Sensivelmente se percebe a brusca mudança nas estações do ano, provocando calor escaldante no outono, frio excessivo na primavera ou secas duradouras no inverno.
Ficam apenas na lembrança os agradáveis climas que nos presenteavam com temperaturas amenas e agradáveis nos fins dos dias de verão ou meia estação.
As tempestades de verão, entre dezembro e março, antes rápidas, vêm revoltas destruindo sem avisar ou prevenir.
Apreensivos, somos bombardeados com notícias preocupantes dando conta que a situação pode ser mais grave do que parece.
Além dos problemas cíclicos, outros se tornaram crônicos, tal como o da escassez de água em todo o planeta, prevista para dentro de um futuro bem próximo
Os cientistas já não se preocupam tão somente com a seca ou períodos de estiagem. Eles estão agora concentrados num assunto mais grave, batizado como desertificação, isto é, escassez de água potável para o consumo e com seca perene que destrói a fertilidade da terra, deixando-a estéril para produzir.
Diante de previsões de calamidades destas proporções, nos sentimos temerosos, impotentes e pequenos.
Passamos a sentir dois tipos de sede: a física que preenche as nossas necessidades biológicas e a sede espiritual pelo poder de Deus que pode nos livrar de tais desastres.
Tornamo-nos, através do medo que sentimos com essas previsões sombrias, mais cuidadosos.
E quando o temor abate, quando temos conhecimento de calamidades, pestes, guerras e matanças, prontamente nos lembramos de Jesus nos exortando a estar atentos: “Quando virdes todos esses sinais... estais preparados...”!
Se estamos preparados, dispostos a sentir o significado de todos esses sinais dos tempos, afinando a sintonia com as necessidades do espírito, olhamos em nossa volta com mais atenção, percebendo que o clima está alterado também nos nossos relacionamentos intra pessoal, isto é, o relacionamento entre 'eu e eu mesmo' e que sempre prejudica o relacionamento inter pessoal, isto é, o relacionamento com cada um daqueles com os quais convivemos mais proximamente, incluídos aí esposo, esposa, filhos.
A alienação total, o materialismo exacerbado, o consumismo incontrolável, o imediatismo que angustia, afetam diretamente o clima de nossa vida, porque são ações provocadas pelo Mal em nossas vidas.
Se não vigiarmos e orarmos, estaremos sofrendo variações incontroláveis de clima, ora nos transbordando por enchentes de amor e compreensão, ora nos tornando frios, calculistas e insensíveis, congelando a ação do Espírito de Deus em nós. Num sentido parecido: nos tornamos deserto, onde nem mesmo a semente da Palavra tem chance de germinar.
Os sistemas de hoje e as ações tão comuns deles decorrentes procuram nos afastar de nossos princípios cristãos, éticos e de cidadania destruindo, por fim, nossa base familiar.
A ação de recuperação e de prevenção de desastres em nossas vidas, requer esforço obstinado e conjunto, a começar pela união e o amor do casal por si e por sua família, substituindo qualquer nicho de escuridão pela Luz da Palavra, através do diálogo, oração contínuas e gestos de verdadeiro amor.
J. Rubens Alves