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A BELA E A FERA: UMA REFLEXÃO

Celine Dion & Peabo Bryson - Beauty And The Beast (HQ Official Music Video) Esta bela canção deu vida e sentimento à Bela e a Fera, ...

quinta-feira, 28 de abril de 2011

O POUCO É MUITO



Muita gente pensa que para fazer alguma coisa útil o ser humano deve operar grandiosas obras e realizar grandes feitos!
Da mesma forma, em relação a Deus: muitos pensam que Ele quer sempre grandes realizações e pródigas missões. Ficam aguardando que o Senhor se manifeste de forma espetacular, como nos filmes.
Isso acontece porque cada pessoa gosta e anseia por efeitos especiais espetaculares. Impregnada de materialismo, a natureza humana deseja sempre o inédito, algo que produza alarde e chame a atenção.
Mal acostumados com a maneira do mundo moderno, habitua-se ao imediatismo e a grandeza dos feitos, para que eles pareçam úteis.
Imagina-se a possibilidade de desenvolver os trabalhos e praticar todas as ações, somente se elas forem significativamente expressivas ou, se estiverem dentro do contexto exigente do ambiente social em que se está engajado.
Valorizam-se em excesso dons e talentos daqueles que ficam em evidência na mídia.
O resultado dessa mentalidade e que se passa a maior tempo da vida esperando melhores condições para se poder fazer algo pequeno que seja. Espera-se em vão. Essa oportunidade melhor pode não surgir na vida.
Deve-se compreender que aos olhos de Deus, na existência humana, qualquer trabalho construtivo, tal como o trabalho de uma mãe que só fique no tanque ou na cozinha, mas que edifica sua família com a fadiga de suas mãos, possui o mesmo ou maior valor de outros que só empreendem feitos gloriosos aos olhos do mundo. Não importa o semear, o regar ou o construir. O importante é agir.
O pequeno e humilde trabalho pode até ser uma gota d’água, mas certamente cooperará em muito para o crescimento das sementes por outros plantadas nesse imenso jardim da nossa Terra!
J. Rubens Alves

segunda-feira, 25 de abril de 2011

CONTRARIEDADE

Quando um mal-estar, certa angústia aperta e confunde os sentimentos é porque se está sofrendo uma contrariedade.
A contrariedade nada mais é que um aborrecimento, um descontentamento sobre algo que está ocorrendo.
Algo que brotou entre duas coisas contrárias, que não se identificam pela sua essência e pela sua verdade, em relação ao que se deseja.
Quando a contrariedade é causada por coisa ou fato, quase sempre é simples superá-la porque é suficiente reparar o fato tornando-o positivo ou eliminar a coisa contrária.
Na maioria das vezes, o “aquilo” que provoca o mal-estar, ‘a pedra no sapato, a pimenta nos olhos, o sapo a engolir, o caroço de angu, a pisada no calo’, assim como se refere no popular para definir contrariedade, não é uma “coisa”, mas uma pessoa.
Uma pessoa se torna uma contrariedade, com todos os adjetivos acima, quando se opõem ao outro para questionar verdades, atitudes e princípios pessoais.
Muitos se tornam contrariedade na vida de alguém por simples ato de amor, para tirar a venda dos olhos e fazê-lo enxergar alternativas e possibilidades.
Antes de considerar a atitude de alguém como uma contrariedade e um estorvo, será sempre melhor, considerá-la uma bela oportunidade para renovar e revisar conceitos e verdades enraizados no coração!
Vale a pena um sacrifício extra para compreender aquelas pessoas que parecem ser contrariedade na nossa vida, quando apenas desejam ajudar. Essa compreensão evita, inclusive, muitos desgastes e desentendimentos.
J. Rubens Alves

