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sexta-feira, 25 de agosto de 2017

ENTUSIASMO

Impossível não associar a palavra "entusiasmo" com a infância e a juventude. Crianças e jovens trazem brilho nos olhos, sorriso nos lábios e energia de ação, uma combinação divina, própria deles que são entusiasmados. Entusiasmo é um sopro de vida, como a própria palavra significa na sua origem grega: "sopro divino".
Quem é entusiasmado possui algo de divino, portanto, impregnado de jovialidade e alegria que atrasam no envelhecimento, em especial do espírito. Um milagre!
Quando as pessoas estiverem sem brilho de vida no olhar, envelhecidos na feição e afastados de tudo, algo deve estar errado. Estão precisando de auxílio para sentirem novamente esse sopro divino: o entusiasmo.
Quem possui entusiasmo supera as ações mais corriqueiras da vida, ignora as marcas do tempo, supera obstáculos, transforma o meio, vencendo desafio após desafio.
A pessoa entusiasmada acredita tanto em seus sonhos, que os torna realidade, transformando o etéreo em matéria utilizando-se de mistérios incompreensíveis que envolvem o universo. Mais ainda, o entusiasmado sempre confia na capacidade dos outros em sonhar com ela e, por isso mesmo, transforma as pessoas ao seu redor.
O entusiasmo, assim, provoca a união em busca de resultados e cria a cadeia de solidariedade diante da necessidade e, acima de tudo transforma.
É divino ver tantas pessoas, feridas profundamente em sua existência, conseguirem se levantar e sonhar, somente pela força do entusiasmo de outras que se doam!
O entusiasmo, o sopro divino, é contagiante tal como o riso de uma criança e eletrizante como a vivacidade dos jovens.
J. R. Rubens

terça-feira, 11 de julho de 2017

EDUCAR DIFERENTE

Certa professora de um colégio público, entusiasmada com a profissão que exerce há muitos anos manifestou, para minha surpresa, preocupação quanto à educação dos alunos, de uma maneira em geral.
Segundo ela, muitos colegas estão prestes a abandonar a profissão porque se acham incapazes de controlar o ímpeto dos alunos e, ao mesmo tempo, transmitir adequadamente o conteúdo do ensino. Permanecem ativos e dedicados apenas aqueles que realmente educam por amor, acreditando que a educação pode ser melhorada, mesmo nesse País que nada avança nesse sentido, porque vive atolado em crises políticas, financeiras e morais protagonizadas pelos seus 'maiores expoentes'.
Descreveu-me uma situação, quase de terror, que certos professores vivem em suas salas de aula, sempre pressionados e achacados pelo comportamento delinquente de uma expressiva parcela de alunos que atiçam seus companheiros a enfrentamentos, não só entre eles, mas até mesmo contra os professores que sofrem provocações e ameaças. Quando não são violentos, são criaturas apáticas e alienadas ao meio acadêmico, porquanto são dirigidos e aprisionados pelos apelos de jogos e aplicativos de seus celulares, peças inseparáveis de seus livros e cadernos.
É verdade! Hoje muitos professores estão abalados, ao mesmo tempo que desencantados pela arte do ensinar. Seus alunos já não parecem seres com vivacidade, mas figuras catatônicas e distantes da realidade.
Uma das razões por esse desencanto por parte dos docentes seja, talvez, aquela de tentar abraçarem a maravilhosa profissão apenas como um trabalho que lhes traga o sustento, apesar de muitos entenderem que a remuneração não é compatível com a magnitude do trabalho: educar!
Existe, porém, outra razão que esvazia a plenitude do 'ser professor', do 'ser mestre'.
Há poucos anos, os jovens tinham como fonte de informações somente a família, eis que careciam de tecnologia como rádio, tvs, internet, e celulares, etc...!
Eram impelidos, então, a buscarem nas escolas as informações necessárias para preencherem sua carência do saber, e as quais somente os mestres professores, depois dos pais, podiam transmitir.
O mundo mudou. Hoje o que mais se tem é informação. Os jovens têm acesso a todas elas, de maneira incontrolável, através dos pacotes globalizados, radicalmente livres, descarregados simultaneamente na web, nas comunidades virtuais e nas redes de comunicação.
Os jovens buscam, diferentemente do passado, não mais informações, eis que já as possuem em excesso, mas escolas e mestres que organizem e canalizem essa bagagem de conhecimentos sem controle, absorvidos avidamente através do Dr. Google e tantas outras denominações.
A rapidez, pela qual têm acessos a tão diversificada informação, confunde suas ideias e focos fazendo-os perder sua identidade e seus verdadeiros referenciais. Os jovens estão sedentos não em aprender, mas de alguém que lhes mostre um sentido para o farto material (bom e ruim) que já absorvem, todos os dias, através da tecnologia virtual. Precisam que alguém lhes resgate, em meio a tantas turbulências, e os façam novamente a crer na vida, nos valores sólidos, nas dimensões do caráter e na grandeza de cumprirem o papel de viver em sociedade e em função do coletivo.
Eles precisam hoje, de uma educação que lhes aguce o senso crítico, que lhes indique novamente a direção para um ideal verdadeiro, modifique a cultura gratuita e viciada que receberam do farto material jogado, em baciadas, na internet, nos meios de comunicação e até nas próprias escolas que, sem critério algum, ministram seus conteúdos programáticos porque são obrigadas a fazê-lo, numa quantidade de dias fixados nos anos letivos, simplesmente por cumprirem exigências regulamentadas.
Os jovens precisam mais. Precisam adquirir um senso crítico para analisarem, de forma diferente, o sentido das coisas temporais que os cercam, das instituições que os regem, das políticas que os envolvem, das ideologias que os seduzem e dos governos que os conduzem!
O mundo carece em nossos dias de uma ação mais efetiva, condizente com aquele pensamento cristão de evangelizar e que significa, no fundo, modificar culturas e pensamentos que conduzam à uma vida mais amorosa, justa e pacífica. O ensinar é algo semelhante. É por isso que, urgentemente, muitos aspectos da educação precisam ser revistos sob outra luz!
J. R. Rubens