energia da vida e do amor materno.
Nesses onze anos de despedida, lá em casa, uns mais outros menos, puderam completar seu aprendizado do que seja a vida e o gesto de disponibilidade no servir.
Foi exatamente nesse período de sofrimento de todos, dos irmãos e dos cuidadores de minha mãe, em que se manifestaram os mais significativos gestos de amor: adaptações na casa, nos costumes, na dieta, diário com todos os procedimentos, medicamentos, asseio e alimentação e uma infinidade de informações. Onze anos nesse árduo ato de servir!
Com certeza, ali no meio desse amor e carinho, Deus se fez presente o tempo todo.
Assim, na naturalidade do viver e morrer se realizou o desejo de minha mãe, muitas vezes proferido em minha presença: não partir repentinamente desse mundo.
Nunca imaginei que algum dia viveria um longo adeus exatamente com alguém que me amou e que também amei desde que fui concebido.
A todos que sofrem com alguém que padeça do Mal de Alzheimer a minha solidariedade e exortação para que vivam esses momentos cruciais não como encargo, mas com uma grande oportunidade de aprendizado e crescimento. Façam o que estiver ao alcance.
Ao menos, será o viver de um longo adeus de alguém que vocês muito amam!

Depois, mesmos desgastados, juntar toda a riqueza e permanecerem unidos, sem solidão, para a contínua caminhada para a Vida.
J. Rubens Alves

domingo, 8 de janeiro de 2012

NAS ONDAS


Nesse período de festas, aproveitando o verão no Brasil, o melhor lugar para descansar é o litoral, com suas praias maravilhosas.
Impressiona a quantidade de pessoas que desce ao litoral para desfrutar as belezas, o calor e os momentos de magnífico descanso.
Não são todos, porém, que conseguem desligar-se completamente da vida agitada, das preocupações.
Um dos componentes que interfere incisivamente na vida das pessoas e, nos últimos anos se tornou o principal vilão, o causador de estresse, sem dúvida, é o celular.
A constatação disso foi possível quando, num desses dias de descanso, lá estava, entre as ondas que iam e vinham quebrando-se nas areias uma jovem que, com água até os ombros, falava ao celular, ávida e desbragadamente, ignorando o lugar e o momento esplendorosos de luz e sol. Simplesmente não desfrutava aquele instante banhado de energia.
Uma cena bizarra que não serve para produzir graça e nem faz rir, mas serve de reflexão e como sinal de que algo não anda bem na relação entre as pessoas e a tecnologia que as cercam.
Não bastasse o excesso do uso desse aparelho no dia a dia, com algumas pessoas falando mais alto que o necessário em filas de bancos, em restaurantes e até mesmo em templos, revelando inadvertidamente particularidades de suas vidas, outras extrapolam esquecendo-se, tal como essa jovem, dos limites que devem impor às benesses da tecnologia.
Imaginemos como o ser humano está se influenciando pela tecnologia, em detrimento da própria vida e do seu prazer, ao ponto de correrem o risco de se afogarem, sem qualquer constrangimento, nesse mar de tendências, modismos e frivolidades.
Ao menos nós, que possuímos um pouco ainda de senso crítico e vontade de motivar-se por alguma coisa de maior valor, vamos nos cuidar para não incorrermo-nos nos mesmos escorregões de comportamento.
Aposentemos celulares, gravatas e a pressa do cotidiano para celebrar com plenitude, pelo menos os momentos de natureza, sol e descanso que a vida nos oferece como verdadeiros tesouros!
Ah! Como a conversa da jovem era deveras longa nunca saberemos, ao certo, se ela se salvou ou não do afogamento pelas ondas que iam e vinham quebrando-se graciosamente nas areias!
J. Rubens Alves

sábado, 31 de dezembro de 2011

MUNDO MELHOR

Cada final de ano provoca no ser humano um pouquinho de frustração por tudo o que não foi realizado. Na véspera do novo ano, maiores são os sonhos, as propostas e promessas que cada um faz para si mesmo, invocando as forças de Deus, da magia do momento e até de lendárias simpatias sobre o vestir, o comer e outras superstições.
Em geral, todos os sonhos e desejos para o próximo ano se resumem em frases “quero ser diferente, desejo ser melhor, não fazer o mal”
Passada a euforia das festas e das comemorações a realidade, contudo, mostra que as coisas continuam sempre como eram, senão piores.
Não basta somente sonhar ou desejar. É preciso atitude e ação para realizar todas as propostas e promessas.
O mundo será um pouquinho melhor quando cada um não apenas desejar ou apenas se propor a não praticar o mal em sua vida e na dos outros, mas quando cada um, efetivamente, realizar o bem em sua vida e na vida dos outros.
Uma breve reflexão sobre esse aspecto vai revelar que o ato de fazer o bem é muito maior, pleno e supremo do que o ato de não praticar o mal, pois quem pratica o bem, nunca será capaz de pensar em praticar o mal. Não basta não praticar o mal. É preciso praticar o bem, pois só assim é que se rompe o círculo vicioso do mal.
Nessa passagem de ano será maravilhoso se cada um se propuser a praticar simplesmente o bem ao longo de todo o ano que se inicia.
A vocês que seguem e acompanham esse Blog, desejo um ano de realizações em suas vidas, tudo em acordo com a vontade de Deus, visto que a vontade de Deus é perfeita e sábia.
Que o mundo acorde um pouquinho melhor pela ação benéfica de cada um de vocês.
Feliz 2012 e Boas Festas!

J. Rubens Alves