sexta-feira, 22 de abril de 2011

SACRIFÍCIOS


Não há como deixar passar em branco. Hoje os cristãos, no mundo inteiro, recordam a paixão e morte de Jesus Cristo.
A maioria procura, nestas ocasiões, em especial neste dia, se recolher e privar-se de algumas coisas em nome do sacrifício da Semana Santa.
Assim, neste dia, não comem carne (só peixe e bacalhau!!!). Não bebem whisky, nem outras bebidas alcoólicas (ficam somente nos refrigerantes e sucos!!!), e assim por diante. Surpreende o número de intenções de jejum e abstinência, mesmo entre os mais próximos de nós.
Tudo é válido. Ninguém desconfia da boa intenção de quem se propõem a fazer algo no campo de sacrifício e privação.
Não se pode, contudo, deixar de lançar alguma reflexão sobre essas atitudes:
Num só dia, a maioria quer resgatar e ficar bem, diante de Deus, com os “enormes” sacrifícios a que se propõem. Tal como se a vida fosse uma conta bancária no banco de Deus.
Tudo isso, a lista de todas essas boas intenções, é muito pouco em relação ao significado e mistério contidos no momento pascal, pelo qual o Filho de Deus se abandona em sacrifício por nossa causa.
Ao invés de cada um propor-se a sacrifícios sem significado algum, que tal durante todo o ano, todos os dias, cada um propor-se à prática do bem e do amor?
Não era assim que Jesus agia? Não é assim, ainda nos dias de hoje, que Jesus se sacrifica, dia a dia, em sondar nossas anomalias e escorregões?
Com certeza, valerá mais do qualquer sacrifício sazonal, e compensará cada gota de paixão doada por Jesus em nosso favor se, a cada dia, e não anualmente e só nessas ocasiões especiais, cada um se propor a viver uma vida de amor e compreensão.
J. Rubens Alves

ANJOS NA RUA

Uma câmera registra os detalhes. Noite. Rua vazia. A caçamba repleta de entulhos de uma construção. Uma mulher caminha com um volume nos braços. Pára ao lado da caçamba e deposita o volume que tem nos braços. Sem maior atenção, vira as costas e parte sem olha para trás.
Um momento após, apenas um momento, entra em cena um catador de papéis. Aproxima-se da caçamba para certificar-se se há algo que lhe sirva. Afasta-se, no entanto, cheio de espanto e aflição. Aparentemente não sabe o que fazer e corre para buscar auxílio. Volta acompanhado de outro homem e juntos remexem a caçamba e para sua surpresa encontram um bebê de apenas uma semana.
O fato aconteceu em uma cidade no litoral, veiculado em todas as mídias, provocou comoção e tristeza.
Pensamos que já vimos de tudo. Em relação ao comportamento humano, contudo, não podemos afirmar o mesmo.
Sempre um ou outro acontecimento como esse comprova como o ser humano é, às vezes, um animal, ou melhor, pior que animal, porque esses últimos nunca abandonam suas crias. Animais lutam por elas, amamentam e as defendem.
Não é preciso comentar mais nada sobre essa triste história que impôs uma primeira grande aventura a um bebê de apenas uma semana.
É necessário sim, refletir sobre um outro lado dessa comovente história e que nos fala de mistério que a vida encerra.
O anjo que aparece na pessoa de pobre catador de lixo. Através da aparente irrelevância social daquela figura, renasce a história de uma vida que mal começara.
A indiferença da mulher que abandona a criança é compensada pela sensibilidade revelada num ser humano que, muitas vezes, é preterido e ignorado pela sociedade.
A vida de um ser indefeso, excluído do calor materno é recolocada no curso da sua história por alguém que, certamente, é um excluído do calor da sociedade.
Duas vidas, de sofrimentos tão profundos, que se cruzam pela do amor e bondade divinas que agem quando e através de alguém que menos se espera.
Excluídos, cada um em seu momento, mas unidos por um fio divino da vida.
Tudo o mais, todas as conseqüências, ocorrerão a partir do detalhe desse encontro inusitado.
Um mistério difícil de compreender, mas que traz consolo e esperança.
J. Rubens Alves

