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sábado, 14 de julho de 2012

VALE SONHAR

Quantos manifestam desesperança com relação ao futuro! Essa postura de desilusão se manifesta com o inconformismo em relação aos atos de violência, selvagerias e injustiças que se espalham ao redor do mundo.
Não faz bem para ninguém, entretanto, ficar somente lamentando o mal que aí existe e sempre existiu, pois isso só serviria para alimentar o lado negativo. Nem o mundo se beneficiaria com posturas de desalento.
Ao contrário, cada um deve revestir-se de boas energias e alimentar esperanças.
Vale sonhar sobre as possibilidades de transformar o mundo. Se não em sua totalidade, que seria impossível, ao menos cada um ao redor de si mesmo.
Não se operam milagres sem atitudes, sem mudança de comportamento e de cultura. E tudo isso acontece através da educação a partir da família, da escola e das instituições.
Somente mudando-se a maneira de enxergar o mundo e utilizando-se com inteligência o que ele oferece de possibilidades é que se consolidarão as melhorias sonhadas.
Isso não ocorrerá se essas mudanças não acontecerem antes em cada um, modificando a partir de si a maneira de ver e interpretar o que ocorre em sua volta, se conscientizando em primeiro lugar, do seu verdadeiro papel neste mundo.
Dessa forma, o sonho de transformação se realizará em plenitude.
Não há sentido cada qual passar a vida inteira buscando apenas se resguardar e indicando que há algo errado. É preciso mudar algo a partir de si.
É preciso definitivamente lançar um olhar com horizonte mais amplo e, a partir de então, tomar uma atitude positiva que gere frutos de solidariedade, de partilha e amor.
J. Rubens Alves

domingo, 20 de novembro de 2011

PALAVRAS E GESTOS

Como é grande a responsabilidade daquele que, de alguma forma, exerce influência no pensamento, no comportamento e na vida das pessoas. Governantes, políticos, religiosos, escritores, professores e tantos outros com capacidade de influenciar.
Grande maioria desses expoentes profere grandes discursos de suas ‘tribunas’, capazes de convencer e arrebatar com sua rica verborréia, grandes multidões de pessoas simples e desacostumadas ao uso de seu senso crítico para analisar o conteúdo e as reais intenções.
Não é bom fazer parte daquele grupo de escribas e fariseus ao qual se referiu o Mestre: “Pois colocam fardos pesados e difíceis de suportar, nos ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los”
Quantos governantes e políticos impõem ao povo esses fardos pesados e deles se livram legislando em causa própria...
Quantos dirigentes religiosos, da mesma forma, imputam pesadas penas e peso de conduta e delas eles próprios se esquivam por comodidade.
Há os que falam tanto em nome de Deus, suas coisas e preceitos, abençoam e ungem, mas, no momento de mostrar suas ações concretas demonstram o contrário ao que apregoam. Cegos guiando outros cegos.
Governando, impondo mãos, ungindo e ensinando, porém, mais em conformidade com suas doutrinas pessoais, do que com a Verdadeira Doutrina.
Suas palavras são vazias porque não passam de palavras sem as ações e sem obras concretas.
A obra de Deus se realiza através de ações concretas, testemunhos vívidos e não com as palavras e gestos vazios.
As palavras são enriquecedoras se baseadas em ações que testemunham o que é dito.
É bom, por isso mesmo, dar uma pausa, e refletir sobre aquilo que se fala e escreve e sobre a responsabilidade que advém dessas manifestações, mesmo que revestidas de simplicidade, porque elas possuem a força de motivar e provocar mudanças positivas, ou de arrasar ainda mais o ser humano já debilitado.
J. Rubens Alves