domingo, 17 de abril de 2011

AMOR CURA


Quem deseja a outrem felicidade e saúde, traduzindo esse desejo através de carinho, abraços e outras formas efusivas de bons augúrios, está demonstrando que seu coração não detém mágoas e com certeza, está renovando as próprias energias.
Desejar o bem é uma forma de exercitar o dom do amor.
Amor é fruto de crescimento para a plenitude. Quando se doa qualquer coisa, nem que seja em pensamento, provoca-se uma renovação profunda na vida das pessoas e na própria vida.
Desejar o bem com amor é um ato misterioso que encerra perspectivas de perdão, de cura e de realização que auxiliam na própria realização e na do próximo.
Aqueles que possuem bons pensamentos e desejos em relação à vida, aos outros e ao mundo, irradiam luz e energia que produzem milagres.
Onde há milagres existe amor. Onde está o amor, aí está presente Deus. Deus é amor. Essa é a definição mais simples e verdadeira de Deus, que supera as definições filosóficas complicadas e incompreensíveis. Seu Espírito é o sopro que impele e se irradia por entre todos aqueles que agem, vivem e se unem em amor!
O amor de Deus, não tem limites. É infinito!
J. Rubens Alves

quarta-feira, 13 de abril de 2011

FRUTOS DA LUZ


Parei por alguns instantes em um posto de conveniências. Enquanto aguardava meu filho observei, pela janela do veículo, um casal de deficientes visuais, caminhando pela calçada, guiando-se apenas por suas varinhas.

Simpáticos, jovens, esportivamente bem vestidos e com visual bem produzido, homem e mulher caminhavam com habilidade incrível, se desviando de outras pessoas e de pequenos obstáculos, até chegarem ao cruzamento de uma movimentada avenida, onde ficaram aguardando o auxílio de qualquer pessoa.

Percebendo que ninguém os notava, apesar de suas características, desci do carro e rapidamente me dirigi até eles auxiliando-os a atravessar o cruzamento

Em rápida conversa soube, então, que Wellington e Janaína eram casados e que ela esperava um menino para breve, conforme ela mesma disse, 'um fruto de seu amor'. Diante de tanta simpatia, educação e sorrisos, refleti de que a cegueira é a falta de luz, mas os bons fluídos daquele casal eram, todavia, percussores de uma luz interior muito intensa.

Ali estavam como testemunho de que a pior cegueira não é a física porque, mesmo cegos, possuíam uma luz interior que extravasava sua condição humana. Eles eram prova real de que ‘o fruto da verdadeira luz chama-se bondade’, delicadeza e amor, mesmo o corpo sofrendo por uma anomalia como a deles.

Abençoados pela união e agraciados pelo fruto de seu amor, sua cegueira física não os impediu de serem visionários e construtores de uma história de luz .

Os cegos em seu interior só produzem frutos de má qualidade na escuridão porque, por sua própria natureza, abominam a luz. ‘Mantêm suas obras em segredo porque têm vergonha de mostrá-las’. Cabe a cada um escolher que tipo de obras e frutos deseja produzir.

J. Rubens Alves

segunda-feira, 11 de abril de 2011

UMA PONTE

A violência e a frieza presentes no mundo resultam em certo pânico nas pessoas que assistem atrocidades sem limites, tal como a matança de inocentes em escolas.
Episódios assim causam, por exemplo, estado de medo da maneira que são divulgados e explorados.
Pânico e medo, todavia, não cabem na vida daqueles que se lançaram nos caminhos que levam a espiritualidade e nem afetam a vida dos que buscam esperançosos, uma maior proximidade de Deus.
Deixar-se envolver por esses episódios horrorosos de medo e desesperança, é permitir-se afogar nesta vida, perdendo-se nela, e fazendo dela uma morte prematura, mesmo que seja uma “pequenina morte” da alegria de viver.
Vida! É preciso aprender ganhar a própria vida!
Ah! Como leva tempo para compreender, em toda sua dimensão, essa verdade presente no ensinamento do maior Mestre de todos os tempos.
Mentes doentias precisam de auxílio para eliminar os desejos compulsivos e a tentação de isolar-se de tudo e de todos.
É preciso usar a sensibilidade que se possui no coração para encontrar, nesse mar de gente, as pessoas que precisam de ajuda para encontrar a liberdade e o gosto verdadeiro pela vida.
Como é corajoso recobrar consciência de que tipo de vida que se deseja experimentar. Isso depende da atitude de cada um em assumir a alegria a cada minuto do maior dom que se pode receber: a vida!
Ajudar pessoas a compreenderem essa dimensão é como ajudá-las a atravessar uma ponte que leva para a continuidade da Vida.
J. Rubens Alves